sábado, 13 de fevereiro de 2016

ÂNSIA DO "MERCADO" POR COLOCAR AÉCIO NA PRESIDÊNCIA PODE CAUSAR HIPERINFLAÇÃO




Por VONEY MALTA, jornalista, editor da página "Alagoas 247" do portal "Brasil 247"

"Sem que os principais atores da política brasileira, situação e oposição, cheguem a um efetivo entendimento sobre o que é melhor para o Brasil, o risco de hiperinflação não pode ser descartado. É o que avaliam economistas, entre eles [tucaníssimo] Raul Velloso.

Os erros cometidos nos últimos anos pelo governo Dilma na gestão da economia [ao acreditar no falso discurso dos empresários de que isenções de impostos e desonerações gerariam investimentos e empregos e não no que aconteceu, maiores lucros dos empresários beneficiados e aplicações no mercado financeiro], o cenário econômico mundial e o posicionamento da oposição apostando no quanto pior melhor, especialmente o PSDB que votou contra medidas de ajuste defendidas pelo próprio partido, são os combustíveis explosivos para tal cenário. E quem paga a conta, sempre, é o andar de baixo, as classes média e baixa, como já estamos vendo.

2016 será um ano em que veremos queda do PIB, da riqueza nacional, em torno de 5%, segundo previsões de bancos. Seja qual for o número, teremos desemprego e inflação, isso é certo. E mais, sem entendimento político no Congresso teremos a piora da situação econômica.

O secretário da Fazenda de Alagoas, George Santoro, vê o País ainda com uma cultura de indexação adormecida, apesar de o Plano Real tê-la colocada em seu devido lugar. O exemplo disso ocorreu a poucos dias no estado. Donos de postos aumentaram o preço do litro dos combustíveis.

Foi preciso forte reação de órgãos como o MPE, Procon e a sociedade civil para que recuassem. Ou seja, o empresário optou por aumentar a sua margem de lucro, - não o contrário - mesmo que isso significasse redução nas vendas. Esse é um dos claros exemplos da cultura inflacionária que temos adormecida.

Caso o governo não consiga convencer o parlamento de que a idade para a aposentadoria precisa ser alterada, assim como rediscutir as várias gratificações concedidas para servidores públicos [especialmente os do Judiciário e do Legislativo], não será dado um passo importante de reconquista da confiança do empresariado e dos investidores.

Outro ponto importante neste momento em que há, também, uma crise de confiança no Executivo e no Legislativo, é a aprovação da CPMF, que vai gerar recursos para a União,

Estados e Municípios

Para gestores como George Santoro, [a CPMF] é a opção mais barata para a população neste momento, onde quem ganha mais vai pagar mais, portanto é um imposto menos injusto.

A alternativa à CPMF [que certamente receberá forte reação dos sonegadores, inclusive da mídia, e dos que apostam no quanto pior melhor para a direita do mercado financeiro voltar ao pleno poder, 
seja com Aécio ou outro do time] é a "Cide-Combustíveis - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico" incidente sobre a importação e a comercialização de gasolina, diesel , querosene, óleos combustíveis , gás liquefeito de petróleo, gás natural, nafta, e álcool combustível – que o governo não quer usar porque vai gerar mais inflação. 

Ou seja, e resumindo: se não ocorrer entendimento e resgate da credibilidade o fundo do poço nos aguarda. E os resultados da queda são imprevisíveis, para todos."


FONTE: escrito por VONEY MALTA, jornalista, editor da página "Alagoas 247" do portal "Brasil 247"   (http://www.brasil247.com/pt/colunistas/voneymalta/216780/Crise-pol%C3%ADtica-e-o-risco-de-hiperinfla%C3%A7%C3%A3o.htm). [Trechos entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política'].

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