terça-feira, 4 de outubro de 2011

NÚMEROS EXIGEM FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHAS. ‘CERRA’, GILMAR E ‘JOHNBIM’ SÃO CONTRA


Por Paulo Henrique Amorim

“Saiu na imperdível seção ‘Rosa dos Ventos’, de Mauricio Dias, na pág. 16 da ‘Carta Capital’:

A ELEIÇÃO, COMO FATO ECONÔMICO

“É assustador o crescimento de recursos arrecadados para manter uma campanha em condições de vitória, conforme mostram os números tabulados pela ‘Transparência Brasil’. É o que exige uma sociedade de massa, como no Brasil, onde a população se aproxima da casa dos 200 milhões.

Entre 2002 e 2010, os recursos declarados oficialmente quintuplicaram. Nesse período, ao alcançar o poder, o PT tornou-se o maior arrecadador. Conclusão óbvia: a bandeira política do empresário segue a bandeira de quem está no poder.

Em 2002, na eleição que antecedeu a chegada do PT ao poder, Lula, após disputar três eleições sem sucesso, conseguiu fazer uma campanha rica com recursos da ordem de 21 milhões de reais. O PSDB, com Serra representando a continuidade dos governos tucanos, obteve mais de 34 milhões. Foi a primeira vez que um candidato com menor arrecadação, oficialmente pelo menos, bateu o candidato com maior arrecadação, também a oficialmente declarada.

A partir daí, o destino do PT mudou. O partido, expressão política dos eleitores da base da pirâmide social, migrou, como partido, para o topo da pirâmide, mesmo que isso não correspondesse ao eleitor que o apoiava. É o que mostram os recursos declarados ao Tribunal Superior Eleitoral entre as eleições de 2002 e 2010.”

Na mesma edição da ‘Carta Capital’, há excelente artigo de Marcos Coimbra [ver artigo a seguir, acima, neste blog ‘democracia&política’] sobre os “argumentos” de ‘Cerra’ contra o financiamento público EXCLUSIVO (ênfase minha – PHA) das campanhas políticas.

‘Cerra’ é contra porque, no momento, a distribuição dos recursos públicos beneficiaria o PT e o PMDB, partidos majoritários: seria um “congelamento da atual correlação de forças”, diz o Padim Pade Cerra.

Se fosse o PSDB, tudo bem, não é isso, amigo navegante ?

‘Cerra’ conclui com a defesa do que poderia ser a cura de todos os males: o voto distrital.

Diz Coimbra: “Com certo atraso, parece que Serra resolveu aderir a uma campanha que a direita brasileira faz há algum tempo”.

Ele é um ‘jenio’, Marcos.

E está na companhia de outros dois: o Nelson ‘Johnbim’ e o ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo [STF], Gilmar ‘Dantas’.

Eles são contra o financiamento público EXCLUSIVO, porque não impediria a corrupção.

Afinal, o que impediria a corrupção, amigo navegante ?

Talvez, um CNJ poderoso e atuante, a despeito das ambíguas declarações do Presidente Peluso [STF].”

FONTE: escrito pelo jornalista Paulo Henrique Amorim em seu portal “Conversa Afiada”  (http://www.conversaafiada.com.br/politica/2011/10/02/numeros-exigem-financiamento-publico-cerra-gilmar-e-johnbim-sao-contra/).

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