sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
LULA RECEBEU DE FHC/PSDB TAXA REAL DE JUROS 2,3 VEZES MAIOR DO QUE AGORA, AO DEIXAR O GOVERNO
No início do primeiro mandato de Lula, a taxa real, que desconta a inflação, era de 11% ao ano; agora é de 4,8%, uma das mais baixas dos últimos vinte anos.
No início do primeiro governo Lula, em 2003, os juros SELIC estavam em 25%. Hoje, a taxa básica é de 10,75% ao ano.
O governo Lula também executou uma política agressiva de compra de reservas internacionais. Hoje, em US$ 286 bilhões, as reservas cambiais representam um seguro que se mostrou crucial durante os piores momentos da crise de 2008. No final de 2002 (FHC), as reservas eram de US$ 16,3 bilhões e a dívida externa era de US$ 165 bilhões. Hoje, o saldo está zerado e ainda com grandes margens positivas.
A inflação medida pela variação do IPCA, fechara 2002 (governo FHC/PSDB) em 12,5% e fortemente crescente. Este ano, apesar da ligeira alta, o IPCA dos últimos 12 meses está em 5,63%.
E ainda dizem que Lula simplesmente “copiou” esses “sucessos” de FHC...
Vejamos a forma negativa como o jornal tucano “Folha de São Paulo” publica essas mesmas notícias:
“LULA DEIXA MAIOR JURO REAL DO MUNDO
Última reunião do Copom no atual governo mantém taxa básica em 10,75% ao ano e sinaliza cenário ruim para inflação
Na última reunião sob o comando de Henrique Meirelles, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) manteve os juros básicos em 10,75% ao ano. Com isso, Lula terminará o governo deixando o país com a maior taxa real (descontada a inflação) do mundo.
Esse foi o último encontro do Copom no governo Lula, mas a maioria dos membros do comitê deve permanecer no cargo na próxima gestão.
Entre eles, está o atual diretor de Normas, Alexandre Tombini, futuro presidente do BC, a quem caberá retomar o ciclo de alta para segurar a inflação.
A manutenção dos juros deixa o país no topo do ranking das maiores taxas reais do mundo, mesma posição que o país tinha no começo do governo Lula.
Em 2003, a taxa real (descontada a inflação projetada para 12 meses) era de 11% ao ano. [Lula passa o governo com a taxa de 4,8%, uma das mais baixas dos últimos vinte anos].
Para efeito de comparação, nos EUA a taxa real é hoje negativa (o juro é inferior à expectativa de inflação) [Os EUA não precisam atrair divisas (dólares) com altas taxas de juros. Por dolosa “falha” do sistema financeiro internacional, basta o governo norte-americano girar a maquineta de fazer dólares]
O nível alto da taxa real em relação a outros países é um dos fatores que contribuem para atrair mais dólares para o Brasil neste momento e derrubar a cotação da moeda.
A presidente eleita, Dilma Rousseff, já manifestou o desejo de reduzir o juro real nos próximos quatro anos. As previsões para 2011, no entanto, são de alta da taxa.
A maioria dos economistas já esperava a manutenção da taxa básica (SELIC). A expectativa é que o juro voltará a subir na próxima reunião do Copom, em janeiro.
O QUE É A SELIC
A SELIC determina o custo do dinheiro para os bancos e, por isso, serve de base para os empréstimos a empresas e consumidores, cuja taxa média está em 35% ao ano.
A taxa é um dos principais instrumentos que o BC tem para tentar controlar o ritmo da economia e a inflação.
Inflação que, segundo informou ontem o IBGE, atingiu o maior nível em quase seis anos.
No comunicado divulgado em 08 dez, o BC diz que o cenário para a inflação é "menos favorável", mas que é necessário mais tempo para avaliar o impacto das medidas já anunciadas sobre as condições de crédito e liquidez.
Na semana passada, o BC retirou R$ 61 bilhões da economia com o aumento do compulsório (dinheiro dos bancos que fica depositado no BC). A instituição também impôs restrições a financiamentos acima de 24 meses.
CRÉDITO
No início do primeiro governo Lula, em 2003, os juros estavam em 25%. Meirelles estreou no Copom elevando a SELIC, que chegou a 26,5%.
Em 2004, já havia caído para 16%; durante a crise de 2009, chegou a 8,75%, menor patamar desde a criação do Copom, em 1999.
Se Meirelles tivesse elevado o juro, quebraria uma regra de sua gestão: o BC nunca promoveu dois ciclos seguidos de alta da SELIC nesses oito anos. Sempre que a taxa subiu, ficou estável por um tempo para depois cair.”
FONTE: reportagem de Eduardo Cucolo publicada na “Folha de São Paulo” (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me0912201035.htm) [título, gráfico, primeiros cinco parágrafos em negrito e trechos entre colchetes adicionados por este blog].
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