Israel pressiona por sanções severas contra Irã, porque esse país começou hoje a enriquecer urânio em níveis muito baixos, necessários para aplicações medicinais. Acusam os iranianos de poderem, no futuro, pensar em enriquecer urânio em graus mais elevados e, assim, poderem vir a planejar produzir armas atômicas.
A infâmia e o cinismo da proposta de sansões duras com base nessas suposições é já ser Israel enriquecedor de urânio em níveis altíssimos e produtor de armas atômicas. Da mesma forma, outros países que propugnam por punições violentas contra o Irã são também produtores e possuidores de grande arsenal bélico atômico. É o caso dos Estados Unidos, França, Inglaterra e outros. Os EUA, até mesmo, já experimentaram suas primeiras bombas atômicas sobre duas cidades japonesas indefesas, que não continham qualquer alvo militar e em uma guerra já vencida, matando de imediato mais de 200 mil pessoas civis. Foi um injustificável ato terrorista, gigantesco.
Por tudo isso, essas manifestações contra o Irã de líderes de potências nucleares são evidentemente hipócritas, cínicas, até jocosas, mas trágicas.
Vejamos a seguinte notícia divulgada hoje (09/02) pela agência norte-americana de notícias Reuters, em reportagem de Douglas Hamilton, reproduzida no portal UOL:
"Israel pressiona por sanções severas contra Irã
JERUSALÉM (Reuters) - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pressionou por sanções imediatas e severas contra o Irã nesta terça-feira, dia em que o país começou a produção de combustível nuclear enriquecido.
"O Irã está acelerando para produzir armas nucleares... Acredito que o que é necessário no momento é uma ação severa por parte da comunidade internacional", disse Netanyahu a diplomatas europeus.
"Isso significa sanções que debilitem o país e essas sanções devem ser aplicadas agora."
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