GILBERTO: 'OBJETIVO DA ZELOTES É PRENDER LULA'
"O alvo é só um, é o PT, é o presidente Lula. Eles querem desmoralizar o presidente Lula para depois realizarem a prisão dele e o tirarem fora de 2018, é disso que se trata. A tática está definida, está clara. É a tentativa de ir aos poucos minando o partido, a credibilidade do presidente Lula, para depois levá-lo a um processo de condenação e prisão", disse o ex-ministro Gilberto Carvalho, sobre a mais recente fase da Operação Zelotes, que passou a investigar um dos filhos do ex-presidente Lula. Ele também classificou a ação judicial como "palhaçada". Gilberto afirmou, ainda, que a Zelotes, ao deixar de lado os alvos iniciais, que são os grandes sonegadores, se transforma em "circo político"
Do "Brasil 247"
Em entrevista concedida à jornalista Natuza Nery (leia aqui), o ex-ministro Gilberto Carvalho classificou a mais recente fase da Operação Zelotes, que investigou Luis Claudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula como "palhaçada" e disse que o real objetivo é a prisão de Lula.
"O alvo é só um, é o PT, é o presidente Lula. Eles querem desmoralizar o presidente Lula para depois realizarem a prisão dele e o tirarem fora de 2018, é disso que se trata. A tática está definida, está clara. É a tentativa de ir aos poucos minando o partido, a credibilidade do presidente Lula, para depois levá-lo a um processo de condenação e prisão", disse ele.
Também alvo da ação, Gilberto criticou o desrespeito aos direitos individuais. "O que não pode, em defesa da democracia, é o atropelamento dos direitos individuais, e é isso que está em jogo. E tenho uma longa vida pública e já me habituei a enfrentar, mas ver os seus filhos expostos desse modo é um golpe duro", afirmou. "Critico o cidadão da Receita Federal que recomenda a quebra de sigilo bancário e fiscal dos meus familiares sem que contra mim haja nenhum indício real, efetivo, de que eu tenha sido beneficiário de qualquer propina ou ação dessas pessoas que estão presas hoje. É uma leviandade e uma exposição desnecessária. Não condeno a investigação, condeno a irresponsabilidade dessas pessoas."
O ex-ministro também nega as acusações de ter participado de "conluio" e diz ter orgulho de não ter enriquecido nos doze anos que passou no Palácio do Planalto. "Nunca participei de conluio nenhum. Nunca esse senhor [Mauro Mautone] apareceu para mim para fazer qualquer proposta nem tratar de nenhuma oferta. Até porque, no meu papel de chefe de gabinete, eu não acompanhava as audiências em sua imensa maioria. Esse senhor nunca me ofereceu qualquer beneficio pecuniário. Aliás, nos 12 anos de Planalto, nunca passei por esse constrangimento. Tenho orgulho de não ter enriquecido neste período."
Gilberto afirmou, ainda, que a Zelotes, ao deixar de lado os alvos iniciais, que são os grandes sonegadores, se transforma em circo político. "Espero que o mesmo tratamento dado a mim se dê àqueles que são os verdadeiros alvos da Operação Zelotes, grandes empresas brasileiras, redes de comunicação no Brasil. Só espero que a Zelotes não sirva apenas para construir esse circo político", afirma.
Lava Jato e doações de campanha
Segundo o ex-ministro, há também uma blindagem em relação a outros partidos nas investigações judiciais em curso no País. "Por que a Lava Jato, em toda delação premiada, não levantou sequer uma questão do financiamento das campanhas de outros políticos? Onde estão as informações do financiamento da campanha do senhor Aécio Neves, que recebeu mais dinheiro dessas empresa da Lava Jato do que Dilma Rousseff? Por que isso não vem a público?", questionou.
"Se o país não tiver consciência disso, nós seremos conduzidos a um processo que vai enganar todo mundo. Em nome do combate à corrupção, os grandes corruptores continuarão soltos e impunes, mas grande parte vai continuar praticando o mesmo assalto aos cofres públicos, como fizeram no Brasil no caso da privataria, da emenda da reeleição", diz ele. "O que me espanta e me dói é ver gente como o ministro do Supremo Gilmar Mendes e próceres do PSDB que denunciam a corrupção mas defendem com unhas e dentes o principal instrumento indutor da corrupção que é o financiamento empresarial de campanha. É uma hipocrisia. Se passar a Lava Jato, com tudo o que ela está provocando, e o PT pagar o seu preço, e todos esses mecanismos continuarem, a nação terá perdido muito."
FONTE: do portal "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/poder/203258/Gilberto-'objetivo-da-Zelotes-%C3%A9-prender-Lula'.htm) [Título acrescentado por este blog 'democracia&política'].
