quinta-feira, 18 de setembro de 2014

"UMA OVA! O PT NÃO FAZ O QUE O PSDB FAZIA!" (resposta a Luciana Genro):


Uma ova, Luciana Genro! O PT não faz o que o PSDB fazia

Por Eduardo Guimarães no "Cidadania"

"Vejo pessoas respeitáveis comemorando resposta que a candidata do PSOL à Presidência, Luciana Genro, deu ao tucano Aécio Neves quando por ele foi perguntada sobre “educação” no debate da CNBB, na última terça-feira. Ela aproveitou a pergunta para lembrar quem é o PSDB e o próprio Aécio.

Antes de prosseguir, assista, abaixo, ao vídeo. Tem cerca de 5 minutos:




O tucano e o “pastor” Everaldo – que só não quer privatizar o dízimo que “igrejas” como a dele recebem do Estado via subvenções e renúncias fiscais de toda sorte – tinham acabado de fazer uma tabelinha para acusar o PT de corrupção. Eis que Luciana ignora a pergunta e manifesta indignação com a cara-de-pau de, justamente, um tucano fazer acusações de “corrupção”!

Luciana é uma grande oradora. Inteligente, simpática e a sua indignação com tanta coisa errada que há no Brasil, soa legítima. Contudo, ela parece ser vítima de um radicalismo e de uma visão curta e superficial dos fatos que, amiúde, esbarra na mais clara injustiça.

A candidata do PSOL lembrou bem que operadores de "caixa 2" como Marcos Valério – quem viabilizou o 'caixa 2' petista, o qual inventaram ser “pagamento de deputados para votar com o governo” – começaram a atuar no dito “mensalão tucano”. E até o caso do “aécioporto”, que envolve o próprio candidato do PSDB.

Contudo, para desmascarar Aécio, Luciana fez uma acusação injusta ao dizer que o partido “continuou o que o PSDB fazia”. Nesse ponto, aproprio-me da expressão apropriada que ela usou para rebater acusação do tucano de que estaria atuando como “linha auxiliar” do PT, apesar de o estar acusando:

Uma ova, Luciana Genro! O PT não faz o que o PSDB fazia.

Luciana cometeu um erro imperdoável ao ignorar que toda a corrupção – verdadeira ou não – de que membros do PT foram acusados ao longo de seus 12 anos de governo só foi investigada, julgada e punida graças ao mesmo PT, que, à diferença do PSDB, não aparelhou os órgãos de controle que fizeram as denúncias darem em alguma coisa.

Comecemos pela Procuradoria-Geral da República, como é óbvio que tem que ser. Afinal, Luciana citou o caso da compra de votos para aprovar no Congresso a emenda constitucional que permitiu a FHC/PSDB disputar a própria sucessão em 2008 e essa vergonha não foi apurada justamente devido à PGR de então.

Se no tempo de FHC/PSDB houvesse na PGR um procurador-geral como os que o PT indicaria ao chegar ao poder, o próprio ex-presidente seria condenado por ter o “domínio do fato” de um escândalo que o beneficiou pessoalmente. Contudo, o ex-presidente tucano nomeou para o cargo o primo do então vice-presidente da República, Marco Maciel.

Geraldo Brindeiro, ex-procurador-geral da República, primo do vice de FHC, ficou OITO ANOS no cargo e sua atuação foi tão escandalosamente parcial em prol de quem o indicou que ficou conhecido como “engavetador-geral da República”. Em todo o seu tempo à frente da PGR, não incomodou uma só vez o governo que o indicou.

Durante o período de Lula na Presidência, tudo mudou. A começar pela PGR. Em primeiro lugar, enquanto FHC manteve um só procurador-geral por 8 anos, no mesmo tempo de governo Lula nomeou TRÊS PGR’s. O terceiro, Antonio Fernando de Souza, inclusive, foi quem literalmente massacrou o PT ao fazer ao STF a denúncia do mensalão.



O quarto PGR de Lula terminou o serviço. Roberto Gurgel, de longe, foi quem não apenas aprofundou o massacre ao PT, mas acobertou os inimigos mais figadais do partido, os tucanos, a favor dos quais engavetou, por exemplo, o escândalo de Carlinhos Cachoeira, envolvido até o pescoço com o atual governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo.

Eis que Dilma Rousseff nomeia Rodrigo Janot como procurador-geral da República, o mesmo Rodrigo Janot que está prejudicando fortemente a campanha eleitoral de quem o nomeou.



Não entrarei no mérito das últimas medidas do primeiro PGR nomeado por Dilma contra o partido dela – retirada de site petista do ar e pedido de suspensão de críticas legítimas de Dilma à campanha de Marina. Mas o que tem feito Janot mostra que Dilma usou critérios republicanos para nomeá-lo, assim como Lula. Bem diferente do que fazia FHC.

Autonomia da Polícia Federal é outra diferença esmagadora dos governos federais do PT (2003-2014) para os do PSDB (1995 – 2002). Todas as denúncias contra o PT foram apuradas pela PF com toda a liberdade. Inclusive, o último escândalo do qual acusam o partido, o da Petrobrás, só existe porque Dilma e Lula permitiram à PF trabalhar livremente.

