quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

PODER DE COMPRA DO SALÁRIO MÍNIMO É O MAIOR DOS ÚLTIMOS 50 ANOS




[OBS deste blog 'democracia&política': esse é um dos motivos para o "mercado", a "elite" e a oposição direitista quererem urgentemente retirar Dilma e o PT do governo]

Poder de compra do salário mínimo é o maior desde 1965, diz BC

"O poder de compra do salário mínimo em janeiro de 2015 é o maior desde agosto de 1965, superado apenas pelo registrado no período de julho de 1954 a julho de 1965. A informação é do Banco Central por meio do boletim regional divulgado na terça-feira (10).

Por Wellington dos Santos

Uma luta histórica das centrais sindicais garantida desde 2003, durante o governo Lula, a política de valorização do salário mínimo tem reflexos em toda a economia, passando pelo aumento do poder de compra dos assalariados e dos beneficiários da previdência social.

De acordo com o levantamento, o rendimento da população ocupada no país, com renda de até um salário mínimo cresceu 52% a mais do que o salário mínimo (36% no Norte; 48% no Nordeste; 49% no Sul; 56% no Centro-Oeste; e 60%, no Sudeste). Da mesma forma, o aumento dos rendimentos da faixa de um a um e meio salário mínimo superou o do salário mínimo em 1%, no País (6% no Nordeste, Sul e Centro-Oeste).

Segundo o BC, a análise das variáveis indica, portanto, que elevações reais dos rendimentos do trabalho em anos recentes – em especial nas faixas de menor rendimento – foram determinadas, em parte, pela valorização do salário mínimo. "Nesse cenário, houve aumento da participação da renda do trabalho no valor adicionado da economia, e, dada a persistência do movimento, é plausível afirmar que também houve repasse aos preços", diz o relatório.

Salário-mínimo contribui para elevação da renda


De fato, a valorização do salário mínimo é o carro-chefe da melhoria da renda dos trabalhadores, puxando a elevação dos salários de toda a cadeia produtiva. De acordo com o DIEESE, no âmbito da negociação coletiva feita por categoria, entre sindicatos e patrões, foram expressivos os impactos da política de valorização, pois os menores valores pagos às diferentes categorias beneficiaram-se da elevação do mínimo.

Ainda segundo o 
DIEESE, independentemente da categoria sindical e da existência ou não de piso instituído por negociação, os menores salários foram afetados positivamente pelo aumento do salário mínimo.

Rendimento por região

O BC aponta a evolução do indicador, que relaciona rendimentos médios do trabalho e valor adicionado por trabalhador, e mostra que os rendimentos do trabalho aumentaram, de 2003 a 2014, em todas as regiões, com avanço oscilando de 17% no Sudeste a 40% no Centro-Oeste.

Em linhas gerais, na amostra analisada pelo estudo do BC, foram identificadas trajetórias crescentes para o salário mínimo e o rendimento médio real do trabalho, em todas as regiões.

Marcas de Lula e Dilma

O desenvolvimento social foi a principal marca dos governos de Lula e Dilma. E a valorização da renda foi um dos instrumentos dessa decisão política estratégica. Calcula-se que o aumento real do salário mínimo chegou a 74%, que, associado à geração de mais 20 milhões de empregos, garantiram a ascensão social de todas as camadas da sociedade.

Em 29 de janeiro, o IBGE divulgou dados que confirmam o ganho no poder de compra no rendimento de todos os grupamentos de atividade econômica. Mas os grupamentos com os maiores aumentos percentuais foram aqueles com os menores rendimentos.

A Lei das Domésticas, por exemplo, impactou diretamente na renda desses profissionais que, em sua maioria, têm o salário mínimo como base. De 2003 a 2014, um trabalhador doméstico elevou a sua renda em 69,9%, sendo o grupamento com maior aumento.

Segundo o IBGE, em 2014, o rendimento médio real domiciliar per capita (R$ 1.425,63) aumentou 2,4% em relação a 2013 e 49,6% comparado a 2003.

Manter a valorização é compromisso de Dilma

Em mensagem enviada ao Congresso Nacional, entregue e lida na abertura dos trabalhos de 2015 no dia 2 de fevereiro, a presidenta Dilma informou que vai enviar nova proposta para reajuste do salário mínimo. A regra atual vale para este ano. “Conto com a parceria do Congresso para aprovar a política de valorização do mínimo nos mesmos parâmetros vigentes até agora”, disse.

O atual formato de correção do salário mínimo contempla a variação da inflação do ano anterior, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior, mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes."


FONTE: reportagem de Wellington dos Santos, da redação do Portal Vermelho, com informações da Agência Brasil   (http://www.vermelho.org.br/noticia/258740-2). [Título e trecho entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política'].

COMPLEMENTAÇÃO

Salário mínimo tem o maior valor em 50 anos. O mundo está perdido!


Por Fernando Brito



"Deve ser por isso que o Brasil – o Brasil dos jornais, claro – está quebrado.

Mas o Banco Central disse
terça-feira (10), que “apenas no período entre julho de 1964 e julho de 1965 o salário mínimo – que é baixíssimo ainda – comprava mais do que hoje, em valores corrigidos pela inflação”.

Se você pensar bem, uma vergonha que só agora estejamos conseguindo pagar ao trabalhador mais humilde o que se pagava há meio século.

Se pensar melhor ainda, que maravilha que, em pouco mais de dez anos se tenha conseguido recuperar as perdas de quatro décadas.

E quem está dizendo não é uma instituição propriamente “esquerdista”.

Mas o BC, que aproveita o índice “escandaloso” para fazer um alerta de que ”a política de valorização do mínimo está aumentando o custo médio da mão de obra”.

É como dizia o avô da Miriam Leitão, no "O Globo", nos idos de 62, quando falava que o 13° iria ser um “desastre para o país

Ia-lhe bem um arrochinho no mínimo, pois não?

Pois o salário mínimo cresceu – vejam que absurdo! – 76% acima da inflação, desde 2003.

“Pior” ainda, porque, de 2003 a 2014, o rendimento médio da população ocupada com renda de até um salário mínimo cresceu 52% a mais do que o salário mínimo.

Temos de tomar providências urgentes porque, senão, este país acaba tendo justiça social."


FONTE da complementação: escrito por Fernando Brito em seu blog "Tijolaço"  (http://tijolaco.com.br/blog/?p=24717).

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