Ministro do STF Teori Zavascki
"Há vazamentos na Lava Jato para beneficiar poderosos", diz Teori
[O que teria motivado integrantes da Lava-Jato em incorrer no crime de vazar documentos sigilosos? Terá sido por ideologia partidária? (vários deles antes da eleição se confessaram tucanos aecistas e xingaram Dilma, nos seus facebooks). Seria por incontrolável admiração pelos poderosos, banqueiros, donos de mídia? Ou aconteceu por puro amor? Ou foi realmente corrupção, por dinheiro?
Mistério. Porém, pelos antecedentes, tudo indica que nada será investigado e ninguém será condenado por isso. Já ouvimos a célebre frase na operação: "Isso não vem ao caso". Logo, logo, o crime cairá no esquecimento.
Contudo, ao ler na reportagem abaixo, do GGN, as palavras duras da ministra Carmen Lúcia, fiquei esperançosa, na dúvida se agora virá uma nova fase da Justiça brasileira.
Pareceu-me que a ministra também anunciou que acabou a época da "semijustiça", ou da justiça caolha, em que somente há investigação e condenação quando isso prejudica o governo do PT.
Fiquei com a esperança de que agora desengavetarão, investigarão e condenarão os crimes das privatizações corruptas, o crime da compra de votos para manter o PSDB/FHC no poder, os corruptos da Lista de Furnas, o mensalão tucano, o trensalão tucano etc etc.
Ou tudo foi só discurso da ministra e continuará na mesma?].
Do "Jornal GGN":
"Na quarta (25), durante sessão no Supremo Tribunal Federal que manteve a prisão do senador Delcídio Amaral (PT) por tentativa de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato, o ministro relator do caso, Teori Zavascki, apontou o vazamento de informações para beneficiar poderosos que poderiam virar alvo das autoridades.
Delcídio foi pego numa gravação entregue às autoridades negociando um plano de fuga para o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró. Seu chefe de gabinete e o banqueiro André Esteves foram também foram presos na manhã de quarta-feira.
"Vem à tona a grave revelação de que André Esteves tem consigo cópia de minuta do anexo do acordo de colaboração premiada assinado por Nestor Cerveró, confirmando e comprovando a existência de canal de vazamento na operação Lava Jato que municia pessoas em posição de poder com informações de complexo investigatório" , disse Teori. Segundo o magistrado, "é um mistério como um documento sigiloso que se encontrava em ambiente prisional em Curitiba chegou ao escritório de André Esteves, em São Paulo".
Na sessão, Teori ainda apontou que Delcídio ofereceu uma ajuda financeira da ordem de R$ 50 mil mensais para a família de Cerveró. Em troca, o ex-diretor da Petrobras não poderia fechar acordo de delação premiada.
"Há, aí, componente diabólico de embaraço à investigação: ultimado o acordo financeiro, Nestor Cerveró passaria a enfrentar dificuldades praticamente intransponíveis para conciliar-se com a verdade. Seu silêncio compraria o sustento de sua família, em evocação eloquente de práticas tipicamente mafiosas", afirmou.
Ao votar pela validação da decisão do ministro Teori, a ministra Cármen Lúcia fez um dos discursos mais duros sobre as investidas contra a Lava Jato:
"Na história recente da nossa pátria, houve um momento em que a maioria de nós, brasileiros, acreditou no mote segundo o qual uma esperança tinha vencido o medo. Depois, nos deparamos com a Ação Penal 470 e descobrimos que o cinismo tinha vencido aquela esperança". [Depois, veio o cinismo de dispersar para outras instâncias, abafar e engavetar o "mensalão tucano"]. "Agora parece se constatar que o escárnio venceu o cinismo. O crime não vencerá a Justiça" [Não se sabe se a ministra Carmen Lúcia se referia com essas palavras também ao então mencionado crime de vazamentos de documentos sigilosos da Lava-Jato, antes relatado pelo ministro Teori Zavascki]. "Aviso aos navegantes dessas águas turvas de corrupção e das iniquidades: criminosos não passarão a navalha da desfaçatez e da confusão entre imunidade, impunidade e corrupção. Não passarão sobre os juízes e as juízas do Brasil. Não passarão sobre novas esperanças do povo brasileiro, porque a decepção não pode estancar a vontade de acertar no espaço público. Não passarão sobre a Constituição do Brasil”, disse a ministra. [Entendi que a ministra anunciou implicitamente o término da tradicional inimputabilidade de tucanos e seus aliados.
Ao menos, ela despertou nossa esperança].
FONTE: do "Jornal GGN" (http://jornalggn.com.br/noticia/ha-vazamentos-na-lava-jato-para-beneficiar-poderosos-diz-teori). [Título e trechos em azul entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política'].
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