sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

O FRUTO PODRE DAS MANIFESTAÇÕES DE JUNHO 2013: A DEMAGOGIA




As reivindicações e a infecção que distorce os fatos

Por Anna Dutra, ref. ao post "Demagogia, o fruto podre do junho de 2013"

"Há uma contaminação, quase uma infecção, a distorcer a compreensão e visão dos fatos e das situações cotidianas. Os que criticam severamente o "Bolsa Família" preparam seus filhos para o "Ciência sem Fronteiras".

Os que reclamam do "Mais Médicos" todo mês vão buscar seus remédios subsidiados no "Farmácia Popular". Os que defendem o "livre mercado", vão aos bancos públicos em busca de subsídios governamentais.

A menção a junho de 2013 me fez lembrar o pessoal "inconformado" com as mazelas governamentais que pediu uma "verbinha" para pagar os cinegrafistas que registravam à época as "manifestações".

É a mídia exigindo a "liberdade de expressão" a veicular, seletivamente, o que lhe apraz e a calar, por pressão, quem a esteja ameaçando. E os governos apanhando - em várias situações com razão, é claro!

Mas esse mimimi, quando gratuito e baseado em interesses difusos, é prejudicial à construção da cidadania. Acaba virando um "farinha pouca, meu pirão primeiro" ou "faça o que eu digo, não faça o que eu faço"... Para coroar, delação premiada e domínio do fato. Esgarçamento total..."



FONTE: escrito por Anna Dutra, ref. ao post "Demagogia, o fruto podre do junho de 2013" (ver a seguir). Publicado no "Jornal GGN"  (http://jornalggn.com.br/noticia/as-reivindicacoes-e-a-infeccao-que-distorce-os-fatos).

COMPLEMENTAÇÃO

Demagogia, o fruto podre do junho de 2013

Por Diogo Costa



A FINA FLOR DA DEMAGOGIA BARATA

"Há um vírus inoculado no Brasil, o vírus da demagogia barata. Esse vírus destrói a sanidade de homens e mulheres, independentemente da posição política dos mesmos.

Quando inoculados pelo vírus da demagogia barata, essas pessoas passam a ter os sintomas da classe média ainda mais escancarados: irritação, impaciência, raiva de tudo e de todos etc.

E passam então a acreditar em juras vãs de demagogos que prometem escadinha de ouro até o céu, gratuidades a mil pelo Brasil, fim de todo e qualquer imposto e, ao mesmo tempo, um serviço público de primeira categoria.

Ou seja, querem a carga tributária da República Democrática do Congo e serviços públicos 'a la Dinamarca'!

Vejamos o caso das passagens de ônibus em São Paulo: o último aumento havia sido feito em janeiro de 2011, ainda no governo de Gilberto Kassab (a passagem foi de R$ 2,70 para R$ 3,00).

Em janeiro de 2015, portanto, quatro anos depois, e repito mais uma vez: quatro anos depois; vou repetir novamente, 04 anos depois, o prefeito Fernando Haddad autorizou o aumento da passagem de R$ 3,00 para R$ 3,50.

A passagem dos ônibus em São Paulo ficou, como é evidente, congelada durante 04 anos.

O aumento feito agora, em janeiro de 2015, depois de 04 anos de congelamento, foi de 16,6%. A inflação acumulada no mesmo período foi de 27,0% e o salário mínimo aumentou 54,5% (R$ 510,00/dez. 2010 - R$ 788,00/jan. 2015).

O aumento feito neste ano de 2015 é inferior aos aumentos da inflação e do salário mínimo nos últimos 04 anos.

O que é inacreditável é que algumas pessoas querem o melhor transporte público do mundo, com pontualidade, com ar condicionado, com linhas mais rápidas e frequentes, mas imaginam que isso não tem custo algum.

Evidentemente que se deve lutar por tarifas menores, mas é preciso apresentar alternativas. Não basta ficar na demagogia barata. Municipalizar a distribuição da arrecadação da CIDE, por exemplo, apesar de ser uma medida ainda insuficiente, poderia ajudar a subsidiar as passagens.

Esse vírus da demagogia barata, que quer tudo ou nada, que quer gratuidades sem apontar receitas e despesas, que quer tudo ontem ou hoje e nunca amanhã, começou em junho de 2013.

Ou o Brasil se livra dos demagogos ou os demagogos livrar-se-ão, dentro em breve, dos avanços sociais que foram conquistados nos últimos anos."



FONTE: escrito por Diogo Costa no "Jornal GGN"  (http://jornalggn.com.br/blog/diogo-costa/demagogia-o-fruto-podre-do-junho-de-2013).

Nenhum comentário: