Para o economista, a valorização do salário mínimo é um importante avanço
Pochmann vê perspectivas de recuperação da economia em 2016
"É um quadro difícil, mas há um horizonte do ponto de vista econômico para a recuperação. Essa é a avaliação de 2016 para o economista e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Marcio Pochmann, presidente da Fundação Perseu Abramo (FPA).
“Um ano de menor inflação, de menor queda do PIB (Produto Interno Bruto), um ano de maior expansão das exportações em relação às importações, um ano de contas públicas equilibradas. Ou seja, 2016 será o ano em que o Brasil estará melhor preparado para poder voltar à recuperação econômica”, diz o economista.
Na opinião de Pochmann, apesar dos cortes nos gastos públicos, o Brasil tem um orçamento que dá garantias para que, especialmente a população mais vulnerável, siga sendo assistida.
“Começamos o ano com um salário mínimo maior. Isso é uma proteção grande para a pirâmide social brasileira, apesar da inflação mais alta, pois suas remunerações estão garantidas”, argumenta. Esses setores estarão garantidos pelos programas de transferência de renda e por programas como "Minha Casa, Minha Vida" e PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). “É um horizonte de preparação, em 2016, para o crescimento em 2017″, afirma.
O salário mínimo foi reajustado em 11,6% pela presidenta Dilma Rousseff – de R$ 788 para R$ 880 – e está vigente desde o dia 1º de janeiro de 2016. Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o novo valor vai injetar R$ 51,5 bilhões na economia brasileira neste ano.
“O ano de 2015, do ponto de vista político, termina de modo muito mais favorável à presidenta Dilma do que começou – com mobilizações da oposição na rua e com uma série de tentativas de obstaculizar o mandato presidencial e tendo, por parte do legislativo, uma série de "pautas bomba". O ano de 2015 termina com a oposição menor do que começou, sem resultados de apoio nas ruas”. Pochmann defende que em 2016 o governo terá melhores condições políticas para administrar a economia de maneira mais favorável.
“Possivelmente, teremos um nível de atividade maior do que foi o de 2015. A economia vai cair em 2016, mas em ritmo menos intenso, mais suave, do que o que foi verificado em 2015 – embora a gente não saiba ainda como foi a queda do PIB em 2015, teremos uma queda em 2016 entre 0,5% e 1,5%.”
Pochmann acredita que o País terá, em 2016, uma inflação próxima a que foi registrada em 2014. Naquele ano, a taxa ficou em 6,4% e dentro da meta do governo federal. “Também será menor do que aquela que deve ter fechado este ano, ao redor de 10%, 10,5%.”
O economista ainda destaca que o desempenho comercial do Brasil com o exterior deve ser muito maior do que foi no ano passado. “Teremos um superávit superior a R$ 25 bilhões em 2016 e deveremos ter um desempenho do setor público, possivelmente com as contas públicas equilibradas, ao contrário do ano de 2015. São alguns indicadores, no meu modo de ver, que diferenciam 2016 do que foi o ano de 2015″, argumenta Pochmann."
FONTE: da Agência PT de Notícias. Transcrito no portal "Vermelho" (http://www.vermelho.org.br/noticia/274710-2).
“Um ano de menor inflação, de menor queda do PIB (Produto Interno Bruto), um ano de maior expansão das exportações em relação às importações, um ano de contas públicas equilibradas. Ou seja, 2016 será o ano em que o Brasil estará melhor preparado para poder voltar à recuperação econômica”, diz o economista.
Na opinião de Pochmann, apesar dos cortes nos gastos públicos, o Brasil tem um orçamento que dá garantias para que, especialmente a população mais vulnerável, siga sendo assistida.
“Começamos o ano com um salário mínimo maior. Isso é uma proteção grande para a pirâmide social brasileira, apesar da inflação mais alta, pois suas remunerações estão garantidas”, argumenta. Esses setores estarão garantidos pelos programas de transferência de renda e por programas como "Minha Casa, Minha Vida" e PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). “É um horizonte de preparação, em 2016, para o crescimento em 2017″, afirma.
O salário mínimo foi reajustado em 11,6% pela presidenta Dilma Rousseff – de R$ 788 para R$ 880 – e está vigente desde o dia 1º de janeiro de 2016. Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o novo valor vai injetar R$ 51,5 bilhões na economia brasileira neste ano.
“O ano de 2015, do ponto de vista político, termina de modo muito mais favorável à presidenta Dilma do que começou – com mobilizações da oposição na rua e com uma série de tentativas de obstaculizar o mandato presidencial e tendo, por parte do legislativo, uma série de "pautas bomba". O ano de 2015 termina com a oposição menor do que começou, sem resultados de apoio nas ruas”. Pochmann defende que em 2016 o governo terá melhores condições políticas para administrar a economia de maneira mais favorável.
“Possivelmente, teremos um nível de atividade maior do que foi o de 2015. A economia vai cair em 2016, mas em ritmo menos intenso, mais suave, do que o que foi verificado em 2015 – embora a gente não saiba ainda como foi a queda do PIB em 2015, teremos uma queda em 2016 entre 0,5% e 1,5%.”
Pochmann acredita que o País terá, em 2016, uma inflação próxima a que foi registrada em 2014. Naquele ano, a taxa ficou em 6,4% e dentro da meta do governo federal. “Também será menor do que aquela que deve ter fechado este ano, ao redor de 10%, 10,5%.”
O economista ainda destaca que o desempenho comercial do Brasil com o exterior deve ser muito maior do que foi no ano passado. “Teremos um superávit superior a R$ 25 bilhões em 2016 e deveremos ter um desempenho do setor público, possivelmente com as contas públicas equilibradas, ao contrário do ano de 2015. São alguns indicadores, no meu modo de ver, que diferenciam 2016 do que foi o ano de 2015″, argumenta Pochmann."
FONTE: da Agência PT de Notícias. Transcrito no portal "Vermelho" (http://www.vermelho.org.br/noticia/274710-2).
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