O “banzo” da Folha e da elite paulista por FHC, o pequeno
Por FERNANDO BRITO
"Banzo é uma palavra africana que, aqui entre nós, passou a descrever a tristeza nostálgica dos nossos irmãos negros escravizados, afastados de suas origens para nunca mais.
Melancolia, às vezes, mortal, que tirava do indivíduo a vontade de viver e o levava a atos desesperados.
O banzo da [tucana] "Folha" por Fernando Henrique Cardoso e pela Era Tucana é igual ao dos escravos, só que ao avesso.
É a saudade da elite paulista dos “bons tempos” em que era o centro do Universo, a condutora da “locomotiva” que puxava os vagões emperrados e preguiçosos que seriam o resto do país.
É por isso que ela hoje pediu para levar um “tranco” do Instituto Lula, quando foi buscar num simples site da entidade o “pecado” de ter “encolhido” a figura de Fernando Henrique Cardoso.
Ora, até o “mundo mineral”- expressão genial de Mino Carta – sabe que ninguém encolheu mais Fernando Henrique Cardoso que um cidadão chamado Fernando Henrique Cardoso.
Aquele, lembram, do “esqueçam o que escrevi” que, aliás, era admirado pelo que escrevera e que se tornou tão rejeitado por esquecer daquilo.
Fernando Henrique, que pela sua erudição e experiência de mundo poderia ter sido um luxo como presidente, como disse certa vez Darcy Ribeiro, terminou seu mandato como um lixo político, justamente porque as usou não como um sábio, mas como um “sabido”.
Melancolia, às vezes, mortal, que tirava do indivíduo a vontade de viver e o levava a atos desesperados.
O banzo da [tucana] "Folha" por Fernando Henrique Cardoso e pela Era Tucana é igual ao dos escravos, só que ao avesso.
É a saudade da elite paulista dos “bons tempos” em que era o centro do Universo, a condutora da “locomotiva” que puxava os vagões emperrados e preguiçosos que seriam o resto do país.
É por isso que ela hoje pediu para levar um “tranco” do Instituto Lula, quando foi buscar num simples site da entidade o “pecado” de ter “encolhido” a figura de Fernando Henrique Cardoso.
Ora, até o “mundo mineral”- expressão genial de Mino Carta – sabe que ninguém encolheu mais Fernando Henrique Cardoso que um cidadão chamado Fernando Henrique Cardoso.
Aquele, lembram, do “esqueçam o que escrevi” que, aliás, era admirado pelo que escrevera e que se tornou tão rejeitado por esquecer daquilo.
Fernando Henrique, que pela sua erudição e experiência de mundo poderia ter sido um luxo como presidente, como disse certa vez Darcy Ribeiro, terminou seu mandato como um lixo político, justamente porque as usou não como um sábio, mas como um “sabido”.
Mesmo tendo chegado ao poder com uma “cambalhota monetária” que, em tese, acabou com a hiperinflação mas elevou às alturas o endividamento do país, hoje causa maior de nossas dificuldades, porque consome em juros e encargos tudo aquilo que poderíamos aplicar em investimentos e melhoria dos serviços públicos, o Fernando Henrique “sabido” preferiu gabar-se de um equilíbrio fiscal que só existia na fantasia, à custa de endividamento.
O gráfico acima, com os valores da dívida líquida do Brasil (que desconta, entre outros, o valor dos títulos emitidos para constituir reservas cambiais, hoje em US$ 380 bilhões) fala por si. Acrescento, como informação, que com todos os problemas de hoje, o percentual está na casa dos 38% do PIB, atualmente.
Endividado, sem reservas internacionais (fomos pedi-las ao FMI várias vezes em seus mandatos) e tendo vendido as calças e seus fundilhos, com a entrega da telefonia, da energia, do minério de ferro e do petróleo, não foi FHC que ficou nanico.
Foi o Brasil, que renunciou à sua vocação de ter um destino próprio e concordou em reduzir-se a uma colônia “moderna”, politicamente correta e socialmente selvagem.
Daí a tristeza da elite de nossa maior metrópole e centro industrial e financeiro.
