quinta-feira, 3 de julho de 2008

INVESTIMENTOS DA UNIÃO BATEM RECORDE NO PRIMEIRO SEMESTRE

O site “Contas Abertas”, em texto de Amanda Costa e Leandro Kleber, publicou agora à tarde mais essa boa notícia para a economia brasileira. Li o artigo por meio do portal UOL.

Transcrevo abaixo alguns trechos, ressaltando em negrito, mais uma vez, a observação que já postamos neste blog. As redações dos veículos de comunicação brasileiros, dentro da forte luta deles pelo retorno do PSDB/PFL-DEM ao poder, devem, obrigatoriamente, introduzir, nas boas informações sobre o governo Lula, conjunções coordenativas adversativas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto...Essas conjunções e outras subordinativas concessivas ou locuções conjuntivas devem ser sempre associadas a uma boa notícia sobre o governo atual, para diminuir o seu conteúdo positivo: no entanto, ainda assim, não obstante, apesar de que, ainda que, em que pese, embora, conquanto...

Vejamos o texto de “Contas Abertas”:

INVESTIMENTOS DA UNIÃO BATEM RECORDE NO PRIMEIRO SEMESTRE

“Os investimentos da União chegaram a R$ 9,4 bilhões no primeiro semestre de 2008, valor recorde se comparado aos últimos sete anos. Os órgãos públicos federais ligados aos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) desembolsaram com a realização de obras e compra de equipamentos uma quantia 33% superior à registrada nos primeiros seis meses do ano passado, quando o montante chegou a R$ 7 bilhões.

Entre janeiro e junho desse ano, o pagamento do montante de investimentos inscrito como “restos a pagar” também foi o maior desde pelo menos 2001. O governo desembolsou R$ 8,5 bilhões para quitar dívidas de anos anteriores (restos a pagar). Outro recorde é o número de empenhos realizados (reservas orçamentárias). Até junho, a União garantiu R$ 11,4 bilhões em recursos para obras ou aquisição de materiais no futuro.

O orçamento autorizado para este ano em investimentos também é um dos maiores desde 2001, ficando atrás apenas da dotação do ano passado, fixada em R$ 46,4 bilhões. Para 2008, cerca de R$ 40,2 bilhões estão previstos para a realização de obras e compra de equipamentos.

Para o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o aumento sucessivo dos investimentos está relacionado, em grande parte, ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), cujas obras integram os investimentos da União. “Em função dele, o governo reformulou sua estratégia de monitoramento de projetos, passando a acompanhar com mais rigor a execução de cada um”, afirma.

O economista Paulo Brasil, conselheiro do Conselho Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP), acredita que quando há um programa de governo com atenção especial e prioridade, como o PAC, há agilidade das ações a ele relacionadas. Para o economista, o aumento dos investimentos também está intimamente ligado ao PAC.

(...) No entanto, a situação não é tão favorável quanto parece. Apesar da série de recordes registrados esse ano, se o ritmo de investimentos continuar como está, ou seja, cerca de R$ 9,4 bilhões aplicados em seis meses, a execução orçamentária vai fechar o ano longe do que seria considerado ideal, já que estão previstos mais de R$ 40 bilhões. No atual compasso de investimentos, ao final do ano, seriam aplicados apenas R$ 18,7 bilhões, ou seja, 47% do total. É importante ressaltar, porém, que tradicionalmente a União acelera seus investimentos a partir do segundo semestre do ano.

(...) Apesar do recorde de investimentos, o economista afirma ainda que é preciso aplicar mais no setor. “São anos de sucateamento da infra-estrutura necessária para o desenvolvimento, e totalmente precária, como se nota, em grande parte deste Brasil de dimensões continentais”, argumenta. “É preciso entender que o país precisa crescer, cm sustentabilidade, pois tem potencial para isso”, conclui.”

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