sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

"SANGUE NEGRO" DÁ RASTEIRA NA "LAVA~JATO"




PF investiga corrupção na Petrobras na era FHC


[OBS deste blog 'democracia&política': 

Os integrantes da "Lava-Jato" devem estar revoltados. Levaram uma rasteira. O Juiz Moro e seus procuradores autodeclarados aecistas, que querem o monopólio do combate seletivo à corrupção no Brasil, devem ter sido surpreendidos pela operação "Sangue Negro", que revelou corrupção na Petrobras no período PSDB/FHC. 

Isso foge ao script imaginado pelo Juiz Moro desde o seu trabalho acadêmico anterior à concepção da Lava-Jato, de direcionar as investigações para "o núcleo do governo federal" (Lula e Dilma). Em consequência, os demais casos que incriminem integrantes de partidos da direita, como o PSDB, e seus contribuintes do setor privado, "não vêm ao caso". Essa interessante diretriz fez o Juiz Moro receber da "Globo" o prêmio "Faz a Diferença" e ele ser muito aplaudido de pé nos restaurantes chiques, participando de muitos 'selfies'. 

Um detalhe: achei interessante vários jornais e noticiários da TV evitarem noticiar que a corrupção na Petrobras já corria grande no governo PSDB/FHC. "Por coincidência", muitas vezes utilizaram como disfarce a expressão "no período anterior à Lava-Jato"...].

Do [jornal tucano] Folha:

"A Polícia Federal deflagrou na manhã de quinta-feira (17) uma operação que investiga desvios de recursos da Petrobras e pagamento de propinas desde 1997, [no governo Fernando Henrique Cardoso/PSDB].

O alvo da ação é a holandesa SBM Offshore, que segundo a PF, recebia repasses de contratos efetuados com Petrobras da ordem de 3 a 5%, dos quais 1 a 3% eram depositados em off shores no exterior.

Esse dinheiro retornava em forma de pagamento de propinas”, informou a PF.

Segundo a Polícia Federal, as investigações começaram antes da Operação Lava Jato, embora todos os seus alvos estejam relacionados à apuração de um esquema de corrupção na Petrobras.

Foram emitidos quatro mandados de prisão; dois deles contra os ex-diretores da Petrobras Jorge Zelada e Renato Duque, ambos envolvidos na Lava Jato. A PF informou que duas pessoas já foram detidas, em Curitiba.

Na operação, chamada de "Sangue Negro", são cumpridos ainda cinco mandados de busca, em residências dos investigados e em uma empresa do ramo de prospecção de petróleo.

Os crimes investigados são sonegação fiscal, evasão de divisas, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro, entre outros.

FONTE: do blog "Diário do Centro do Mundo [Título, imagem do google e trechos entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política'].   (http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/).

COMPLEMENTAÇÃO

A Petrobras da "era FHC" [PSDB] vira alvo de investigações

Operação da PF e ação do MPF tratam de corrupção na estatal a partir de 1997


Zelada, Duque e Barusco: investigações chegaram à era FHC

"Pela primeira vez [!!!] desde o início da Operação Lava Jato, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal deflagraram uma operação para apurar desvios na Petrobras no período anterior à chegada do PT ao poder, quando Fernando Henrique Cardoso (PSDB) era o presidente da República.

Na quinta-feira 17, a PF realizou a "Operação Sangue Negro", que investiga desvios de dinheiro em contratos da Petrobras para o pagamento de propina ocorridos a partir de 1997, ainda no primeiro mandato de FHC/PSDB. Foram cumpridos nove mandados judiciais, sendo cinco de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva, no Rio de Janeiro, em Angra dos Reis (RJ) e em Curitiba.

Entre os alvos de mandados de prisão estão, segundo o jornal "Folha de S.Paulo", Jorge Zelada e Renato Duque, ex-diretores da Petrobras que já se encontram presos, em Curitiba. Outro detido é, segundo o jornal, Paulo Roberto Buarque Carneiro, ex-funcionário da estatal. O quarto mandado de prisão é para o norte-americano Robert Zubiate, executivo da SBM Offshore, empresa holandesa, que mora nos EUA.

Segundo a PF, a investigação teve início antes da Operação Lava Jato, embora todos os seus alvos estejam relacionados à investigação iniciada no ano passado, que tem como foco principal políticos de PP, PMDB e PT.

Uma das empresas alvo de buscas é do ramo de prospecção de petróleo. Segundo a PF, a companhia recebia repasses de contratos efetuados entre a Petrobras e a SBM da ordem de 3 a 5%, dos quais 1% a 3% eram depositados em off shores no exterior. Esse dinheiro retornava em forma de pagamento de propinas.

Também na quinta-feira 17, o MPF no Rio de Janeiro apresentou denúncia contra 12 pessoas, incluindo quatro ex-funcionários da Petrobras. Além de Caneiro, preso na "Sangue Negro", foram denunciados Zelada, Duque e Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras que assinou acordo de delação premiada com os investigadores da "Lava Jato "em Curitiba e também no Rio de Janeiro.

Outros denunciados são os ex-agentes de vendas da SBM no Brasil Julio Faerman e Luis Eduardo Campos Barbosa da Silva, além dos executivos da SBM Robert Zubiate, Didier Keller e Tony Mace.

De acordo com o MPF, de 1998 a 2012, essas 12 pessoas participaram de um esquema por meio do qual recursos da Petrobras destinados à construção de navios e monoboias eram desviados para a Suíça. Pelo menos, 46 milhões de dólares tiveram esse destino, diz o MPF. A denúncia do MPF abrange também a contribuição pedida por Renato Duque aos agentes da SBM, no valor de 300 mil dólares, para a campanha presidencial do PT em 2010.

Outro contrato no qual houve crime de corrupção, sem relação com a SBM, foi o do navio "Campos Transporter", afretado pela Petrobras junto à "Progress Ugland", empresa representada por Julio Faerman. O então CEO da empresa, Anders Mortensen, é acusado de conceder vantagens indevidas a Pedro José Barusco Filho e também foi denunciado.

Corrupção na era FHC?

Em fevereiro, foi tornado público o depoimento de Pedro Barusco à Polícia Federal. O ex-gerente da Petrobras estimou que o PT tenha recebido entre 150 milhões e 200 milhões de dólares em propinas por conta do esquema de corrupção na Petrobras, mas disse ter começado a receber propinas ainda em 1997. [São guardadas sob sigilo (rigidamente respeitado pela mídia) as semelhantes doações efetuadas ao PSDB e seus aliados. Por definição, elas são classificadas como "dinheiro de origem limpa"] 

Dias após a divulgação do depoimento de Barusco, FHC afirmou que a corrupção na Petrobras teve início no governo do petista Luiz Inácio Lula da Silva.

O próprio FHC pareceu se desmentir em outubro, quando da publicação do primeiro volume de seus "Diários da Presidência". No livro, FHC afirma que, em outubro de 1996, foi informado por Benjamin Steinbruch, dono da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), de que a Petrobras "era um escândalo".

"Eu queria ouvi-lo [Steinbruch] sobre a Petrobras. Ele me disse que a Petrobras é um escândalo. Quem manobra tudo e manda mesmo é o Orlando Galvão Filho, embora Joel Rennó tenha autoridade sobre Orlando Galvão”, escreveu FHC sobre os então presidentes da BR Distribuidora e da Petrobras.

Reforçou a noção de que a corrupção na Petrobras antecede a chegada do PT ao poder o vazamento de parte da delação premiada de Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da estatal.

[Na época FHC/PSDB, todas as denúncias sobre corrupção que envolvessem de alguma forma, direta ou indireta, integrantes do governo, eram arquivadas pela PGR e abafadas pela imprensa, para dar à população a impressão de que eles eram honestos. Até hoje, muitos continuam enganados]

Em depoimento, Cerveró relatou aos procuradores da Operação Lava Jato que o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) recebeu 10 milhões de dólares em suborno durante o governo [PSDB] de Fernando Henrique Cardoso, entre 1999 e 2001, quando era diretor de Óleo e Gás da Estatal.

FHC voltou a se defender e disse que o PT tentava "embolar o jogo". Segundo ele, em sua gestão a corrupção "não era organizada" [modéstia tucana...].

FONTE da complementação: da revista "CartaCapital"  (http://www.cartacapital.com.br/politica/a-petrobras-da-era-fhc-vira-alvo-de-investigacoes) [Trechos entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política'].   

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