Milagres muito estranhos...
Os ataques terroristas de Paris e a “narrativa oficial”
"The Matrix" estende o seu alcance
Por Paul Craig Roberts, ex-Secretário-Assistente do Tesouro dos EUA na administração Reagan
"Apenas uma hora após os ataques de Paris e ainda sem qualquer prova, foi gravada na pedra a narrativa de que "os perpetradores eram do ISIL". É assim que funcionam os trabalhos da propaganda.
Quando o ocidente faz isso ele sempre tem êxito, porque o mundo habituou-se a seguir a sua liderança. Admirei-me por ver, por exemplo, os serviços noticiosos russos ajudarem a propalar a narrativa oficial dos ataques de Paris apesar de a própria Rússia ter sofrido tantas vezes com narrativas falsas fabricadas.
Será que a mídia russa esqueceu o MH-17? No mesmo minuto em que era transmitida a narrativa de que o avião da Malaysian f"ora atingido por um míssil russo" sobre a Ucrânia oriental nas mãos de separatistas, a culpa era atribuída à Rússia. E é onde a culpa permanece [até hoje], apesar da ausência de prova.
Será que a mídia russa também esqueceu a “invasão russa da Ucrânia”? Essa narrativa ridícula é aceita por toda a parte no ocidente como verdade sagrada.
Será que a mídia russa esqueceu o livro daquele editor alemão de jornal, o qual escreveu que "todo jornalista importante europeu era um 'ativo' da CIA"?
"The Matrix" estende o seu alcance
Por Paul Craig Roberts, ex-Secretário-Assistente do Tesouro dos EUA na administração Reagan
"Apenas uma hora após os ataques de Paris e ainda sem qualquer prova, foi gravada na pedra a narrativa de que "os perpetradores eram do ISIL". É assim que funcionam os trabalhos da propaganda.
Quando o ocidente faz isso ele sempre tem êxito, porque o mundo habituou-se a seguir a sua liderança. Admirei-me por ver, por exemplo, os serviços noticiosos russos ajudarem a propalar a narrativa oficial dos ataques de Paris apesar de a própria Rússia ter sofrido tantas vezes com narrativas falsas fabricadas.
Será que a mídia russa esqueceu o MH-17? No mesmo minuto em que era transmitida a narrativa de que o avião da Malaysian f"ora atingido por um míssil russo" sobre a Ucrânia oriental nas mãos de separatistas, a culpa era atribuída à Rússia. E é onde a culpa permanece [até hoje], apesar da ausência de prova.
Será que a mídia russa também esqueceu a “invasão russa da Ucrânia”? Essa narrativa ridícula é aceita por toda a parte no ocidente como verdade sagrada.
Será que a mídia russa esqueceu o livro daquele editor alemão de jornal, o qual escreveu que "todo jornalista importante europeu era um 'ativo' da CIA"?
Alguém poderia pensar que a experiência teria ensinado a mídia russa a ser cautelosa quanto a explicações que têm origem no ocidente.
Temos agora o que provavelmente é mais uma falsa narrativa estabelecida como verdade. Assim como uns poucos sauditas com canivetes enganaram todo o aparelho de segurança nacional dos EUA [nos atentados de 11 set 2001 em NY], o ISIL conseguiu adquirir armas não adquiríveis e enganar a inteligência francesa enquanto organizava uma série de ataques em Paris.
Por que é que o ISIL fez isso? Tiro pela culatra pelo pequeno papel da França na violência do Médio Oriente?
Por que não os EUA?
Ou será que o objectivo do ISIL era ter o fluxo de refugiados para dentro da Europa bloqueado por fronteiras fechadas? Será que o ISIL quer realmente manter todos os seus oponentes na Síria e no Iraque quando, ao invés, pode conduzi-los para a Europa? Por que tem de matar ou controlar milhões de pessoas impedindo a sua fuga?
Não espere quaisquer explicações ou questionamentos por parte da mídia acerca da narrativa que está estabelecida como "verdade definitiva".
A ameaça ao establishment europeu não é o ISIL. As ameaças são a ascensão de partidos políticos anti-UE e anti-imigrantes: "Pegida" na Alemanha, o "UKIP" na Grã-Bretanha e a "Frente Nacional" na França. Os inquéritos mais recentes mostram a "Frente Nacional" de Marine Le Pen à frente como a provável presidente francesa.
Algo tinha de ser feito acerca das hordas de refugiados provocadas pelas guerras de Washington, ou os partidos políticos do establishment serão confrontados com a derrota às mãos de partidos políticos que também são adversos à subserviência da Europa à Washington.
As regras da UE acerca de refugiados e imigrantes e a aceitação de um milhão de refugiados pela Alemanha, juntamente com fortes críticas àqueles governos na Europa do Leste que quiseram erguer muros para manter os refugiados do lado de fora, tornou impossível o fechamento de fronteiras.
Com os ataques terroristas de Paris, o que era impossível se tornou possível e o presidente da França imediatamente anunciou o fechamento das fronteiras da França. Os fechamentos de fronteiras propagar-se-ão. A questão principal dos partidos políticos dissidentes em ascensão será neutralizada. A UE estará segura e, assim, a soberania da Europa sobre a Europa.
Se os ataques de Paris foram ou não "operações de bandeira falsa" com a finalidade de obter esses resultados, esses resultados serão as consequências dos ataques. Esses resultados servem aos interesses do establishment político europeu e de Washington.
Será o ISIL tão pouco refinado que não tenha percebido isso? Se o ISIL for tão pouco refinado, como é que ele tão facilmente enganou os serviços franceses de inteligência? Na verdade, pode a inteligência francesa ser inteligente?
Podem os povos do ocidente ser inteligentes a ponto de cair numa narrativa forjada antes de qualquer prova? No ocidente, os fatos são criados por declarações de governos no seu próprio interesse. A investigação não faz parte do processo. Quando 90 por cento da mídia estadunidense é possuída por seis megacorporações, não pode haver qualquer diferença.
Na medida em que "The Matrix" aumenta o absurdo das suas afirmações, ela, no entanto, consegue tornar-se ainda mais invulnerável."
FONTE: escrito por Paul Craig Roberts e publicado no site "Patria Latina" (http://www.patrialatina.com.br/os-ataques-terroristas-de-paris-e-a-narrativa-oficial/).
Roberts é graduado do Instituto de Tecnologia da Geórgia e obteve Ph.D. da Universidade de Virginia, com pós-graduação na Universidade da Califórnia, Berkeley e na Faculdade de Merton, Oxford University.
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