quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

VENDIDOS, TRAIDORES DA PÁTRIA ENTREGAM O PRÉ-SAL




[OBS deste blog 'democracia&política':

Tudo aparenta que o que ocorre no Senado decorre do acordo selado entre a Chevron e o PSDB para a entrega do Pré-sal e da Petrobras para a gestão pela gananciosa empresa estadunidense. Provavelmente, até o "down payement" pela intermediação já tenha sido na época liberado aos tucanos. 

A atual pressão desesperada do PSDB, com sucessivos projetos de lei entreguistas do pré-sal e ações para dar urgência no Congresso para suas votações, e as alucinadas manobras golpistas, com o total apoio da mídia e de grande parte da elite, para já eliminar do governo por qualquer meio o principal obstáculo, que é Dilma Rousseff, tudo pode ser decorrente de nova forte cobrança pelos norte-americanos de dívidas,  de "milestones" contratuais em atraso.

Reforça essa conjectura o seguinte fato: todos sabemos que, em 2009, veio a ser descoberto que o então candidato da direita antinacional favorito à presidência em 2006, José Serra (PSDB), assumiu secretamente, com representante norte-americano da Chevron, o 1º passo: a promessa de que o modelo de partilha do pré-sal seria eliminado caso ele fosse eleito Presidente da República, de modo a obrigar a Petrobras a ceder a exploração às petrolíferas estrangeiras. No caso, a promessa foi à norte-americana Chevron.

É isso que mostraram sigilosos telegramas entre a Embaixada dos EUA no Brasil e o governo norte-americano em Washington, de dezembro de 2009. Os telegramas foram descobertos e revelados ao mundo pelo site "WikiLeaks" do australiano Assenge.

A vergonhosa, estarrecedora e antinacional revelação chegou a ser publicada até mesmo no jornal tucano (!) "Folha de São Paulo" em reportagem de 13/12/2010: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po1312201002.htm.

Tudo leva a crer que a referida obrigação de Serra e PSDB assumida com a Chevron não foi perdoada pelos EUA com a derrota de Serra em 2006. Os norte-americanos estão cobrando, e fortemente. Quiseram urgência na votação no Senado, conseguiram a urgência e a aprovação ontem, e continuam na campanha pela destituição de Dilma. Parece que serão obedecidos pelos nosos Calabares. 


Com tantas votações mais importantes e urgentes aguardando, sem prazo, no Congresso, para recuperar o equilíbrio fiscal e a retomada do desenvolvimento, chega a ser agressivamente acintosa, insana e dolosa a votação urgentíssima no Senado para entregar o pré-sal a petroleiras estrangeiras. Isso se tornou o objetivo nacional prioritaríssimo? Não faz sentido. Não sejamos, nem nos façamos de tolos. No Congresso não há anjos, ingênuos, pobres vítimas da esperteza de inteligentes e malvadas petroleiras estrangeiras. A única lógica é a forte pressão [muitos US$$$$?] dos lobbies estrangeiros, especialmente norte-americanos, sobre os senadores e a mídia. 

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[Imagem obtida no blog "O Cafezinho"]

Vejamos o artigo a seguir do Senador Roberto Requião, escrito antes da vitória da Chevron no Senado, mas ainda pertinente e oportuno]:

A mãe de todas as batalhas: o pré-sal 

Por ROBERTO REQUIÃO, senador (PMDB-PR) e ex-governador do Paraná

"A batalha mais importante para os brasileiros neste ano de 2016 será manter a Petrobras como proprietária e operadora única do pré-sal. E o momento de agir é agora. Só uma mobilização nacional urgente pode salvar nosso futuro.

Aqueles que querem alienar o petróleo brasileiro para o cartel internacional do petróleo fingem ignorar que o mundo está em guerra pelo desejo de controle das jazidas de petróleo. Os conflitos estão aí na Síria, Líbia, Iraque, e em todo Golfo Pérsico. Todo dia vemos na TV os desastres humanitários provocados pela luta para tomar o petróleo das nações mais frágeis. Essa luta decorre da ganância pela posse estratégica de reserva petrolíferas.

Será que os gananciosos não sabem que as reservas colossais do pré-sal podem se equiparar à das maiores nações petrolíferas como Arábia Saudita e Rússia? É claro que sim. Será que o que está acontecendo no Brasil, toda essa pressão sobre a Petrobras não tem o dedo deles?

A imprensa diz que "a Petrobras não pode operar o pré-sal, porque há corrupção nela". De fato, a corrupção nos deixa indignados e os culpados devem ser punidos. Eu quero ver essa gente toda na cadeia.