É que sua pequenez não cabe num Brasil grande.
É que seu cosmopolitismo não é o de Nova York, é o de Miami, como se vê na pequena, mas pitoresca, questão das ciclovias.
(Alguém imagina uma revolta contra ciclovias em Nova York, ou um candidato a prefeito que lá defenda a “cura gay”)
A "Folha", a mais perfeita tradução da elite paulista, por isso, morre de saudades de Fernando Henrique, cuja vaidade fez muito brilho e pouca luz.
Uma pena, porque uma elite assim, ao contrário do que pensa, não lidera, oprime.
A elite paulista não virou, como nos versos de Caetano, o “mais possível novo quilombo de Zumbi”, mas não perde a chance de querer ser o capitão-do-mato do Brasil.
Por isso fica pequena como ficou FHC."
FONTE: escrito por FERNANDO BRITO em seu blog "Tijolaço" (http://tijolaco.com.br/blog/?p=29415).
COMPLEMENTAÇÃO
A CURIOSA ENTREVISTA DE FHC
É que sua pequenez não cabe num Brasil grande.
É que seu cosmopolitismo não é o de Nova York, é o de Miami, como se vê na pequena, mas pitoresca, questão das ciclovias.
(Alguém imagina uma revolta contra ciclovias em Nova York, ou um candidato a prefeito que lá defenda a “cura gay”)
A "Folha", a mais perfeita tradução da elite paulista, por isso, morre de saudades de Fernando Henrique, cuja vaidade fez muito brilho e pouca luz.
Uma pena, porque uma elite assim, ao contrário do que pensa, não lidera, oprime.
A elite paulista não virou, como nos versos de Caetano, o “mais possível novo quilombo de Zumbi”, mas não perde a chance de querer ser o capitão-do-mato do Brasil.
Por isso fica pequena como ficou FHC."
FONTE: escrito por FERNANDO BRITO em seu blog "Tijolaço" (http://tijolaco.com.br/blog/?p=29415).
COMPLEMENTAÇÃO
A CURIOSA ENTREVISTA DE FHC
FHC DIZ QUE “PODER DE DILMA VAI SE DESMILINGUINDO”
"Depois de dizer que renunciar seria um "gesto de grandeza" da presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirma que "o poder de Dilma, a gestão Dilma, vai se desmilinguindo, esfarinhando". Em entrevista a Alberto Bombig neste sábado 5, o tucano destaca que "não sabemos que atores políticos estarão em pé daqui a três meses", reafirma que o movimento por impeachment não é golpe e declara: "o PT tem que aprender que hoje ele manda e amanhã vai obedecer e, quando ele obedecer, não queira arrasar [como nós] com quem está mandando". Para FHC, o PSDB deve agir "com cautela" diante do julgamento das contas do governo pelo TCU. "Não acho que o PSDB vai se pôr à frente disso. Até porque é um erro político"
Do "Brasil 247"
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso comparou o momento político atual com o de ex-presidentes como Jango (1964) e Fernando Collor (1992) e declarou que "o poder de Dilma, a gestão Dilma, vai se desmilinguindo, esfarinhando". Em entrevista a Alberto Bombig publicada neste sábado, ele resgatou: "a gente viu isso em vários momentos, no momento do Jango, do Collor, por razões diferentes e de formas diferentes."
O tucano assegurou que o movimento pró-impeachment não é golpe. "Falar em golpe me parece exagero daqueles que nunca foram realmente democratas, porque ninguém está propondo o golpe, que eu saiba", disse. "Entendo que a população quer tirar a Dilma. Tudo bem, mas é um sentimento periférico, mas e depois? E as instituições? Qual é a base para se tirar? Não pode. Você tem que seguir a Constituição", afirmou, ainda.
Em caso de o vice-presidente, Michel Temer, assumir, ele avalia que "o problema continuará de pé". "Não é só para Temer. Qualquer um que vá para o governo hoje vai se defrontar com um panorama político muito difícil". A respeito da declaração do vice feita na noite de quinta-feira, de que, com o atual índice de popularidade, Dilma não resistirá a três anos e meio de governo, avalia ter "peso", por vir do vice, que está no governo.
