quarta-feira, 2 de setembro de 2015

A CRISE DOS JORNAIS E REVISTAS QUE CONSTROEM CRISES




TIRO NO PÉ

Demissões em "O Globo": a crise dos jornais que constroem crises

Por FERNANDO BRITOdo "Tijolaço"

"O 'Infoglobo' está demitindo jornalistas em número ainda não conhecido, mas que deve passar de [300], cota do último corte nas redações de 'O Globo', 'Extra' e 'Expresso', há seis meses, quando mandou para a rua 160 funcionários de diversos setores.

Segunda-feira, alguns já receberam o “bilhete azul”, entre eles o excelente Marceu Vieira, bom amigo a quem não vejo talvez há uma década, um dos mais gentis profissionais com quem convivi.

Ao ler a informação no site "Conexão Jornalismo", um dos comentários, de Cláudio Cordovil, chamou-me tristemente a atenção:

O que me parece mais triste e perverso é que 'O Globo' demandou desses profissionais que cavassem, lentamente, as covas nas quais seriam enterrados , ao defenderem e representarem uma linha editorial que contribuiu determinantemente para levar este país à recessão como profecia autocumprida.
Que possam aprender essa amarga lição para se reinventarem como seres políticos, que não vão como plácidos cordeiros para o forno crematório. A maior das reinvenções, na terra do ‘Sim, Sinhô’ , é saber dizer não. É se unir como categoria, e fugir de Sobibor, quando possível. (Nota do "Tijolaço": um campo de extermínio alemão, localizado na Polônia, onde aconteceu a única revolta relativamente bem-sucedida de prisioneiros nazistas, onde algumas centenas deles conseguiram escapar, embora a maioria tenha sido morta)

O problema é que é dificílimo fugir de Sobibor. Bons salários são emolientes de consciências. Desejo sorte aos demitidos. É que possam pensar na cova que sistematicamente cavaram a cada dia. Alfabetização política é necessária quando vamos ficando grandinhos.O que me parece mais grave é ver que no Brasil estão conseguindo destruir uma profissão altamente valorizada em países verdadeiramente desenvolvidos. Agradeçam ao Aécio, e a Joaquim Barbosa, e a Moro.

A alternativa de outras mídias, como os blogs que cresceram em audiência, mas são cada vez mais malditos, vivendo à míngua de publicidade – que jorra de cofres públicos e privados para os jornalões – não existe, porque não temos como contratar colegas que nos permitam ser maiores e melhores.

Vivemos, como se diz nas Alagoas de meus avós paternos, “da mão para a boca”.

Somos “sujos”, “vira-latas” e o pouquinho que a um ou outro se concede anunciar vira, pelas mão de quem está ou se acha bem aboletado numa grande redação, resultado de “favoritismos políticos” que merecem, até, a fúria de gente mais que bem aquinhoada de privilégios, como o Ministro Gilmar Mendes.

Ainda assim, somos solidários. E a derrocada dos grandes jornais, caindo pelo abismo que cavaram com seus pés, deixa triste quem ama o jornalismo, feito por jornalistas, ainda que controlado pelas corporações.

FONTE: escrito por FERNANDO BRITO no seu blog "Tijolaço"  (http://tijolaco.com.br/blog/?p=29350).

COMPLEMENTAÇÃO 1




"O Globo" entra na disputa com "Veja" sobre quem vai fechar primeiro.


"O site "propmark" noticia que os jornais "O Globo" e "Extra" (versão mais popular e menos reacionária das Organizações Globo voltado para o Rio de Janeiro) demitirão entre 300 e 400 funcionários das áreas de jornalismo e de comercialização. "O Globo" foi o mais atingido.

Nota-se que esses jornais estão cortando em áreas vitais para a sobrevivência da empresa, na produção de noticiário e na área de vendas. É o rumo para fechar as portas, tomando o mesmo caminho da revista "Veja".

Motivo? Queda no faturamento publicitário, segundo o site "propmark". Os jornais não estão faturando o suficiente para cobrir as contas, estão acumulando prejuízos e não há chance de recuperação.

De tanto fazer propaganda terrorista para haver crise [na esperança de com ela causar insatisfação contra o governo Dilma e assim facilitar a volta da direita (isto é, "do mercado") ao poder], de tanto provocar azia e depressão em seus leitores, de tanto mentir ou omitir sobre a verdadeira conjuntura mundial e nacional, de tanto fazer sensacionalismo e apostar no 
demotucano "quanto pior, melhor", de tanto semear ódio, golpismo e desesperança, a "Globo" está colhendo o que plantou: crise.

Bem feito para os donos e para os demitidos que faziam o trabalho sujo com prazer para os patrões.

Só é lamentável o desemprego de quem trabalhava lá a contragosto, por falta de opção. Mas é o preço de não lutar pela democratização das comunicações. Se houvesse mais diversidade, haveria mais opções de emprego para todos.

Nota-se também que o jornalismo das "Organizações Globo" não está conseguindo sobreviver e se adaptar à era da internet. Mesmo que a crise econômica passe, a "Globo" não se recupera e continuará perdendo leitores e audiência para a internet."

FONTE da complementação 1: do blog "Os amigos do Presidente Lula" (http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2015/09/o-globo-entra-na-disputa-com-veja-sobre.html). [Trecho entre colchetes acrescentado por este blog 'democracia&política']


COMPLEMENTAÇÃO 2



CRISE DA MÍDIA ATINGE "O GLOBO": 400 DEMISSÕES


"Cortes nos jornais 'O Globo' e 'Extra', do Rio de Janeiro, devem atingir de 300 a 400 pessoas, principalmente no jornalismo e no comercial, e devem ser anunciados nesta terça-feira 1º, segundo o site 'propmark'; áreas de circulação e marketing dos dois jornais devem se unir, enquanto a área digital do 'Extra' pode ser reduzida à metade. Deixou ontem o 'Globo' o jornalista Pedro Dória, editor executivo de plataformas digitais. Algumas editorias como 'Esportes', 'TV' e parte de 'Cidades' poderão ser fundidas. No sábado 29, o jornal comandado por João Roberto Marinho destacava em sua manchete principal a recessão da economia.

Do "Brasil 247"

A crise da mídia impressa atingiu a 'Infoglobo' e deve resultar em demissões de até 400 funcionários nos jornais 'O Globo' e 'Extra', do Rio de Janeiro, de acordo com fontes do portal propmark.

A empresa pertence às 'Organizações Globo' e é responsável pela publicação dos jornais do grupo. Os cortes anunciados na terça-feira 1º atingem principalmente os departamentos de jornalismo e comercial.

Na segunda-feira 31, deixou o 'Globo' o jornalista Pedro Dória, que havia assumido em março de 2011 o cargo de editor executivo de plataformas digitais. Também deixaram o veículo o colunista George Vidor (economia), Marceu Vieira (editor da coluna do Anselmo Góes), Luciana Froes (gastronomia) e Pedro Motta Gueiros (esportes). Dória e Luciana seguem como colunistas.

Outras mudanças deverão ser feitas, como a fusão de algumas editorias – a exemplo de Esportes, TV e parte de Cidades. Além disso, as áreas de circulação e marketing dos dois jornais devem se unir, enquanto a área digital do jornal 'Extra' pode ser reduzida pela metade.

No sábado 29, o 'Globo', uma das vozes da imprensa mais críticas ao governo da presidente Dilma Rousseff e ao PT, destacava com letras garrafais, na manchete principal, a recessão da economia brasileira."

FONTE da complementação 2: do portal "Brasil 247"  (http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/195109/Crise-da-m%C3%ADdia-atinge-O-Globo-400-demiss%C3%B5es.htm).

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