sábado, 8 de agosto de 2015

PETROBRAS: RESULTADOS DO 1º SEMESTRE COMENTADOS PELA EMPRESA



Do Blog "Fatos e Dados", da Petrobras:
Lucro líquido de R$ 5,9 bilhões no primeiro semestre de 2015
"Leia o comunicado que divulgamos nesta quinta-feira (06/08) sobre nossos resultados:

• A Petrobras obteve lucro líquido de R$ 5,9 bilhões no 1º semestre de 2015, 43% inferior ao mesmo período do ano passado. O resultado reflete, principalmente, o aumento das despesas financeiras líquidas e o reconhecimento de despesa tributária de IOF em transações de mútuo.

• O lucro operacional foi de R$ 22,8 bilhões, 39% superior ao do 1º semestre do ano passado. O principal fator que contribuiu para esse crescimento foi a maior margem na comercialização de derivados.

• O EBITDA ajustado do semestre foi de R$ 41,3 bilhões, aumento de 35% em relação ao 1º semestre do ano anterior.

• O fluxo de caixa livre foi positivo em R$ 4,5 bilhões ante R$ -15,8 bilhões no 1º semestre de 2014.

• Os investimentos totalizaram R$ 36,2 bilhões, 13% abaixo do 1º semestre de 2014. O segmento de Exploração e Produção no Brasil concentrou 78% dos recursos. Em dólares, os investimentos atingiram US$ 12 bilhões, 33% abaixo do mesmo semestre do ano passado (US$ 18,1 bilhões).

• A Petrobras recebeu R$ 157 milhões referentes a valores repatriados na Operação Lava Jato.

Destaques operacionais

• A produção de petróleo e gás natural da Petrobras (Brasil e exterior) cresceu 9% em relação ao 1º semestre de 2014, atingindo a média de 2 milhões 784 mil barris de óleo equivalente por dia. Em junho, a produção mensal de petróleo no pré-sal alcançou o recorde de 747 mil barris por dia (bpd).

• As exportações de petróleo cresceram 107% em relação ao 1º semestre do ano passado, resultando em melhora significativa da balança comercial da Petrobras.

• No refino, a produção total de derivados no Brasil e no exterior foi de 2 milhões 178 mil bpd, 7% inferior ao mesmo período de 2014. A menor produção reflete a parada programada na Refinaria Landulpho Alves (RLAM), no 1º trimestre de 2015.



O resultado operacional alcançou R$ 22,8 bilhões, 39% maior que o do 1º semestre de 2014. O crescimento é explicado pelo maior lucro bruto, devido à maior produção e exportação de petróleo, melhores margens de comercialização de derivados (aumentos nos preços de diesel e gasolina e concomitante redução no preço do Brent), bem como menores gastos com participações governamentais e importações. Esses efeitos compensaram o impacto da menor demanda por derivados, decorrente do menor nível de atividade econômica, e o reconhecimento de despesa tributária de IOF (R$ 3,1 bilhões).

A reversão de provisão para perdas com recebíveis do setor elétrico (R$ 1,3 bilhão), as menores baixas de poços secos e subcomerciais (R$ 889 milhões) e a não recorrência do provisionamento de gastos com o Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário (R$ 2,4 bilhões), ocorrida no 1º semestre de 2014, também contribuíram para o melhor resultado operacional.

A despesa financeira líquida foi de R$ 11,7 bilhões, superior ao 1º semestre do ano passado em R$ 10,6 bilhões. O resultado financeiro reflete, principalmente, as perdas cambiais devido à depreciação do real em relação ao dólar, e o acréscimo nas despesas com juros, função do maior endividamento e da menor capitalização de juros ocasionada pela redução do saldo de ativos em construção.

O provisionamento de imposto de renda e contribuição social sobre lucros apurados no exterior, tendo em vista a adoção pela Companhia do novo regime tributário, gerou maior despesa com esses tributos.

No 2º trimestre de 2015, o lucro líquido foi de R$ 531 milhões – O resultado líquido foi 90% inferior ao do 1º trimestre de 2015, refletindo as maiores despesas operacionais que compensaram o aumento do lucro bruto.

O resultado operacional atingiu R$ 9,5 bilhões, 29% menor que o do trimestre passado, em função do reconhecimento de despesa tributária de IOF (R$ 3,1 bilhões) e do impairment de ativos (R$ 1,3 bilhão) devido à postergação, retirada e alteração de escopo de projetos de acordo com as novas premissas do Plano de Negócios e Gestão 2015-2019.

Esses fatores contrabalançaram o maior lucro bruto, fruto do crescimento das vendas no mercado interno e das exportações de petróleo e derivados, bem como os recebimentos de valores repatriados pelo Ministério Público Federal na Operação Lava Jato (R$ 157 milhões) e do seguro pelo incidente ocorrido no campo de Chinook, nos EUA, em 2011 (R$ 259 milhões).

A geração de caixa operacional medida pelo EBITDA ajustado reduziu 8%, somando R$ 19,8 bilhões.

O resultado financeiro líquido ocorrido no 2º trimestre foi negativo em R$ 6,0 bilhões, representando uma despesa adicional de R$ 427 milhões em relação ao 1º trimestre do ano, notadamente pelo reconhecimento de juros sobre despesa de IOF e pelo aumento do endividamento.