Todavia, isso não é motivo para entregarmos nossas riquezas. Todas as empresas de petróleo do mundo estão com problemas financeiros, porque estamos no meio de dumping geopolítico, uma derrubada artificial nos preços do petróleo de 140 para 30 dólares o barril. O objetivo desse dumping é destruir a vontade das nações petrolíferas mais fracas e convencê-las que o petróleo já é um artigo de pouco valor. E, portanto, pode e deve ser vendido na bacia das almas, a preço de banana, para o primeiro aventureiro que queira adquirir "aquele lixo que chamam de pré-sal", como parecem dizer os colunistas mais afoitos dos jornais. Só esquecem de dizer que a Shell, Exxon Mobil, Chevron, Bristish Petroleum, Petrochina etc são esses "aventureiros".

A Petrobras tinha feito um programa de expansão enorme para retirar o petróleo em benefício do povo, da educação. Ela se endividou em dólar para isso. Veio a crise. O dólar se valorizou em relação ao real e o valor da dívida aumentou. Essa dificuldade é concreta.

Agora, a imprensa, e alguns senadores "ingênuos" [sic;$$$$$$$$$$?] dizem que uma empresa estrangeira benevolente agora comprará nossas enormes reservas no pré-sal "para ajudar a Petrobras", "iria investir o que a Petrobras não poderia investir", e "importaria os equipamentos que toda a cadeia de produção do petróleo nacional não poderia mais fornecer porque está paralisada" no imbróglio judicial em que se meteu.

Ledo engano. As petroleiras do mundo estão na mesma condição da Petrobras, com ou sem corrupção, pela queda do preço do petróleo. Está sobrando petróleo em razão do dumping. Ninguém investe em extração. O único desejo dessas multinacionais é quebrar o monopólio de uma empresa brasileira, e guardar essas reservas para o futuro, quando acharem conveniente explorar ou, mais provavelmente, venderem aquelas reservas, comprada na baixa dos preços, quando o preço do petróleo melhorar.

Não há nenhuma possibilidade de uma exploração rápida de empresas que estão demitindo os seus funcionários. Outro dia, estava em uma conferência sobre a pacificação da Colômbia, o atrito das FARCS com o governo, a convite de um grupo importante que opera nesse sentido, e vi a notícia de que a "Pacific Oil", a mais importante empresa de petróleo da Colômbia, propriedade canadense, tinha sido vendida com um deságio de 88% sobre o preço de face.

É isso que queremos para nossas riquezas? As petroleiras estrangeiras não querem investir e nem têm dinheiro para isso. A Petrobras continua com maior disposição a investir do que elas, porque é uma empresa pública; ela não olha só o lucro de curto prazo. Ela vê lá na frente. Sabe que o petróleo voltará a seus preços normais e que tudo se estabilizará. Sabe que nossa economia depende de seus investimentos. Mas alguns "ingênuos" [$$$$$$$$?] ainda insistem que "a nossa salvação está na boa vontade ou no egoísmo benevolente das petroleiras estrangeiras". Não há como não achar suspeita essa insistência.

Há seis argumentos que considero irrefutáveis contra esse projeto que pretende entregar o pré-sal para petroleiras internacionais:

Primeiro argumento: este é o pior momento para se vender uma grande reserva de petróleo extraído a baixo custo. O custo de extração do pré-sal brasileiro é de US$ 8 por barril. Mesmo com o petróleo valendo menos de US$ 30, ele dá alta lucratividade. Porém, sabemos que em breve o petróleo voltará a valer 80 dólares. Essa diferença de preços pode valer trilhões de dólares em termos de receitas perdidas nas próximas décadas. Faz sentido vender tão açodadamente num momento de baixa nos preços? Certamente, não é em benefício dos interesses de nosso filhos e netos.

Os preços do petróleo estão sendo mantidos artificialmente baixos por uma jogada geopolítica dos Estados Unidos e de alguns países do Golfo Pérsico [principalmente Arábia Saudita e Qatar] para controlar as reservas internacionais de combustível. Isso é mais velho que o processo que formou as jazidas de petróleo! Essa tática é conhecidíssima. É o famosíssimo dumping: baixam artificialmente os preços, para tomar empresas e riquezas petrolíferas dos países e das empresas mais fracas.

Em breve, os preços do petróleo retornarão ao seu curso normal, em torno de US$ 80 o barril. E o petróleo será novamente uma fantástica fonte de lucros. Hoje, com os preços lá no chão, dezenas de petroleiras que têm que arcar com os altos custos de extração do petróleo estão falindo e sendo vendidas a preço de fim de feira.

