Até o Papa quer dinheiro de empresas fora das eleições. Só Gilmar Mendes e a mídia, não…
"Pelo "Diário do Centro do Mundo" (DCM), fica-se sabendo que a agência de notícias italiana ANSA noticia que o “papa Francisco defendeu que as campanhas eleitorais sejam financiadas com dinheiro público para evitar que “interesses” influenciem a atuação dos candidatos”.
"O financiamento da campanha eleitoral envolve muitos interesses, que depois cobram a conta. Evidentemente, é um ideal, porque é preciso de dinheiro para manifestos, para a televisão. Em todo caso, que o financiamento seja público. Eu, como cidadão, sei que financio esse candidato com essa exata soma de dinheiro, que tudo seja transparente e limpo”, explicou.
O Papa, como se vê, é obvio.
A nossa “moralista” mídia e o nosso “impoluto” conservadorismo, não são, por hipócritas.
Esconde o “já vai pra um ano” do engavetamento por Gilmar Mendes-STF] a decisão já tomada pelo TSE de proibir empresas de financiarem candidatos.
Camufla as declarações insólitas do Presidente da Corte, Dias Tóffoli, de que "ele (Gilmar), querendo, terá “todo o tempo” para manter na gaveta a decisão, sem esconder que deseja que o Congresso faça uma “conta de chegar” para preservar a turma da bufunfa como o grande cabo eleitoral do Brasil.
(Aliás, Tóffoli, o lento, foi rápido como um azougue para pegar uma vaga na Turma que irá julgar a lista do Janot, que coisa, não é?)
Mas é curioso que a grande mídia, até agora, tenha mantido silêncio sobre a opinião do papa sobre ou tema que se está – para seu desgosto – discutindo aqui e que guarda total conexão com o que foi transformado no quase único problema nacional: a corrupção política.
O episódio, aliás, guarda uma boa lição aos marqueteiros de Dilma.
O papa não foi ao programa da Ana Maria Braga ou ao Jornal Nacional para dizer isso.
Disse a uma publicação da paróquia de La Cárcova, uma favela de Buenos Aires, o que fez a jornalista italiana Stefania Falasca dizer:
“O Papa Francisco não respondeu aos jornalistas habituais, “de profissão”. Encurtou distâncias e respondeu diretamente ao povo da rua. Às pessoas nos subúrbios. Sim, porque quem fez as perguntas para o Papa foram os favelados da Villa La Carcova, uma dessas favelas intermináveis e infames de Buenos Aires.”
O conteúdo, o conteúdo forte e concentrado, e não diluído por aqueles “mas, porém, entretanto” que, aqui no Brasil, são companhia obrigatória de qualquer ato ou declaração presidencial.
Esse papa pode até dispensar as pompas. Mas não desce do trono, o que é a força de quem o ocupa."
FONTE: escrito por Fernando Brito em seu blog "Tijolaço" (http://tijolaco.com.br/blog/?p=25331).
"O financiamento da campanha eleitoral envolve muitos interesses, que depois cobram a conta. Evidentemente, é um ideal, porque é preciso de dinheiro para manifestos, para a televisão. Em todo caso, que o financiamento seja público. Eu, como cidadão, sei que financio esse candidato com essa exata soma de dinheiro, que tudo seja transparente e limpo”, explicou.
O Papa, como se vê, é obvio.
A nossa “moralista” mídia e o nosso “impoluto” conservadorismo, não são, por hipócritas.
Esconde o “já vai pra um ano” do engavetamento por Gilmar Mendes-STF] a decisão já tomada pelo TSE de proibir empresas de financiarem candidatos.
Camufla as declarações insólitas do Presidente da Corte, Dias Tóffoli, de que "ele (Gilmar), querendo, terá “todo o tempo” para manter na gaveta a decisão, sem esconder que deseja que o Congresso faça uma “conta de chegar” para preservar a turma da bufunfa como o grande cabo eleitoral do Brasil.
(Aliás, Tóffoli, o lento, foi rápido como um azougue para pegar uma vaga na Turma que irá julgar a lista do Janot, que coisa, não é?)
Mas é curioso que a grande mídia, até agora, tenha mantido silêncio sobre a opinião do papa sobre ou tema que se está – para seu desgosto – discutindo aqui e que guarda total conexão com o que foi transformado no quase único problema nacional: a corrupção política.
O episódio, aliás, guarda uma boa lição aos marqueteiros de Dilma.
O papa não foi ao programa da Ana Maria Braga ou ao Jornal Nacional para dizer isso.
Disse a uma publicação da paróquia de La Cárcova, uma favela de Buenos Aires, o que fez a jornalista italiana Stefania Falasca dizer:
“O Papa Francisco não respondeu aos jornalistas habituais, “de profissão”. Encurtou distâncias e respondeu diretamente ao povo da rua. Às pessoas nos subúrbios. Sim, porque quem fez as perguntas para o Papa foram os favelados da Villa La Carcova, uma dessas favelas intermináveis e infames de Buenos Aires.”
O conteúdo, o conteúdo forte e concentrado, e não diluído por aqueles “mas, porém, entretanto” que, aqui no Brasil, são companhia obrigatória de qualquer ato ou declaração presidencial.
Esse papa pode até dispensar as pompas. Mas não desce do trono, o que é a força de quem o ocupa."
FONTE: escrito por Fernando Brito em seu blog "Tijolaço" (http://tijolaco.com.br/blog/?p=25331).
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