Li ontem no jornal “Folha de São Paulo” o texto a seguir, de JULIANA ROCHA:
SUPERÁVIT PRIMÁRIO CHEGA A 4% DO PIB E ATINGE R$ 74,8 BILHÕES
O crescimento das despesas não impediu o governo federal de fazer superávit primário recorde no período de janeiro a agosto, de R$ 74,83 bilhões. O valor representa 3,99% do PIB (Produto Interno Bruto).
O esforço fiscal no acumulado do ano foi possível com o aumento de receitas federais em ritmo maior do que os gastos.
Em agosto, a economia do governo foi de R$ 6,2 bilhões, também o maior já registrado para este mês. O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, negou que o governo tenha feito um esforço adicional para aumentar o superávit primário devido ao agravamento da crise financeira internacional. Ele disse que a estratégia de elevar o superávit foi definida no início do ano e está sendo seguida.
"O Brasil tem condições boas de suportar essa turbulência global. Ter um superávit primário forte é uma decisão de governo quando aumentou em 0,5% do PIB a meta. Felizmente, temos condições de manter a situação fiscal forte em um momento de turbulência."
O esforço fiscal do governo nos oito primeiros meses do ano excede a meta de superávit primário anunciada pelo governo, de 2,2% do PIB para o governo central (governo federal, Banco Central e Previdência Social), mais 0,5% do PIB para a criação do fundo soberano. Somando-se essas duas metas, a economia depois do pagamento de todas as despesas correntes e investimentos deveria ser de R$ 78,6 bilhões. Faltam apenas R$ 4 bilhões para que seja cumprida.
Apesar dos indícios de que a meta de superávit primário será superada, o secretário do Tesouro não quis anunciar a estratégia do governo para os próximos meses.
Questionado, não disse se o governo vai manter o aperto para fazer uma economia mais alta ou se vai aproveitar a meta cumprida para realizar mais gastos e liberar dinheiro do orçamento para investimentos do setor privado.
Em geral, os gastos do governo aumentam no final do ano, quando o dinheiro que sobra do orçamento é liberado para projetos que ficaram na gaveta. Este ano, porém, com o cenário de crise, não está claro se esta liberação vai ocorrer.
O resultado fiscal deste ano foi possível com aumento de 18% das receitas do Tesouro e da Previdência de janeiro a agosto. No mesmo período, as despesas aumentaram 11,5%. Augustin ressaltou o aumento dos investimentos de 42%, para R$ 15,9 bilhões, maior do que as despesas correntes de 11%, para R$ 82,6 bilhões. Mas as despesas com funcionalismo público somaram R$ 82,1 bilhões no ano, 9,3% a mais que em igual período de 2007”.
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