segunda-feira, 2 de novembro de 2015

ODEBRECHT VENCE LICITAÇÃO PARA FAZER METRÔ DE QUITO, (Sem financiamento, nem para os fornecimentos brasileiros)





Santayanna: A engenharia brasileira não "depende de corrupção" [sic]

Por FERNANDO BRITO


"As grandes empresas de engenharia do Brasil, demonizadas pelo Dr. Sérgio Moro, não são escritórios de corrupção montadas por aventureiros. Representam conhecimento acumulado que é não só uma das principais forças motrizes do desenvolvimento de um país gigantesco, com quase tudo “por fazer” mas, também, um dos braços de nossa economia que se projeta internacionalmente, disputando mercado e fazendo frente às “honestíssimas” empresas do gênero nos países ricos (alguém aí já ouviu falar na Halliburton?).

Mauro Santayana, a propósito da vitória da Odebrecht – em sociedade com a espanhola Aciona – na disputa de um contrato para a construção da linha 1 do metrô de Quito, capital do Equador, no valor de US$ 1,72 bilhão (quase R$ 7 bilhões), mostra o quanto é criminosa a criminalização desse raro setor industrial em que temos – e logo deixaremos de ter, talvez – proeminência mundial.

Ah, e a concorrência foi feita por ninguém menos que o Banco Mundial e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, não por um “amiguinho” qualquer.E sem dinheiro brasileiro, público ou privado, para financiar o ótimo negócio, o que já não se pode fazer para não ser colocado nas listas curitibanas. Os bancos estrangeiros agradecem.

Apesar da Lava-a-Jato, Odebrecht vence licitação para o Metrô de Quito, sem um tostão de financiamento nacional

Por Mauro Santayana

"Contrariando a tese da Operação Lava-a-Jato, da qual emana o discurso de que houve um conluio para a “criminosa” obtenção de obras para empresas nacionais de engenharia no exterior, com o “criminoso” financiamento do BNDES, para a “criminosa” geração de milhares de empregos, dentro do Brasil, em milhares de “criminosas” pequenas e médias empresas e fornecedores, para a “criminosa” exportação de serviços e produtos, para “criminosas” obras no exterior, como o “criminoso” Porto de Mariel, em Cuba – que os hitlernautas não perdoam a uma das maiores empresas do país – mesmo com o seu principal executivo, preso, há quatro meses, e ameaçado de permanecer indefinidamente na cadeia, a Organização Odebrecht acaba de vencer, em parceria equitativa com a espanhola Acciona, o edital de licitação de construção do “bolivariano” metrô de Quito, no Equador, sem a necessidade de nem um centavo de financiamento de bancos privados ou governamentais brasileiros.

Como já mostramos em longo texto neste ano, que desmente a tese de “comunistização” da Odebrecht, ou de sua dependência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, "A Odebrecht e o BNDES", o Brasil financia menos de 10% de sua carteira de contratos, em todo o mundo; e a Odebrecht, longe de ser “bolivariana” está fortemente implantada em Miami e nos EUA, o país – ao menos em tese – mais capitalista do mundo.

Isso faz dela, no lugar de uma empresa dependente do governo brasileiro, ou de “consultorias” do PT, ou de ex-presidentes da República, uma organização cada vez mais global, que tenderá a se afastar, também, cada vez mais do país que lhe deu origem, diante do clima de terror absurdo, kafkiano, imposto por uma Justiça e um Ministério Público, algumas vezes inexperientes – e outras vezes com “experiência” demais – messiânicos e seletivos, que se transformaram na matriz midiática de um novo Plano Cohen, marcado pela contaminação de vastas parcelas da sociedade pelo ódio ideológico, o preconceito, a virulência, a discriminação, pelo vira-latismo antinacional, a desqualificação e o vilipêndio de tudo o que for brasileiro, como ocorre também, por exemplo, com a Petrobras."

FONTE: artigo do jornalista Mauro Santayana postado e comentado pelo jornalista FERNANDO BRITO em seu blog "Tijolaço" (http://tijolaco.com.br/blog/santayanna-a-engenharia-brasileira-nao-depende-de-corrupcao/).

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