quinta-feira, 6 de outubro de 2011
OCUPAÇÃO ISRAELENSE REDUZ ECONOMIA PALESTINA EM 85%
“A ocupação israelense tem custo para a economia palestina de cerca de US$ 7 bilhões anuais, o equivalente a 85% de seu Produto Interno Bruto (PIB). A informação vem do Ministério da Economia palestino, que divulgou, na quinta-feira (29), relatório em que, pela primeira vez, quantifica o prejuízo da ocupação.
"Se os palestinos não estivessem submetidos à ocupação israelense, sua economia seria o dobro do que é hoje", diz o relatório apresentado em Ramala, elaborado pelo Ministério da Economia junto com o Instituto de Pesquisa Aplicada de Jerusalém.
De acordo com o estudo, a ocupação israelense da Cisjordânia, Gaza e Jerusalém Oriental desde 1967 impede aos palestinos o acesso a boa parte de suas terras e a exploração de seus recursos naturais. Além disso, isola os palestinos dos mercados internacionais e fragmenta seu território em cantões desligados, restrições que são obstáculo para o desenvolvimento de uma economia sustentável.
As restrições "refletem a imutável atitude colonial de Israel que procura explorar os recursos naturais palestinos (incluindo terra, água e mineração) para seu benefício econômico", diz o relatório.
O documento detalha os obstáculos alfandegários, de transporte e infraestrutura que freiam o desenvolvimento de mercado competitivo e impede aos palestinos ter parceiros não israelenses.
De acordo com as autoridades econômicas, o peso das restrições sobre o comércio, a indústria e os serviços se intensificou nos últimos anos. Em 2010, esses custos, ou a parte deles que foi possível medir, foram superiores a US$ 6,897 bilhões (5,057 bilhões de euros), o que significa 84,9% do PIB palestino.
"Esse relatório demonstra o alto preço da ocupação que, como disseram instituições como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, é o maior obstáculo para o futuro da economia palestina, que seria capaz de se sustentar sozinha se não houvesse ocupação", declarou na apresentação do relatório o ministro da Economia palestino, Hassan Abu Lide.
O ministrou acrescentou que esses dados estão entre as razões que levaram ao pedido de reconhecimento da Palestina como Estado na ONU. De acordo com ele, o objetivo é dizer à comunidade internacional que "a ocupação deve acabar para que a economia se desenvolva, as pessoas tenham empregos, fábricas possam funcionar e se estabeleça um Estado independente que não dependa de ajudas".
O relatório distingue entre os custos diretos os preços mais altos de serviços básicos e transporte provenientes das políticas da ocupação, e entre os indiretos os lucros de produção que são perdidos.
A restrição às importações e exportações se traduz em preço mais alto dos custos de produção e na impossibilidade de adquirir alguns bens de capital.
Entre os maiores danos para as finanças palestinas está o bloqueio a Gaza imposto por Israel em 2007, que impede o comércio internacional, interrompe o abastecimento de eletricidade e limita o acesso ao mar, o que, somado ao dano sofrido por bombardeios nas infraestruturas, levou ao colapso da economia na região.
A ocupação militar também causou a destruição de ativos produtivos na Cisjordânia, em particular a derrubada de oliveiras e a perda de receita derivada da extração de sais e minerais do Mar Morto, e facilitou a exploração israelense de pedreiras em território palestino e o desenvolvimento de campo de gás na costa de Gaza.
O desenvolvimento de uma indústria turística também é impedido, e são gerados danos ao balanço fiscal.
"A ocupação não só mantém a economia palestina diminuída, mas também danifica o balanço fiscal palestino, reduzindo a renda de duas formas: diretamente, impedindo o recolhimento de impostos, e indiretamente, reduzindo o volume da economia palestina e portanto, sua base tributável", afirma o relatório.
Os danos fiscais diretos da ocupação são calculados em US$ 406 milhões anuais e os indiretos em US$ 1,389 bilhões.
"Sem a ocupação, a Autoridade Nacional Palestina teria superávit fiscal saudável e não necessitaria da ajuda de doadores", defende o documento.
O estudo adverte que o custo econômico total é provavelmente maior do que o calculado, pois só foi levado em conta os custos que puderam ser quantificados com certeza.
Entre os não quantificados, o relatório menciona os associados com os impedimentos ao movimento interno e internacional de pessoas e bens, a perda de investimentos na área controlada militarmente por Israel pelas restrições à construção, as perdas indiretas da indústria pela falta de importações e as perdas pelas restrições às telecomunicações.”
FONTE: divulgado pela agência espanhola de notícias EFE e publicado no portal “Vermelho” (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=165191&id_secao=9) [título e imagem do Google adicionados por este blog ‘democracia&política’].
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VIA VERMELHO
30/09/2011: Criança imagina como seria sua vida em um Estado Palestino
No curta abaixo uma criança palestina imagina como seria a sua vida se não tivesse mais que passar pelo posto de controle israelense toda vez que saísse de seu país.
Simples e tocante, o vídeo se soma ao clamor mundial pelo reconhecimento do Estado Palestino, assim como hoje o Estado de Israel é reconhecido.
http://www.vermelho.org.br/tvvermelho/noticia.php?id_noticia=165114&id_secao=29
دولتنا الفلسطينية
http://www.youtube.com/watch?v=my32hc5v2gM
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29/08/2011: Estado da Palestina Já: a história de 200 anos em 2 minutos
Acontece nesta segunda-feira (29) a inauguração do comitê e o lançamento do vídeo promocional da campanha pelo Estado da Palestina Já!. Produzido pela TV Vermelho, o vídeo conta 200 anos da história da Palestina em dois minutos. Além disso, a produção também traz legendas em árabe. O objetivo da campanha é pressionar para que 66ª sessão da Assembleia Geral da ONU, que acontece a partir de 13 de setembro, em Nova York, reconheça a Palestina.
Estado da Palestina Já! دولة فلسطين الآن! قضية عدالة
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=5NPm9UR4FXw
http://www.vermelho.org.br/tvvermelho/noticia.php?id_noticia=162531&id_secao=146
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