Não é o caso do pré-sal com US$ 8,00 por barril de custo de extração. Por isso, as superpotências e os magnatas do petróleo estão de olho no pré-sal. Por isso, é o pré sal a salvação da Petrobras, sua principal fonte de lucratividade com extração do óleo, mesmo com os preços atuais.

Apenas nações fortes e corajosas conseguirão manter suas reservas petrolíferas e conseguirão enfrentar essa maciça campanha de convencimento para que vendam as suas maiores riquezas neste momento de baixos preços.

Segundo argumento. Sem o pré-sal, a Petrobras entraria em falência, estaria liminarmente liquidada. A Petrobras está financeiramente bem, apesar do alto endividamento, porque está obtendo lucros operacionais, graças ao pré-sal.

Em contraposição, a maioria das petroleiras mundiais estão também com alto endividamento e com dificuldades financeiras ainda maiores do que a Petrobras, pois são menos eficientes que a Petrobras. Têm custos de exploração mais elevados.

Resumindo, a Petrobras está melhor que a maioria das petroleiras do mundo em razão dos baixos custos de extração do pré-sal. Ao contrário do que dizem certos analistas a serviço dos magnatas do petróleo, o pré-sal hoje já é uma fonte fundamental de lucro da Petrobras. Sem ele, não poderia pagar suas dívidas.

O custo do pré-sal é baixo em razão da alta produtividade dos poços, da alta tecnologia desenvolvida pela Petrobras e da ótima localização dos poços que são próximos dos grandes centros consumidores, processadores e logísticos no Brasil. Além disso, a carga tributária no pré-sal é uma das menores do mundo para grandes jazidas de petróleo.

O terceiro argumento é o de que a Petrobras é fundamental para a segurança estratégica do Brasil. A cadeia de petróleo e gás é a espinha dorsal da economia brasileira e do financiamento do Estado nacional.

A Petrobras, sua cadeia produtiva e a renda gerada indiretamente por ela, é responsável direta ou indiretamente por 20% do PIB. Isso resulta em dezenas de bilhões de reais e impostos que são investidos em saúde, educação e serviços sociais.

O próprio desenvolvimento tecnológico nacional e grande parte da nossa indústria de máquinas e equipamentos e setores estratégicos dependem da Petrobras e agora do pré-sal. A Petrobras é também a maior geradora de patentes do Brasil. Logo, enfraquecê-la agora, quando há um agressivo dumping internacional movido pelas grandes potências, perdoem-me a franqueza e a dureza da afirmação, é um crime de lesa-pátria.

Quarto argumento. O Desemprego avança no País. A Petrobras e suas operações no pré-sal são de extrema importância para a retomada do desenvolvimento e para combater o desemprego. A Petrobras é a espinha dorsal do desenvolvimento industrial brasileiro, comanda a maior cadeia produtiva do Brasil que responde, direta e indiretamente, por cerca de 15% da geração de emprego e renda no País, são milhões de trabalhadores e famílias desse segmento produtivo.

Mas a cadeia produtiva da empresa está debilitada. Muitos canteiros de obras estão praticamente abandonados e os equipamentos enferrujam-se. Enormes perdas em consequência da paralisação injustificada e desnecessárias de muitas obras.

Todos sabem e todos criticam o Governo, que o Brasil enfrenta uma aguda crise econômica e de emprego, com dois anos sucessivos de contração e poucas perspectivas de retomada no próximo ano. No entanto, com a retomada dos investimentos da Petrobras aos níveis de 2014, a economia voltará a crescer. Sem o pré-sal, a empresa não poderá retomar seus investimentos.

Quinto argumento: a Petrobras e o Brasil devem reservar-se o direito de propriedade, exploração e conteúdo nacional sobre o pré-sal, porque foram conquistas exclusivamente brasileiras, após décadas de pesado esforço tecnológico, político e humano.

Nos anos 50, os melhores geólogos norte-americanos diziam que não havia grande volume de petróleo no Brasil e que não era necessário criar uma empresa estatal para explorá-lo.

Mas o povo brasileiro, por teimosia, fé e coragem, insistiu em procurar petróleo no País, à base do "custe o que custar". "O petróleo é nosso", gritávamos nas ruas. E isso custou até mesmo a vida do grande brasileiro que criou a Petrobras, o Sr. Getúlio Vargas.

