segunda-feira, 16 de março de 2015

A MARCHA GOLPISTA PARA RETORNAR AO PODER



[Manifestantes tucanos anti-Dilma pedem em inglês (não tiveram tempo para traduzir diretrizes recebidas no idioma da matriz do PSDB?) intervenção militar imediata no Brasil. No desespero das repetidas derrotas nas urnas, agora vale tudo para a direita voltar ao poder]

Partidos, mídia e grupos de direita realizam marcha golpista no país

"O Brasil viveu no domingo (15) uma jornada de manifestações que marcaram nova etapa na afanosa intentona golpista das forças reacionárias para retomar o poder.

Centenas de milhares de pessoas saíram às ruas de cerca de 20 capitais de estados, convocadas por grupos de direita e ultradireita, por partidos neoliberais e conservadores, como o PSDB e seus aliados. Em todos os atos, era notável a predominância de pessoas da elite endinheirada, preocupada em defender seus privilégios, que consideram ameaçados pelas políticas públicas do governo democrático-popular.

As manifestações contaram com financiamento empresarial, a infraestrutura de uma central sindical que traiu os trabalhadores brasileiros, e tiveram a seu serviço uma ampla, massiva e nauseante agitação política e propagandística realizada durante mais de um mês e desde as primeiras horas do dia pela Rede Globo de Televisão, estações de rádio e as edições on line dos principais jornais monopolistas.

A maior concentração ocorreu em São Paulo, que reuniu cerca de 200 mil pessoas [segundo o tucano Datafolha]. Houve também numerosas demonstrações em Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, na mais contundente manifestação política da direita brasileira nos 30 anos de vida institucional democrática que se completam precisamente neste domingo. Nesta data, em 1985, tomava posse o primeiro presidente civil, depois de 21 anos de ditadura militar.

As palavras de ordem dos direitistas se expressaram nas faixas pedindo o "impeachment" da presidenta Dilma, o golpe militar e a volta da ditadura, o que desmascara o verdadeiro caráter retrógrado dos “protestos”, que pretensamente seriam contra a corrupção.

Essas bandeiras indicam que, sendo de oposição ao governo da presidenta Dilma e visceralmente hostis ao PT e às esquerdas, as manifestações de domingo foram principalmente contrárias à democracia e aos direitos sociais e humanos.

A presença expressiva de manifestantes e as bandeiras antidemocráticas desafiam o governo e as forças progressistas, são uma espécie de sinal de alerta para que a esquerda e o movimento popular, a exemplo de sexta-feira (13), atualizem suas estratégias e táticas políticas e métodos de ação. Cair no defensivismo ou render-se a uma agenda contraditória com o programa vencedor nas eleições não ajudará em nada. O desafio deve ser respondido com novas manifestações com caráter progressista e em apoio ao governo democrático-popular liderado pela presidenta Dilma.

Urge retomar com ainda maior vigor a contraofensiva para assegurar a realização de reformas estruturais democráticas no país e fazer avançar o ciclo político iniciado com a primeira eleição de Lula, em 2002. Em primeiro lugar, está na ordem do dia a luta pela reforma política, conjugada com a intensificação dos esforços para a retomada do desenvolvimento nacional e a proteção aos direitos dos trabalhadores.

A marcha golpista de domingo só foi possível pela desfaçatez com que a mídia golpista exerce o monopólio dos meios de comunicação. A convocação sistemática das manifestações, a criação de ambiente propício ao golpe desmascaram esses veículos como instrumentos dos mais escusos interesses antinacionais e antidemocráticos. Entre os principais desafios atuais para as forças progressistas e o governo está o enfrentamento desse monopólio, através de reforma profunda no setor.

A marcha golpista torna evidente a necessidade de fortalecer um núcleo de esquerda consequente no âmbito da base política e parlamentar de apoio do governo Dilma. Igualmente, é indispensável promover a unidade e aumentar a capacidade de mobilização e organização dos movimentos populares e sindicais.

Impõe-se a realização de intensa campanha política, baseada na mobilização das forças democráticas patrióticas e populares em defesa do mandato da presidenta Dilma, para assegurar que ela governe executando o programa consagrado nas urnas em outubro passado."

FONTE: escrito por José Reinaldo Carvalho e Wevergton Brito, d
a redação do portal "Vermelho"  (http://www.vermelho.org.br/noticia/260616-1). [Título e legenda da imagem acrescentados por este blog 'democracia&política'].

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