Sinto um estranho e inusitado reconhecimento da mídia da direita quanto à gravidade das falcatruas do DEM e uma disfarçada tolerância, até mesmo evidente estímulo, para a intervenção federal no governo demotucano do DF.
Por quê?
É sabido e indiscutível que o governo FHC e o PSDB e DEM-PFL sempre estiveram a serviço e favorecendo assintosamente (não sei se sob propina ou por amor) grandes grupos econômicos e financeiros estrangeiros, em detrimento do patrimônio e de interesses nacionais. Tudo bem. Não é novidade. E daí?
Não conseguia compreender a lógica da atual atitude singular da mídia e oposição direitistas até ler hoje (13/02) um trecho do blog "O Escrivinhador" do jornalista Rodrigo Vianna. Ele matou a charada.
O jornalista Rodrigo Vianna, ao escrever o seguinte conceito, tornou tudo claro. Transcrevo:
"É preciso lembrar que, contra a intervenção, pesa um fato relevante. A Constituição Federal é claríssima em seu artigo 60:
§ 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
Ou seja: as PECs (propostas de emenda à Constituição) do pré-sal não poderiam ser aprovadas durante a vigência de uma intervenção federal em Brasília.
A lógica indica que a intervenção, se vier, duraria até a eleição em outubro (ou até a posse do novo eleito, em janeiro). Ou seja, coincidiria com o fim do mandato de Lula. O presidente ficaria impedido de assinar as PECs do pré-sal."
Tudo ficou muito evidente agora.
Como sempre no Brasil, enormes grupos financeiros e econômicos estrangeiros comandam a nossa mídia e os demotucanos. Sabemos que grandes potências e petrolíferas estrangeiras querem controlar e usufruir do nosso petróleo recém-descoberto. Sabemos que o poder de fogo desses interesses estrangeiros é gigantesco. Sabemos que as modificações na legislação ora desejadas pelo governo Lula/PT contrariam as dadivosas benesses concedidas por FHC/PSDB/PFL para as petrolíferas estrangeiras. As PECs do pré-sal contrariam ou limitam essas benesses.
Será essa uma suposição fantasiosa, exagerada, de imolação (gratuita ou paga) de um governo local, ou do próprio partido (DEM), em prol de um interesse estrangeiro econômico maior? Não tanto. Lembremos que as grandes potências, especialmente os EUA e Inglaterra, despendem trilhões de dólares em invasões militares de países possuidores de reservas de petróleo, sob frágeis e arranjados pretextos.
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