quinta-feira, 3 de setembro de 2015

NO TRENSALÃO TUCANO SÓ HÁ CORRUPTORES, NÃO HÁ CORRUPTOS!?!




[OBS deste blog 'democracia&política': MUITO ESTRANHO ESSE CASO DO TRENSALÃO TUCANO. O MP AGE DE FORMA COMPLETAMENTE DIFERENTE QUANDO SUSPEITA QUE HAJA POLÍTICOS E AUTORIDADES DO GOVERNO PT ENVOLVIDOS, COMO NA LAVA JATO. O COMPORTAMENTO DA MÍDIA E DA JUSTIÇA, QUANDO SE TRATA DE PSDB, É GROTESCAMENTE TOLERANTE E OMISSO. A DIFERENÇA DE TRATAMENTO, DE TÃO EVIDENTE E CÍNICA, NOS DEIXA PERPLEXOS. LEMBREMOS DOS DESCARADOS ENTERROS DAS INVESTIGAÇÕES DA COMPRA DE VOTOS PARA A REELEIÇÃO DO PSDB/FHC E DO MENSALÃO TUCANO]  

ALSTOM DEVE PAGAR R$ 1 BILHÃO POR CORRUPÇÃO NO METRÔ DE SÃO PAULO

"Em acordo negociado com o Ministério Público de São Paulo, a empresa francesa Alstom, uma das envolvidas no escândalo de corrupção e desvio de dinheiro no metrô paulista e na CPTM, durante as gestões do PSDB, se comprometeu a devolver cerca de R$ 1 bilhão aos cofres públicos. O deputado estadual Alencar Santana (PT-SP) afirma que o valor pode ser menor que o prejuízo e critica o MP. "A forma como o caso está sendo tratado em São Paulo é horrível. Resolve a questão criminal com uma reparação monetária. Estamos tratando apenas como um negócio", afirma. A Alstom é investigada em outros 11 países por oferecer propinas para obter contratos em licitações de transporte público.

Da "Rede Brasil Atual"

O Ministério Público de São Paulo e a empresa francesa Alstom, uma das envolvidas nas denúncias de corrupção e desvio de dinheiro público no metrô paulista e na CPTM, negociam acordo para o ressarcimento aos cofres públicos. A companhia deve devolver cerca de R$ 1 bilhão aos cofres públicos.

Em entrevista à repórter Camila Salmazio, da "Rádio Brasil Atual", o deputado estadual Alencar Santana (PT-SP) afirma que o valor pode não corresponder ao prejuízo causado. "Tenho dúvidas em relação ao valor. Se não houver uma investigação mais rigorosa, não será possível chegar à conclusão. Não dá para propor um acordo e trabalhar pela impunidade, não é isso que resolve o problema da justiça."

Para o deputado, a investigação do Ministério Público peca na falta de transparência, pois há suspeitas de envolvimento de autoridades públicas. "O MP está propondo um acordo com as empresas, mas quem são as pessoas denunciadas, quais são as autoridades públicas envolvidas? Tem muita coisa obscura."

Alencar ressalta que o principal prejudicado é o cidadão paulistano, que convive com uma estrutura ineficiente de transporte público. "A população sofre no dia a dia com o metrô e trens cheios, demoras e panes, além de obras que não avançam ou que são canceladas. Ao mesmo tempo, uma denúncia de desvio, desde o começo do governo do PSDB em São Paulo, não é apurada com o devido rigor para que se chegue a uma conclusão."

"A forma como o caso está sendo tratado em São Paulo é horrível. Resolve a questão criminal com uma reparação monetária. Estamos tratando apenas como um negócio", afirma.

A empresa Alstom é investigada em outros 11 países por oferecer propinas para obter contratos em licitações de transporte público. O pagamento de multados como punição foi adotado pela Suíça, Itália, México e Zâmbia, onde as apurações já foram encerradas.

Alencar acredita que, caso haja um acordo, o dinheiro pode silenciar as investigações e impedir que as autoridades públicas participantes dos esquema de corrupção sejam identificadas. O acerto entre o MP e a empresa não prevê confissão de culpa e nem delação de outras empresas que possam estar envolvidas. "É pouco, mesmo sendo importante recuperar o dinheiro público que foi desviado, mas o Ministério Público deveria abrir investigação sobre as autoridades envolvidas, porque até agora não temos clareza. Só tentativa de acordo não resolve."
FONTE: da "Rede Brasil Atual". Transcrito no portal "Brasil 247"  (http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/195154/Alstom-deve-pagar-R$-1-bi-por-corrup%C3%A7%C3%A3o-no-metr%C3%B4.htm). [Título e trecho inicial entre colchetes em azul acrescentados por este blog 'democracia&política'].

