sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

PETROBRAS RESPONDE À TUCANA "FOLHA" SOBRE REFINARIAS



“Leia a matéria “Nova greve complica refino da Petrobras” (versão online: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1230399-nova-greve-complica-refino-da-petrobras.shtml), publicada na quinta-feira (14/02) na ‘Folha de S. Paulo’, e as respostas enviadas [pela Petrobras] ao jornal.

Pergunta: Estamos preparando uma matéria sobre o segmento de refino da Petrobras e gostaríamos de esclarecer as seguintes dúvidas. Quais foram os motivos para o atraso nas obras das refinarias Abreu e Lima, de Pernambuco, e Comperj, no Rio de Janeiro?

Resposta: Diversos fatores contribuem para variações de prazo, como contingências técnicas, greves, condicionantes ambientais e urbanas e intempéries climáticas, entre outros. Em relação à Abreu e Lima, a obra sofreu impacto das chuvas acima do previsto e dificuldade de obtenção de mão de obra qualificada, além de greves. No Comperj, as principais questões enfrentadas até o momento dizem respeito a greves e processos de desapropriações para implantação do acesso de equipamentos especiais. No entanto, os cronogramas são constantemente monitorados e analisados, gerando ações para correção dos desvios.

Pergunta: Qual era o valor dessas unidades inicialmente e quanto custarão agora?

Resposta: No início das obras, a previsão de investimento inicial era de US$ 13,4 bilhões para a Abreu e Lima e de US$ 8 bilhões para o Comperj. As estimativas atuais de investimento total são de US$ 17,1 bilhões para Abreu e Lima e US$ 12,7 bilhões para o Comperj.

Pergunta: Qual o motivo do aumento do custo?

Resposta: As estimativas de custos iniciais foram realizadas levando em consideração o contexto da época em que estes empreendimentos foram programados. As primeiras estimativas são feitas com base em projetos preliminares, e os custos finais podem exceder aqueles que foram previstos inicialmente. Alguns dos fatores que contribuíram para esse novo patamar de investimento foram variação cambial, maior nível de detalhamento da infraestrutura dos empreendimentos, aquecimento do mercado, alterações de projeto em função de exigências ambientais, entre outros.

Pergunta: Como está o processo de avaliação das refinarias Premium I e II? O que está sendo feito? Quando elas devem sair do papel?

Resposta: As refinarias Premium I e II estão no Plano de Negócios e Gestão (carteira em avaliação), com cronogramas compatíveis com a fase em que se encontram e estudos em andamento para alinhamento dos custos às métricas internacionais e adequação das condições de financiabilidade da carteira de investimentos da Petrobras.

Pergunta: Analistas criticam o fato das refinarias Premium I e II não serem mais para exportação e continuarem previstas para o Maranhão e o Ceará, longe dos principais centros de consumo, argumentando que o melhor lugar seria o Centro-Oeste. Por que foram escolhidos os dois Estados? É possível a Petrobras mudar a localização?

Resposta: Conforme consta no Plano de Negócios e Gestão, a localização das duas refinarias está mantida nos estados do Maranhão e do Ceará. A escolha das localidades foi baseada em critérios técnicos e econômicos que se mostram vantajosos para os negócios da Companhia.

Pergunta: Quando termina a fase de avaliação das refinarias Premium I e II?

Resposta: Já respondida no item 4.

Pergunta: A refinaria no Rio Grande do Norte, no pólo de Guamaré, está próxima de uma área que, segundo dados da Companhia de Pesquisa de Recursos Mineral, sofre forte erosão, o que poderá no longo prazo comprometer a segurança da unidade. Vocês confirmam essa informação? O que a empresa pensa em fazer para solucionar o problema?

Resposta: A Refinaria Potiguar Clara Camarão – RPCC está situada a cerca de 4,5km da praia, sobre a formação geológica denominada Formação de Barreiras. Não existem problemas de erosão na área dessa Unidade, portanto não há qualquer ameaça à sua segurança.”

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