COMPLEMENTAÇÃO
Desvio de foco na Operação Zelotes é para proteger Gerdau, Grupo RBS e outros sonegadores
"O alvo é só um, é o PT, é o presidente Lula. Eles querem desmoralizar o presidente Lula para depois realizarem a prisão dele e o tirarem fora de 2018, é disso que se trata. A tática está definida, está clara. É a tentativa de ir aos poucos minando o partido, a credibilidade do presidente Lula, para depois levá-lo a um processo de condenação e prisão", disse ele.
Também alvo da ação, Gilberto criticou o desrespeito aos direitos individuais. "O que não pode, em defesa da democracia, é o atropelamento dos direitos individuais, e é isso que está em jogo. E tenho uma longa vida pública e já me habituei a enfrentar, mas ver os seus filhos expostos desse modo é um golpe duro", afirmou. "Critico o cidadão da Receita Federal que recomenda a quebra de sigilo bancário e fiscal dos meus familiares sem que contra mim haja nenhum indício real, efetivo, de que eu tenha sido beneficiário de qualquer propina ou ação dessas pessoas que estão presas hoje. É uma leviandade e uma exposição desnecessária. Não condeno a investigação, condeno a irresponsabilidade dessas pessoas."
O ex-ministro também nega as acusações de ter participado de "conluio" e diz ter orgulho de não ter enriquecido nos doze anos que passou no Palácio do Planalto. "Nunca participei de conluio nenhum. Nunca esse senhor [Mauro Mautone] apareceu para mim para fazer qualquer proposta nem tratar de nenhuma oferta. Até porque, no meu papel de chefe de gabinete, eu não acompanhava as audiências em sua imensa maioria. Esse senhor nunca me ofereceu qualquer beneficio pecuniário. Aliás, nos 12 anos de Planalto, nunca passei por esse constrangimento. Tenho orgulho de não ter enriquecido neste período."
Gilberto afirmou, ainda, que a Zelotes, ao deixar de lado os alvos iniciais, que são os grandes sonegadores, se transforma em circo político. "Espero que o mesmo tratamento dado a mim se dê àqueles que são os verdadeiros alvos da Operação Zelotes, grandes empresas brasileiras, redes de comunicação no Brasil. Só espero que a Zelotes não sirva apenas para construir esse circo político", afirma.
Lava Jato e doações de campanha
Segundo o ex-ministro, há também uma blindagem em relação a outros partidos nas investigações judiciais em curso no País. "Por que a Lava Jato, em toda delação premiada, não levantou sequer uma questão do financiamento das campanhas de outros políticos? Onde estão as informações do financiamento da campanha do senhor Aécio Neves, que recebeu mais dinheiro dessas empresa da Lava Jato do que Dilma Rousseff? Por que isso não vem a público?", questionou.
"Se o país não tiver consciência disso, nós seremos conduzidos a um processo que vai enganar todo mundo. Em nome do combate à corrupção, os grandes corruptores continuarão soltos e impunes, mas grande parte vai continuar praticando o mesmo assalto aos cofres públicos, como fizeram no Brasil no caso da privataria, da emenda da reeleição", diz ele. "O que me espanta e me dói é ver gente como o ministro do Supremo Gilmar Mendes e próceres do PSDB que denunciam a corrupção mas defendem com unhas e dentes o principal instrumento indutor da corrupção que é o financiamento empresarial de campanha. É uma hipocrisia. Se passar a Lava Jato, com tudo o que ela está provocando, e o PT pagar o seu preço, e todos esses mecanismos continuarem, a nação terá perdido muito."
FONTE: do portal "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/poder/203258/Gilberto-'objetivo-da-Zelotes-%C3%A9-prender-Lula'.htm) [Título acrescentado por este blog 'democracia&política'].
COMPLEMENTAÇÃO
Desvio de foco na Operação Zelotes é para proteger Gerdau, Grupo RBS e outros sonegadores
Sirotski, protegido pela família Marinho: sócios; meme via Conceição Oliveira
Desvio de foco da Zelotes é para proteger grandes grupos de comunicação, denuncia Marcon
Desvio de foco da Zelotes é para proteger grandes grupos de comunicação, denuncia Marcon
Por Benildes Rodrigues, do PT na Câmara
"Em pronunciamento na tribuna da Câmara, na quarta-feira (28), o deputado Marcon (PT-RS) questionou os motivos que levaram a Polícia Federal a concentrar as investigações da Operação Zelotes na empresa de Luis Claudio da Silva, filho do ex-presidente Lula e “esquecer” as grandes empresas sonegadoras do país. “A Operação Zelotes saiu do encalço do poder econômico para perseguir familiares de Lula sem qualquer motivo sólido ou aparente. Por que será?”, questionou.
“Em vez de investigarem as grandes e médias empresas que sonegam neste País, como o Grupo Gerdau, o Grupo RBS e a Marcopolo, lá no Rio Grande do Sul, estão investigando a filha do Gilberto Carvalho e o filho do Presidente Lula”, estranhou Marcon.