COMPLEMENTAÇÃO

"Trensalão tucano é investigado com ‘pouco rigor’ e não apresenta punição. O principal prejudicado é o cidadão paulistano, que convive com uma estrutura ineficiente de transporte público", afirma o deputado estadual Alencar Santana (PT).


TrensalãoTucano

Por: Agência PT

"O esquema de cartel nos contratos de trens e metrôs em São Paulo, conhecido como “trensalão tucano” prossegue nas investigações, mas ainda não há punição aos envolvidos. Na segunda-feira (31), a pedido do Ministério Público (MP), Justiça de São Paulo intimou um ex-executivo da Siemens. Réu na ação, ele não está no Brasil. Ao mesmo tempo, a empresa francesa Alstom está negociando com o MP a devolução de R$ 1 bilhão aos cofres públicos, pelos desvios cometidos no Metrô de São Paulo.

O deputado estadual Alencar Santana (PT) acredita que falta transparência nas investigações no MP, pois há suspeitas de envolvimento de autoridades públicas.

O MP está propondo um acordo com as empresas, mas quem são as pessoas denunciadas, quais são as autoridades públicas envolvidas? Tem muita coisa obscura”, declarou o deputado, em entrevista à “Rádio Brasil Atual”.

O caso do esquema nas licitações do Metrô de São Paulo eclodiu em 2012, mas Alencar lembrou que ele vem desde os anos de 1998, durante o governo Mário Covas/PSDB, e perdurou nos governos tucanos de Geraldo Alckmin e José Serra.

Para o deputado, o maior prejudicado é a população, que sofre no dia-a-dia com metrô e trens cheios, demoras e panes, além de obras que não avançam ou que são paralisadas.

O principal prejudicado é o cidadão paulistano, que convive com uma estrutura ineficiente de transporte público. Ao mesmo tempo, uma denúncia de desvio, desde o começo do governo do PSDB em São Paulo, não é apurada com o devido rigor para que se chegue a uma conclusão”, lamentou o deputado.

Alencar teme que o ressarcimento pode silenciar as investigações e impedir que autoridades públicas que participaram dos esquemas de corrução não sejam identificadas. Ele lembrou que o acordo não prevê [prisões antecipadas para que haja] confissão de culpa e nem delação de outras empresas [muito menos autoridades tucanas!] que possam estar envolvidas.

A forma como o caso está sendo tratado em São Paulo é horrível. Resolve a questão criminal com uma reparação monetária. Estamos tratando apenas como um negócio”, declarou Alencar.

Para o deputado estadual João Paulo Rillo (PT), um esquema tão duradouro não poderia se manter sem a participação da cúpula tucana. “Um esquema tão [grandioso em recursos desviados e] perene não poderia ter se sustentado ao longo dos governos tucanos sem a participação de agentes públicos e de líderes do PSDB”, conclui o deputado.

De acordo com Rillo, há “quantidade generosa de indícios”, mas o que se vê é a impunidade. “As ações da Justiça e do Ministério Público para apuração e punição dos responsáveis pelo Cartel do Metrô precisam aprofundar as investigações”, reclama o deputado.

Trensalão

Descoberto em 2013, o “Trensalão” expôs o caso de corrupção e formação de cartel em contratos de expansão e manutenção de trens e metrôs de São Paulo. O esquema funcionou por pelo menos 10 anos, entre 1998 e 2008, nos governos de Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra, todos do PSDB.

Foi descoberto o envolvimento de empresários e agentes públicos do Metrô e da Companhia Paulista de Transporte e Metrô (CPTM), além de pelo menos 10 grandes empresas, como a Siemens e a Alstom Brasil, com prejuízo estimado em R$ 418 milhões [valor não atualizado] aos cofres estaduais, segundo o MP.

FONTE: escrito por Guilherme Ferreira, da Agência PT de Notícias   (http://www.pt.org.br/trensalao-tucano-e-investigado-com-pouco-rigor-e-nao-apresenta-punicao/). [Trechos entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política'].

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