FHC avalia que não é possível saber "que atores políticos estarão em pé daqui a três meses". [Talvez pense e queira induzir que ele será o único de pé, no vigor de sua muito longínqua mocidade e lucidez recuperadas com o recém-casamento com uma jovem 50 anos mais nova]
Em relação ao comportamento do PSDB diante do julgamento das contas do governo pelo TCU, afirma que o partido agirá "com cautela". "O PSDB tem que mostrar claramente qual é sua posição, mas os passos têm que ser muito pensados em caso de impeachment. Você tem que ter algo objetivo. Impeachment não é uma vontade, porque aí é golpe."
Para ele, "se por à frente disso" seria um "erro político" do PSDB. "A menos que seja claro algum ilícito", aponta. FHC ressaltou [fingidamente?] que não torce pelo 'quanto pior, melhor' e declarou que "o PT tem que aprender que hoje ele manda e amanhã vai obedecer e, quando ele obedecer, não queira arrasar [como nós fazemos com integral apoio da mídia e da Justiça] com quem está mandando". O tucano diz não ter achado "desrespeitoso" o boneco do ex-presidente Lula como presidiário [Seria, sim, muito desrespeitoso, até sacrilégio, se fosse o boneco dele simbolizando sua prisão pelos blindados e impunes escândalos de corrupção do seu governo]."
FONTE da complementação: do portal "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/poder/195752/FHC-diz-que-%E2%80%9Cpoder-de-Dilma-vai-se-desmilinguindo%E2%80%9D.htm). [Título e trechos entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política'].
O tucano assegurou que o movimento pró-impeachment não é golpe. "Falar em golpe me parece exagero daqueles que nunca foram realmente democratas, porque ninguém está propondo o golpe, que eu saiba", disse. "Entendo que a população quer tirar a Dilma. Tudo bem, mas é um sentimento periférico, mas e depois? E as instituições? Qual é a base para se tirar? Não pode. Você tem que seguir a Constituição", afirmou, ainda.
Em caso de o vice-presidente, Michel Temer, assumir, ele avalia que "o problema continuará de pé". "Não é só para Temer. Qualquer um que vá para o governo hoje vai se defrontar com um panorama político muito difícil". A respeito da declaração do vice feita na noite de quinta-feira, de que, com o atual índice de popularidade, Dilma não resistirá a três anos e meio de governo, avalia ter "peso", por vir do vice, que está no governo.
FHC avalia que não é possível saber "que atores políticos estarão em pé daqui a três meses". [Talvez pense e queira induzir que ele será o único de pé, no vigor de sua muito longínqua mocidade e lucidez recuperadas com o recém-casamento com uma jovem 50 anos mais nova]
Em relação ao comportamento do PSDB diante do julgamento das contas do governo pelo TCU, afirma que o partido agirá "com cautela". "O PSDB tem que mostrar claramente qual é sua posição, mas os passos têm que ser muito pensados em caso de impeachment. Você tem que ter algo objetivo. Impeachment não é uma vontade, porque aí é golpe."
Para ele, "se por à frente disso" seria um "erro político" do PSDB. "A menos que seja claro algum ilícito", aponta. FHC ressaltou [fingidamente?] que não torce pelo 'quanto pior, melhor' e declarou que "o PT tem que aprender que hoje ele manda e amanhã vai obedecer e, quando ele obedecer, não queira arrasar [como nós fazemos com integral apoio da mídia e da Justiça] com quem está mandando". O tucano diz não ter achado "desrespeitoso" o boneco do ex-presidente Lula como presidiário [Seria, sim, muito desrespeitoso, até sacrilégio, se fosse o boneco dele simbolizando sua prisão pelos blindados e impunes escândalos de corrupção do seu governo]."
FONTE da complementação: do portal "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/poder/195752/FHC-diz-que-%E2%80%9Cpoder-de-Dilma-vai-se-desmilinguindo%E2%80%9D.htm). [Título e trechos entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política'].
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