Segundo o deputado, esse tipo de ação da PF evidencia a proteção que a instituição faz às grandes empresas, em especial àquelas ligadas ao setor de comunicação. Como exemplo, ele cita o grupo RBS, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul e Santa Catarina e que se encontra na lista dos grandes sonegadores da Operação Zelotes.
O deputado fez questão de lembrar que informações veiculadas nos órgãos de imprensa de circulação nacional revelam que a RBS, para se livrar de um débito no valor de R$ 150 milhões, pode ter pago R$ 15 milhões para agentes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) “sumirem” com a dívida.
“A cada dia fica mais claro, em se tratando da Zelotes, que a grande mídia do país que está envolvida em suborno e propina para agentes públicos reduzirem seus tributos junto aos órgãos arrecadadores, quer gerar uma cortina de fumaça para tirar de si o foco e apontar a mira para cima de agentes políticos”, criticou Marcon. O deputado estranhou como uma operação fadada ao fracasso, uma vez que não tinha recursos para a força-tarefa, nem juiz federal despachando na velocidade de Sergio Moro (Operação Lava Jato) e, consequentemente, sem o impacto da espetacularização dos fatos, de repente, muda de foco, sai do encalço de grandes grupos econômicos — como a Rede Globo, bancos e empreiteiras e passa a perseguir a família do ex-presidente Lula.
“Esse fato foi o suficiente para transferir a Zelotes das páginas secundárias de jornais impressos para ganhar espaços de destaque — aqueles destinados às denúncias bombásticas, mesmo que denúncias vazias”, lamentou Marcon.
Para o deputado, é dessa forma que os grandes grupos econômicos do país agem quando se sentem atingidos. “Eles mandam recado para que não sejam investigados”, finalizou."
FONTE da complementação: escrito por Benildes Rodrigues, do PT na Câmara. Transcrito no site "Viomundo" (http://www.viomundo.com.br/denuncias/deputado-petista-denuncia-desvio-de-foco-na-operacao-zelotes-e-para-proteger-gerdau-grupo-rbs-e-marcopolo.html).
"Em pronunciamento na tribuna da Câmara, na quarta-feira (28), o deputado Marcon (PT-RS) questionou os motivos que levaram a Polícia Federal a concentrar as investigações da Operação Zelotes na empresa de Luis Claudio da Silva, filho do ex-presidente Lula e “esquecer” as grandes empresas sonegadoras do país. “A Operação Zelotes saiu do encalço do poder econômico para perseguir familiares de Lula sem qualquer motivo sólido ou aparente. Por que será?”, questionou.
“Em vez de investigarem as grandes e médias empresas que sonegam neste País, como o Grupo Gerdau, o Grupo RBS e a Marcopolo, lá no Rio Grande do Sul, estão investigando a filha do Gilberto Carvalho e o filho do Presidente Lula”, estranhou Marcon.
Segundo o deputado, esse tipo de ação da PF evidencia a proteção que a instituição faz às grandes empresas, em especial àquelas ligadas ao setor de comunicação. Como exemplo, ele cita o grupo RBS, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul e Santa Catarina e que se encontra na lista dos grandes sonegadores da Operação Zelotes.
O deputado fez questão de lembrar que informações veiculadas nos órgãos de imprensa de circulação nacional revelam que a RBS, para se livrar de um débito no valor de R$ 150 milhões, pode ter pago R$ 15 milhões para agentes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) “sumirem” com a dívida.
“A cada dia fica mais claro, em se tratando da Zelotes, que a grande mídia do país que está envolvida em suborno e propina para agentes públicos reduzirem seus tributos junto aos órgãos arrecadadores, quer gerar uma cortina de fumaça para tirar de si o foco e apontar a mira para cima de agentes políticos”, criticou Marcon. O deputado estranhou como uma operação fadada ao fracasso, uma vez que não tinha recursos para a força-tarefa, nem juiz federal despachando na velocidade de Sergio Moro (Operação Lava Jato) e, consequentemente, sem o impacto da espetacularização dos fatos, de repente, muda de foco, sai do encalço de grandes grupos econômicos — como a Rede Globo, bancos e empreiteiras e passa a perseguir a família do ex-presidente Lula.
“Esse fato foi o suficiente para transferir a Zelotes das páginas secundárias de jornais impressos para ganhar espaços de destaque — aqueles destinados às denúncias bombásticas, mesmo que denúncias vazias”, lamentou Marcon.
Para o deputado, é dessa forma que os grandes grupos econômicos do país agem quando se sentem atingidos. “Eles mandam recado para que não sejam investigados”, finalizou."
FONTE da complementação: escrito por Benildes Rodrigues, do PT na Câmara. Transcrito no site "Viomundo" (http://www.viomundo.com.br/denuncias/deputado-petista-denuncia-desvio-de-foco-na-operacao-zelotes-e-para-proteger-gerdau-grupo-rbs-e-marcopolo.html).
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