Emir Sader
1. Bombas de tempo podem tardar a explodir, mas terminam explodindo.
2. Devem ser examinados exaustivamente os antecedentes de todos os que vão ocupar cargos públicos.
3. Uma vez estourada uma crise como essa, melhor desativá-la rapidamente. Deixar sangrar provoca danos muito maiores.
4. O zelo pela questão da ética pública, além de ser um fim em si mesmo, afeta diretamente os setores mais dinâmicos de apoio ao governo: militância de esquerda, movimentos sociais, juventude, artistas, intelectuais, formadores de opinião pública em geral. Deve-se cuidá-los como a menina dos olhos.
5. Quando mudar, tratar sempre de inovar na escolha de quadros. A política brasileira precisa disso.
6. Acompanhar as mudanças com discurso que explica o significado delas.
7. A consciência das intenções de quem faz acusações pode ser clara, sem que elas deixem de ser [ou sejam] verdadeiras.
8. A recuperação do prestígio da prática política requer cuidado estrito com a ética pública.
9. Não precipitar declarações incondicionais de apoio a pessoas que recebem acusações, antes do apuro rigoroso delas.
10. Os partidos devem ter suas próprias posições, mais além do apoio firme ao governo. Devem expressar os sentimentos e as posições da militância do partido, dos movimentos sociais e do campo popular.
11. Apoio do PMDB é sempre abraço de urso.
12. A mídia privada continua com grande poder de definir a agenda nacional e derrubar ministros.
13. Fazer política e exercer o poder não são atividades técnicas, nem de repartição de cargos, mas combinação de persuasão e força, isto é, construção de hegemonia.”
FONTE: escrito pelo cientista político Emir Sader e publicado no site “Carta Maior” (http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=711) [imagem do Google adicionada por este blog].
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