sábado, 8 de outubro de 2011

DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA É O MENOR PARA AGOSTO DESDE O INÍCIO DA SÉRIE HISTÓRICA (em 1988)


“Em agosto, a Amazônia perdeu uma área de 164 quilômetros quadrados (km²), segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Em relação a agosto de 2010, houve redução de 38% no ritmo do desmatamento. O número é o menor registrado para um mês de agosto desde o início da série histórica do sistema de ‘Detecção do Desmatamento em Tempo Real’ (DETER), em 1988. Também, houve queda na comparação com julho, quando o INPE registrou a derrubada de uma área equivalente a 225 km².

O resultado significa que as ações que foram adotadas de abril para cá –quando houve um pico de desmatamento– como a instalação do gabinete de crise e o envio de fiscais para os estados, tiveram impacto muito grande, porque vêm garantindo redução mensal do desmate”, avaliou (3/10) o diretor de Políticas de Combate ao Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, Mauro Pires.

De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, os dados do desmatamento da Amazônia em setembro deverão manter a tendência de queda do ritmo da devastação. “A avaliação preliminar e a avaliação em campo feitas pelo IBAMA [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] sinalizam que o [desmate registrado pelo] DETER de setembro será menor. A tendência de queda deve se manter, os dados são muito positivos”, adiantou.

O DETER, que revela dados mensais, monitora áreas maiores de 25 hectares e serve para orientar a fiscalização ambiental. Além do corte raso (desmatamento total), o sistema registra a degradação progressiva da floresta.

A taxa anual de desmate é calculada por outro sistema, o ‘Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal’ (PRODES), que é mais preciso, por avaliar áreas menores. Em 2010, a taxa anual foi 7.000 km², segundo dados consolidados (3/10) pelo INPE.

A estimativa preliminar, divulgada em novembro de 2010, era 6.451 km². De acordo com o coordenador do programa Amazônia do INPE, Dalton Valeriano, a diferença de 8,5% entre a estimativa e a consolidação da taxa de desmatamento está dentro da margem de erro.

Toda estimativa tem uma margem de erro de 10% admitida. Nos últimos quatro ou cinco anos, as estimativas têm ficado aquém do consolidado. Significa que o desmatamento está se pulverizando, novos focos estão aparecendo”, avaliou.

Apesar da correção para cima, a taxa de 2010 ainda é a menor registrada pelo INPE desde o início da série história do DETER.

Em novembro, o INPE deve divulgar a nova estimativa de desmatamento anual, com dados para o período entre agosto de 2010 e julho de 2011.”

FONTE: reportagem de Luana Lourenço, da Agência Brasil (edição: Juliana Andrade)  (http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-10-03/desmatamento-na-amazonia-e-menor-para-agosto-desde-inicio-da-serie-historica) [imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’]

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