E não vamos nos esquecer, claro, de todos os ministros do STF que Lula e Dilma nomearam e que ajudaram a produzir uma injustiça no julgamento da Ação Penal 470 que um dos membros daquela Corte, Ricardo Lewandowski, chegou a denunciar.

Assim tem sido com todos os outros órgãos de controle sob responsabilidade da Presidência da República desde 2003. Será então, meu Deus, que Luciana Genro não enxerga nada disso?! Se diz que o PT continuou fazendo o que o PSDB fazia, não enxerga. Ou o que é pior: enxerga, sim, mas finge que não."

FONTE: escrito por Eduardo Guimarães em seu blog "Cidadania"  (http://www.blogdacidadania.com.br/2014/09/uma-ova-luciana-genro-o-pt-nao-faz-que-o-psdb-fazia/).


COMPLEMENTAÇÃO

Luciana Genro: "AÉCIO CRITICANDO CORRUPÇÃO É O SUJO FALANDO DO MAL LAVADO"






Luciana Genro sobre Aécio: “Tão fanático pela corrupção que constrói aeroporto para beneficiar [a ele e] família”

Luciana Genro chama Aécio para briga e salva debate do marasmo. Dilma agradece e Marina só assiste

Por Matheus Pichonelli, em seu blog

Marina Silva e Dilma Rousseff não se miraram. Com um pé no segundo turno, a candidata do PSB praticamente descansou em campo durante o debate promovido pela CNBB, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. A presidenta, em contrapartida, foi alvo preferencial dos postulantes nanicos. Em uma das ocasiões, pediu direito de resposta para rebater uma fala do tucano Aécio Neves sobre a Petrobras.

Em uma dobradinha com Pastor Everaldo, o senador mineiro usou as suspeitas de irregularidades na estatal, expostas na delação premiada de um ex-diretor da companhia, para dizer, “na casa de Nossa Senhora”, que os valores cristãos devem ser incorporados à vida pública. “A Petrobras é a face mais visível de um governo que abandonou um projeto de País”, afirmou.

Dilma acusou o golpe e teve o pedido de resposta aceito. A petista falou que não tolera corrupção e que as suspeitas são investigadas pelo próprio governo. Como tem feito em sua campanha na TV, ela atribuiu aos governos tucanos uma suposta negligência no combate a desvios e voltou a citar o engavetador-geral da República, como era conhecido o procurador Geraldo Brindeiro, que atuou nos anos FHC/PSDB.

Na pergunta seguinte, foi Aécio quem se tornou alvo, dessa vez de Luciana Genro (PSOL). “O Aécio falando do PT é o sujo falando do mal lavado. O PSDB foi o precursor do mensalão, com seu conterrâneo Eduardo Azeredo, e com a Privataria.”

O tucano reagiu e chamou a candidata de linha auxiliar do PT. Foi quando a conversa engrossou. “Linha auxiliar do PT uma ova. O PT aprendeu com o senhor. O senhor não tem proposta para debater a corrupção. O senhor é tão fanático pela corrupção que constrói aeroporto com dinheiro público para beneficiar a sua família”.

Aécio pediu direito de resposta, chamou a candidata de irresponsável e disse que o povo mineiro tinha orgulho do aeroporto. Pelo Twitter, eleitores lembravam que Aécio corre o risco de ficar em terceiro lugar entre os eleitores do seu Estado, onde seu candidato, Pimenta da Veiga, aparece 20 pontos atrás do petista Fernando Pimentel nas pesquisas de intenção de voto.

Após o bate-boca, Aécio ajeitou a gravata e mudou de assunto. A troca de acusações acabava de fechar o mais tenso debate entre os candidatos, embora uma de suas protagonistas, Marina Silva, tenha sido poupada dessa vez.

Ao longo do encontro, a maioria dos postulantes tentou ganhar a plateia com evocações à família e ao direito à vida. Levy Fidelix, do PRTB, chegou a dizer que os meios de comunicação faziam apologia à homofobia e destruíam os valores familiares.

Eduardo Jorge, candidato do PV, e Luciana Genro, destoavam do figurino. O primeiro chamou a lei que criminaliza o aborto de machista e cruel. “Deixa sem assistência cerca de 800 mil mulheres que precisam interromper a gravidez”. 

Genro, por sua vez, defendeu laicidade do Estado e o casamento igualitário, provocando constrangimento ao apresentador, que apenas agradeceu, de forma protocolar, a resposta. Ela cumpria, dessa maneira, a promessa feita no início do debate: “Não sou religiosa e não vou me converter ao sabor de uma necessidade eleitoral”.

PS do "Viomundo": Luciana Genro talvez tenha se esquecido de que a dúvida paira sobre dois, não apenas um, aeroporto de Minas Gerais. Um em Cláudio, outro em Montezuma. Nas duas cidades, Aécio Neves tem famíliado . Em Montezuma, fica a fazenda que Aécio herdou do pai. Veja no minidoc abaixo:




FONTE da complementação: portal "Viomundo"  (http://www.viomundo.com.br/politica/luciana-genro-o-senhor-e-tao-fanatico-pela-corrupcao-que-constroi-aeroporto-com-dinheiro-publico-para-beneficiar-sua-familia.html)

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