AVALIAÇÃO TÉCNICA DEFINIRÁ LOCAL DA BASE ESPACIAL
“O PROJETO DO COMPLEXO ESPACIAL BRASILEIRO (CSB) QUE SERÁ IMPLANTADO NO CEARÁ INDICA QUE A BASE SERÁ TRÊS VEZES MAIOR DO QUE A DE ALCÂNTARA, NO MARANHÃO
É de uma reunião marcada para a próxima semana, em Brasília, com o presidente Lula, que sairão as definições sobre a avaliação técnica que será realizada no litoral cearense para a escolha da área mais adequada para receber o Complexo Espacial Brasileiro (CSB). Participam da reunião representantes dos ministérios envolvidos como o da Defesa e da Ciência e Tecnologia, da Agência Espacial Brasileira (AEB) e da empresa binacional Alcântara Cyclone Space (ACS).
De acordo com o cearense Roberto Amaral, gestor da ACS, a base do Ceará deve ser pelo menos três vezes maior do que a de Alcântara, no Maranhão. “O projeto que estava em andamento no Maranhão para a implantação do Complexo foi todo refeito para o Ceará”, diz Amaral.
Está prevista no Estado a criação de quatro centros de lançamento de foguetes, três em convênios com outros países e um nacional. Amaral argumenta que detalhes do projeto ainda não podem ser divulgados por questões estratégicas, “para não prejudicar as negociações”.
Ele explica que o que pesa para a vinda do CSB é o fato de o Ceará estar localizado na zona costeira, próximo ao Equador, e dispor de áreas amplas e pouco povoadas sem problemas étnicos, como ocorreu com a comunidade quilombola, em Alcântara. “Além disso o Ceará tem infraestrutura, um bom porto que é o do Pecém e o interesse por parte do governo estadual”, pontua Amaral.
Se o CEB fosse ser construído em Alcântara, toda uma estrutura precisaria ser viabilizada dada a grandiosidade do empreendimento. Seria necessário, por exemplo, a construção de um porto com uma boa logística para Alcântara e uma estrada de 51 quilômetros. A área escolhida no Ceará, estimada em 60 km², já deve possuir uma certa infraestrutura, o que ajudará a reduzir os custos do projeto.
SEM PRAZO
Amaral evita falar de prazos, mas adianta que a implantação do Complexo vai garantir ao Ceará a atração de centros universitários especializados em pesquisa espacial, além de projetar a imagem do Ceará internacionalmente. “O Estado passa a fazer parte do Programa Espacial Brasileiro com forte propensão a atrair recursos, tecnologias, indústrias limpas, todo tipo de indústria voltada para a questão espacial”, avalia.
Entre os segredos estratégicos sobre a implantação do CEB está o valor que vai ser investido, sendo que tendo em vista o projeto que estava sendo pensando para Alcântara, o custo deve ser superior a US$ 400 milhões.”
FONTE: publicado no jornal “O POVO” em 02/08/2009.
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