MAÍLSON APONTA AS RAZÕES DA ELITE CONTRA O GOLPE
"Em artigo publicado no fim de semana, o economista Maílson da Nóbrega, sócio da consultoria Tendências, aponta por que boa parte da elite empresarial do País decidiu se posicionar contra a tentativa de golpe, que vem sendo liderada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG). "Há forte percepção de que Dilma não está envolvida pessoalmente em corrupção", diz ele. "O PT perdeu apoio da opinião pública, mas preserva certa capacidade de articulação e conta com uma aguerrida militância. O processo de impeachment seria muito mais demorado e traumático, com repercussões de elevada gravidade na confiança dos agentes econômicos, incluindo os investidores estrangeiros, e custos elevados para a atividade econômica e o emprego". Maílson defendeu ainda que as lideranças políticas se esforcem para garantir governabilidade à presidente Dilma até 2018.
Do "Brasil 247"
Em artigo publicado no fim de semana, o economista Maílson da Nóbrega, sócio da consultoria Tendências, aponta por que boa parte da elite empresarial do País decidiu se posicionar contra a tentativa de golpe, que vem sendo liderada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), que, no sábado, exaltou o pedido do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal [indicado pelo PSDB/FHC e tradicional raivoso antiPT], para investigar a presidente Dilma Rousseff (saiba mais aqui).
"Há forte percepção de que Dilma não está envolvida pessoalmente em corrupção", diz ele. "O PT perdeu apoio da opinião pública, mas preserva certa capacidade de articulação e conta com uma aguerrida militância. O processo de impeachment seria muito mais demorado e traumático, com repercussões de elevada gravidade na confiança dos agentes econômicos, incluindo os investidores estrangeiros, e custos elevados para a atividade econômica e o emprego".
Maílson defendeu ainda que as lideranças políticas se esforcem para garantir governabilidade à presidente Dilma até 2018. "A crise requer dos líderes políticos e dos demais segmentos da sociedade esforços no sentido de buscar, pela mobilização de vontades e por outros meios que não o impedimento, garantir condições de governabilidade, que nos permitam conduzir, aos menores custos, a transição até 2018".
O ex-ministro também sugere que eventual processo de impeachment transformaria o Brasil numa espécie de república bananeira. "O segundo impeachment no Brasil, apenas trinta anos depois do fim do regime autoritário, banalizaria o instrumento, inibindo o amadurecimento da democracia", diz ele. "O voto nas eleições presidenciais – e não o impeachment – será a melhor via para julgar a presidente Dilma".
FONTE: do portal "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/economia/193988/Ma%C3%ADlson-aponta-as-raz%C3%B5es-da-elite-contra-o-golpe.htm).
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