Produção de petróleo e gás natural

A produção total da Petrobras, no Brasil e no exterior, no 1º semestre de 2015, atingiu a média diária de 2 milhões 784 mil barris de óleo equivalente (boed), representando crescimento de 9% em relação ao mesmo período do ano passado.

A produção de petróleo e gás natural no Brasil alcançou a média de 2 milhões 595 mil boed, sendo 10% maior que a do 1º semestre de 2014. Considerando a produção exclusiva de petróleo, o crescimento foi de 9% enquanto a produção exclusiva de gás natural subiu 15%.

A camada pré-sal continuou apresentando bom desempenho, atingindo em junho recorde na produção mensal de petróleo de 747 mil barris por dia.

No 1º semestre, foram interligados 39 novos poços no Brasil, sendo 28 produtores e 11 injetores. Em março, foram iniciadas as operações do sistema de produção antecipada do campo de Búzios (Bacia de Santos) e da P-61, no campo de Papa-Terra (Bacia de Campos). Em 31 de julho, o FPSO Cidade de Itaguaí, com capacidade de produção de 150 mil barris de óleo por dia, entrou em operação na área de Iracema Norte, Campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos.

A produção internacional foi de 189 mil boed, 11% inferior à do 1º semestre de 2014. Esse desempenho reflete a conclusão da transferência dos ativos terrestres no Peru e na Colômbia e dos campos da Bacia Austral, na Argentina, parcialmente compensada pela entrada em operação dos campos de Saint Malo, em dezembro/2014, Lucius, em janeiro/2015, e Hadrian South, em março/2015, nos Estados Unidos.

Produção de derivados

A produção de derivados no país foi de 2 milhões 31 mil barris por dia no 1º semestre de 2015, 6% inferior à do 1º semestre de 2014, em função da parada programada da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) durante o 1º trimestre de 2015, parcialmente compensada pela entrada em operação da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em novembro de 2014. Devido à parada mencionada, a carga processada diária reduziu 5% e o fator de utilização do parque de refino caiu de 97% para 89% na comparação semestral. Cabe destacar que as operações da RLAM foram normalizadas no 2º trimestre de 2015.

A participação de petróleo nacional processado nas refinarias aumentou de 82%, no 1º semestre de 2014, para 86%, no 1º semestre deste ano.

Venda de derivados no mercado interno
O volume de venda de derivados reduziu 7% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 2 milhões 239 mil barris por dia no 1º semestre de 2015. Os destaques foram:

Diesel (-6%): menor consumo em obras de infraestrutura e aumento do percentual de biodiesel na mistura diesel/biodiesel. Esses fatores compensaram o crescimento da frota de veículos leves a diesel e o maior consumo por parte das termelétricas complementares do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Gasolina (-9%): aumento do teor de etanol anidro na gasolina de 25% para 27%; maior demanda por etanol hidratado devido ao preço mais alto da gasolina; redução da frota de veículos movidos somente a gasolina; e aumento da colocação de gasolina por outros concorrentes.

Nafta (-14%): redução da demanda por parte dos clientes.

Balança de petróleo e derivados

A balança comercial da Petrobras no 1º semestre de 2015 apresentou melhora, registrando déficit de 125 mil barris por dia, o que representa uma redução de 76% em relação ao mesmo período do ano passado.

O saldo da balança comercial de petróleo foi positivo, revertendo o déficit registrado no 1º semestre de 2014. O crescimento da produção de petróleo e a menor carga processada nas refinarias proporcionaram maiores exportações e menores importações.

A balança comercial de derivados registrou um déficit menor do que o registrado no 1º semestre de 2014. A menor demanda do mercado interno reduziu a necessidade de importação. Entretanto, as exportações também caíram, em função da menor produção nas refinarias.

Preços dos produtos

O preço médio dos derivados no mercado interno para as distribuidoras, em reais, caiu 2% em relação ao 1º semestre de 2014. Já o preço do petróleo Brent teve queda acentuada de 47%, saindo de US$ 108,93/bbl, no 1º semestre de 2014, para US$ 57,95/bbl, no 1º semestre de 2015.

O 2º trimestre de 2015 apresentou uma recuperação de 15% na cotação do Brent em relação ao 1º trimestre do ano.

Investimentos

A realização dos investimentos no 1º semestre de 2015 foi de R$ 36,2 bilhões, 13% inferior à do 1º semestre de 2014. O foco dos investimentos foi o segmento de Exploração e Produção no Brasil, que concentrou 78% dos recursos, com destaque para os projetos de aumento da capacidade produtiva.

Os investimentos no segmento de Abastecimento recuaram 60% em relação ao mesmo período do ano passado, em virtude da conclusão de projetos de modernização das refinarias existentes e da primeira fase (1º trem) da Refinaria Abreu e Lima (RNEST).

Endividamento
Em 30.06.2015, o endividamento líquido da companhia aumentou 15% em relação a 31.12.2014. O principal fator para esse crescimento foi o impacto da depreciação cambial sobre financiamentos. O índice de Dívida Líquida/LTM EBITDA ajustado fechou o período em 4,64 vezes e a alavancagem (Endividamento Líquido / (Endividamento Líquido + Patrimônio Líquido)) em 51%"

FONTE: do Blog "Fatos e Dados", da Petrobras (http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/lucro-liquido-de-r-5-9-bilhoes-no-1-semestre-de-2015.htm).

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