A coluna “Foco” da Folha de São Paulo de hoje mostra uma interessante forma de o Presidente Lula expressar seu entendimento sobre as pressões internacionais para retirar parcela da soberania brasileira sobre o patrimônio nacional.
A pressão das grandes potências, especialmente dos EUA e da Europa, vem crescendo muito nas últimas décadas, sempre disfarçada de bandeiras nobres ou “científicas” como a “proteção à floresta”, a “proteção aos direitos dos índios aos grandes territórios que eram deles antes do descobrimento”, “evitar o efeito estufa”, “preservar o oxigênio da atmosfera que eles respiram” e outras dissimulações.
Transcrevo:
NINGUÉM QUER QUE A NASA SEJA INTERNACIONALIZADA, DIZ LULA SOBRE A AMAZÔNIA
“Em discurso ontem durante o lançamento de programa de financiamento à agricultura familiar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a postura de países que defendem a internacionalização da Amazônia.
Ele disse que esse é um assunto do Brasil e que os Estados Unidos não gostariam que outras nações sugerissem que a NASA (agência espacial americana) deixasse de pertencer àquele país.
"[Dizem que] a gente está desmatando a Amazônia. É outro discurso que a gente não pode aceitar, porque se tiver um problema nosso, é nosso, nós vamos brigar. [Sugerem que] vamos internacionalizar o aqüífero Guarani porque não sabemos tomar conta, mas ninguém quer internacionalizar a NASA.
Quando descobrem um medicamento importante para uma doença, porque não transformam em patrimônio da humanidade e todo mundo tem acesso?", afirmou.
Lula disse que 69% da floresta original está preservada e que todas as políticas de seu governo são voltadas à preservação. "Como eu vou negar para alguém da Amazônia levar o desenvolvimento para lá? Obviamente que temos que ter cuidado de levar o desenvolvimento, de preferência de indústria limpa, de fazer corretamente o manejo da floresta. Tudo isso já está previsto nas políticas que aprovamos", afirmou o presidente.”
Se o presidente Lula continuar a manifestar essa linha de pensamento, poderá ver o acirramento de novas "crises" e a antecipação do fim do seu mandato e a eleição em 2010 de presidente da direita (PSDB/DEM-PFL), a qual, sempre, e com o apoio da grande mídia brasileira, foi mais servil e útil aos interesses das grandes potências.
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