sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

TUCANA "FOLHA" CONFESSA QUE APOIOU O GOLPE E SE DESCULPA: "COMO TODA A IMPRENSA"




Relatório da Comissão da Verdade cita apoio da imprensa ao golpe de 64

"Notinha publicado no jornal "Folha de São Paulo" confirma que a "Folha" participou do golpe

O relatório da Comissão Nacional da Verdade cita, no capítulo sobre o apoio civil ao golpe de 1964, o papel dos veículos de imprensa do país.



O documento afirma que os jornais "O Estado de S. Paulo", "O Globo" e a "Folha" apoiaram o golpe. No relatório, são mencionados Júlio de Mesquita Filho (1892-1969), ex-diretor de "O Estado", como um dos articuladores, e o publisher da "Folha", Octavio Frias de Oliveira (1912-2007), entre os integrantes do IPES (Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais), órgão que fazia propaganda contra Jango.


Um editorial da "Folha" aparece como um apelo ao golpe. A empresa é citada como uma das que financiaram a OBAN (Operação Bandeirante) e acusada de ter cedido veículos à repressão.

Uma notinha publicada quinta-feira na Folha, diz: "Em 1964 a Folha apoiou o golpe, como quase toda a grande imprensa"....

Dilma chora



"A ignorância sobre a história não pacifica, pelo contrario, mantém latente a mágoa, o ódio", disse a presidente Dilma ao receber o documento. Ao interromper o discurso, ela foi aplaudida pelos que acompanharam a solenidade.

"Ele encerra uma etapa e a,o mesmo temo, começa uma nova etapa, demarca um novo tempo", disse ela. A presidente destacou que conhecer a verdade não significa "revanchismo", característica alegada pelo então ministro da Defesa, Nelson Jobim, no ano em que a Comissão foi criada.

O relatório final é resultado de dois anos e sete meses de investigações da Comissão Nacional da Verdade (CNV) sobre atos de violação de direitos humanos ocorridos durante os anos de 1946 e 1988. Durante o evento, Dilma disse que o documento deve servir como base para mais investigações e que o governo irá se debruçar sobre o documento para viabilizar as recomendações sugeridas pela CNV.

No relatório, composto de três volumes, dividido em 18 capítulos e tendo um pouco mais de 4,4 mil páginas, os integrantes da CNV contabilizaram a morte ou o desaparecimento forçado de 434 pessoas durante o regime militar. Os membros da CNV listaram, em detalhes, como ocorria a tortura na Ditadura e afirma que a estrutura de repressão não era ato isolado de poucos, mas uma política instituída pelo Estado.

Durante o pronunciamento sobre a entrega do relatório, o coordenador da CNV, o advogado Pedro Dallari, afirmou que o colegiado fez "o que estava ao nosso alcance e cumprimos o que a lei nos determinou".

"Em que pese as circunstâncias difíceis, em nenhum momento deixou de haver um diálogo respeitoso entre os entes do Estado Brasileiro", disse Dallari, em referência ao ministro da Defesa, Celso Amorim. Isso porque, durante as investigações, em vários momentos as Forças Armadas não disponibilizaram documentos ou informações para a Comissão da Verdade.

Nos dois 2 anos e 7 meses de investigações, a CNV colheu aproximadamente 1,2 mil depoimentos em 20 unidades da federação. Ocorreram dezenas de diligências e uma extensa pesquisa documental.

"Houve assim, uma preocupação metodológica muito rigorosa para que o relatório fosse um documento relevante e consistente para a sociedade brasileira. O relatório não representa o início ou o deste tipo de investigação pela sociedade brasileira", afirmou Dallari.

Apesar de listar mais de 400 vítimas de atos de violação de direitos humanos, Dallari disse que "o hall de vítimas não é definitivo". Para Dallari, caberá, agora, a entidades da sociedade civil e Comissões Estaduais da Verdade "continuar e aprofundar essas investigações".

Dilma considerou que o relatório, além de esclarecer os fatos para os que sofreram diretamente os efeitos da ditadura, servirá para que os mais jovens, que nasceram após a redemocratização do país possam saber o que ocorreu.

"Agradeço àqueles que, com determinação e coragem, aceitaram testemunhar e contar suas histórias ou a história de parentes, amigos e companheiros, que viveram tempos de morte dor sofrimento e, por isso, grandes perdas. São gestos como esse que constroem a democracia", afirmou.

"Devemos isso não só a gerações como a minha que sofreu suas terríveis consequências. Devemos isso a maioria da população brasileira que, nascida após o final do regime autoritário, não teve acesso a verdade histórica", explicou a líder."

FONTE: do blog "Os amigos do Presidente Lula"   (http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2014/12/relatorio-da-comissao-da-verdade-cita.html#more)

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