terça-feira, 2 de agosto de 2011

OBAMA SE RENDE À OPOSIÇÃO

John Boehner, líder da Oposição, é quem manda

Por Paulo Henrique Amorim

SOMENTE HAVERÁ CORTES SEM IMPOSTO DE RICO

“DISSE PAUL KRUGMAN: OBAMA SE RENDE À OPOSIÇÃO

O acordo não resolve o problema do desemprego.

Só vai agravá-lo.

Não é a hora de cortar gastos, mas, sim, de aumentá-los, diz Krugman.

Com esse acordo, ele disse à televisão na manhã de domingo, não se vê luz no fim do túnel.

Disse o “Huffington Post”:

SOMENTE HAVERÁ CORTE DE GASTOS

Obama perdeu a batalha para aumentar a receita com um leve aumento do imposto sobre os ricos.

Os detalhes do acordo já foram conhecidos 2ª feira, quando as lideranças o Governo e da Oposição tentaram convencer seus pares a votar o que acertaram com Obama.

Algumas observações já podem ser feitas:

- Os republicanos obtiveram estrondosa vitória contra Obama;

- Para elevar o teto da dívida do Governo americano e continuar a se endividar, Obama fez o que a oposição republicana (dominada pelos extremistas de direita, do ‘Tea Party’) sempre quis: reduzir os gastos com os pobres e não taxar os ricos.

Segundo a líder de Obama na Câmara, Nancy Pelosi, os pobres pagarão a conta e os ricos distribuirão a riqueza entre eles.

O teto da dívida foi apenas a desculpa da oposição para destruir a capacidade de um presidente Democrata governar.

E conseguiu.

- O risco institucional é que se tenha criado um Super Congresso, um comitê de cúpula parlamentar dividido entre republicanos e democratas para tomar decisões rápidas sobre cortes, à revelia da maioria parlamentar e sob o olhar complacente e impotente do Presidente da Republica.

É um Golpe de Estado parlamentar para destruir o Executivo.

- O Super Congresso vai definir os cortes – 2,4 trilhões em 10 anos.

Se o Super Congresso não chegasse a um acordo, os cortes seriam feitos automaticamente e atingiriam a Previdência Social.

Cortes também serão feitos, mas já estavam previstos, com o desengajamento do Pentágono no Iraque e no Afeganistão.

- A extrema direita do ‘Tea Party’ dominou os Republicanos e usou a renovação do teto da dívida para emparedar Obama.

Os Republicanos controlam a Câmara, e os Democratas, o Senado.

Mas, quem controla Washington e a opinião pública é a doutrina radical do ‘Tea Party’ –a soma de neoliberalismo econômico com fanatismo religioso.

- Obama fez mais concessões que os Republicanos pediram, seis meses atrás.

- O que esteve em jogo não foi apenas destruir o Poder Executivo: esteve em questão a hegemonia americana no mundo.

- Os Republicanos humilharam Obama.

- A economia mundial não caiu no precipício, para decepção da Urubologia.

- E o poder da América, a economia dos 15 milhões de desempregados, ficou menor.

Em tempo 1: Golpes de Estado não são, apenas, quarteladas de militares. Aqui no Brasil, recentemente, o ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas, tentou um Golpe de Estado da Direita, a partir do púlpito de Presidente Supremo do Supremo.

Em tempo 2: esse ‘Tea Party’ neoliberal, privatista e fanático religioso foi o que inspirou a campanha de Padim Pade Cerra em 2010.”

FONTE: escrito pelo jornalista Paulo Henrique Amorim e publicado em seu portal “Conversa Afiada”  (http://www.conversaafiada.com.br/economia/2011/08/01/obama-se-rende-a-oposicao-so-havera-cortes-sem-imposto-de-rico/).

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