terça-feira, 18 de outubro de 2011

OBRAS NA AMAZÔNIA ATRAEM O EQUIVALENTE A 7 'TRENS-BALA'

Usina de Santo Antônio, em Rondônia

INVESTIMENTOS SOMAM, PELO MENOS, R$ 212 BILHÕES E CRIAM NOVO CICLO DE EXPANSÃO ECONÔMICA NA REGIÃO

Plano cria saída para o agronegócio exportador e nova estrutura para geração de energia e exploração mineral

“O governo federal e o setor privado inauguraram novo ciclo de desenvolvimento e ocupação da Amazônia Legal, onde vivem 24,4 milhões de pessoas e que representa só 8% do PIB brasileiro.

O pacote de investimento para os nove Estados da região até 2020 já soma R$ 212 bilhões. Parte já foi realizada. O valor deverá subir quando a totalidade dos projetos tiver orçamento definido.

Esse volume de recursos equivale a sete projetos do TAV (Trem de Alta Velocidade), pouco mais de quatro vezes o total de capital estrangeiro atraído pelo Brasil em 2010 e duas vezes o investimento da Petrobras para o pré-sal até 2015. Excluindo o total do investimento do país no pré-sal, os recursos a serem aportados na Amazônia praticamente vão se equiparar aos do Sudeste, principal polo industrial do país.

É o que indica levantamento feito pela ‘Folha’ com base no PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) e nos principais projetos privados em andamento.


Ponte Manaus-Iranduba, sobre o Rio Negro, com 3,6 Km de extensão (será inaugurada pela Presidente Dilma no próximo dia 24/10)

Basicamente, são obras de infraestrutura (energia, transporte e mineração). Juntas, elas criarão condições para a instalação de indústrias e darão origem a um corredor de exportação pelo "arco Norte", que vai de Porto Velho (RO), passando por Amazonas, Pará, até o Maranhão.

Essa movimentação de cargas será feita por malha logística integrada por rodovias, ferrovias e hidrovias que reduzirão custos de exportação, principalmente para o agronegócio, que hoje, basicamente, utiliza os portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR).

ENERGIA AMAZÔNICA

O setor elétrico é a força motriz dessa onda de investimento. As principais hidrelétricas planejadas pelo governo serão instaladas na região e, com elas, também se viabilizarão as hidrovias.

Projetos como Belo Monte (PA), Jirau e Santo Antônio (RO), Teles Pires e o complexo do Tapajós (PA) fazem parte desse novo ciclo de ocupação, acelerando o processo que se iniciou ainda sob a batuta do governo militar. A Amazônia, que hoje participa com 10% da geração de energia no país, passará a 23%, até 2020. Em uma década, ela será responsável por 45% do aumento da oferta de energia no sistema elétrico brasileiro e se tornará um dos motores do crescimento.

CONTROVÉRSIAS

Para acelerar a implantação dos projetos, o governo federal estuda uma série de mudanças legais. Entre elas, estão a concessão expressa de licenças ambientais, a criação de leis que permitam a exploração mineral em áreas indígenas [o subsolo de áreas indígenas constitucionalmente, como os demais, também pertence à União] e a alteração do regime de administração de áreas de preservação ambiental.

Há, ainda, no Congresso um projeto de lei que, caso seja aprovado, tornará obrigatória a construção de hidrelétricas juntamente com as eclusas, viabilizando o transporte hidroviário.

O atual modelo prevê a construção das usinas e somente a apresentação do projeto da eclusa, obra que deve ser feita pelo governo. O avanço [do Brasil] sobre a [sua] Amazônia gera controvérsias entre ambientalistas [e governos de potências estrangeiras, principalmente, que têm suas aspirações de expansão de domínio sobre a região, e seus seguidores dolosos ou ingênuos nacionais] que acusam o governo de repetir um modelo de desenvolvimento não sustentável e que conduz a região ao colapso social. Para os ambientalistas [e potências estrangeiras], as obras das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, em Porto Velho (RO), e de Belo Monte, em Altamira (PA) são [maus] exemplos.”

FONTE: reportagem de Julio Wiziack e Agnaldo Brito publicada na Folha de São Paulo (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me1610201102.htm) [imagens do Google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

2 comentários:

Probus disse...

Maria Tereza, suas observações "entre colchetes" me fazem rir, eu me divirto!!! Eu adoro, você bate "de com força", verdades são verdades!!

Unknown disse...

Probus,
Obrigada. Procuro, com as inserções entre colchetes, deixar o texto mais claro, ou reverter e expor tendenciosidades malignas do texto original.
Maria Tereza