Se não achamos muito petróleo em terra, fomos buscá-lo no mar. Investimos tudo que estava disponível e tivemos que chegar a profundidades nunca antes alcançadas por nenhum país.

Ano após ano, com ou sem crise econômica, com ou sem crise política, realizamos o que para outros parecia impossível, batendo recordes sobre recordes na exploração do petróleo em águas profundas. Os recordes são brasileiros, são da Petrobras. Os trabalhadores e engenheiros são brasileiros. Fizemos isso tudo com nossos próprios meios e desenvolvemos a nossa própria tecnologia. Uma tecnologia desenvolvida por brasileiros e para os brasileiros.

Foram décadas de grande esforço e finalmente encontramos nosso grande tesouro, o pré-sal. A dedicação e a esperança de gerações foram premiadas. A exploração brasileira do pré-sal é uma homenagem que fazemos a nossos avós, que lutaram para construir a Petrobras e será a grande herança que deixaremos aos nossos netos.

Logo, não podemos entregar, de mão beijada, para o primeiro forasteiro capaz de convencer [$$$$?] jornalistas e lobistas de que o pré-sal é grande demais para ser apenas do povo brasileiro.

Sexto argumento: o projeto Serra [PSDB], que já era inconveniente e antinacional, com os baixos preços do petróleo, passou a ser lesivo. Ao nosso ver, é um crime contra o Brasil. O projeto do Senador José Serra/PSDB tem como objetivo retirar a Petrobras da condição de operadora única do pré-sal. Isso é um fantástico equívoco.

O Senador parte de uma premissa errada, a falsa premissa de que "a Petrobras não tem condições financeiras para dar conta desse programa". Se fosse verdade, seria terrível para nós, na medida em que possuindo a mais competitiva tecnologia do mundo, por sua capacidade de produção em águas profundas, com imenso patrimônio, teríamos, mesmo assim, que dividir com os estrangeiros o controle do uso estratégico dessa imensa riqueza. Então, para que teria servido desenvolver e dotar de alta tecnologia a nossa Petrobras?

Uma empresa que já tem entre 50 bilhões de barris a 100 bilhões de barris comprovados de petróleo no pré-sal não pode ser apontada como "financeiramente fraca". Pergunto: acaso seria uma base insuficiente essa, para que a Petrobras, por algum expediente, financie seus investimentos?

Abrir mão do pré-sal é condenar o Brasil ao inferno eterno do subdesenvolvimento, da corrupção e da degradação social. Não se pode, sob o pretexto de a empresa estar sendo roubada por alguns de seus administradores, entregá-la para forasteiros, para as "sete irmãs". Para as mesmas empresas que estão desencadeando guerras genocidas no mundo inteiro pela posse estratégica de jazidas.

Eu estava presente numa reunião histórica da Bancada do PMDB, quando o Senador Romero Jucá dizia: "A Petrobras está desmoralizada, falida, não tem condições de fazer o investimento e de levantar recursos", o ex-Ministro das Minas e Energia, o Senador Lobão, interviu: "Como você está dizendo isso? A Petrobras tem condição, pode fazê-lo e pode fazê-lo amanhã, praticamente sem custo algum. Os 30% são o investimento em equipamentos, que já estão comprados."

Simplesmente, não se avança hoje com novos poços no mundo porque o petróleo está sobrando, porque há uma guerra de dumping geopolítica para quebrar o Irã, Iraque, Venezuela e a própria Rússia. É uma jogada geopolítica de enfraquecimento de muitos, para que se estabeleça o monopólio do controle das jazidas no planeta.

O Brasil não pode ser um títere desse jogo, um brinquedo na mão dessas potências. Nós temos que reagir. Agora, para os ladrões que roubaram estimados 80 bilhões? Cadeia!

Nós queremos a punição, mas o valor da Petrobras, sua importância estratégica para a própria segurança do Brasil é infinitamente maior do que esses 82 bilhões. E se o petróleo estivesse a US$ 140, esse valor não seria sequer percebido, dado o volume e a importância financeira de nossas jazidas, cujo valor está na casa dos trilhões.

Mas o valor central nem são esses trilhões de dólares. O valor central é o futuro do Brasil, de nossas crianças.

Vou finalizar me referindo a algo que pode parecer estranho à questão, mas não é. O Brasil tem algo especial a oferecer ao mundo. Sabemos que nossas periferias são extremamente violentas, como era violenta a exploração dos escravos, o massacre dos índios. Mas a alma brasileira é uma alma pacífica, tolerante. Por um motivo muito simples, o nosso povo não se acha superior a outros povos. Parte da elite até se acha superior ao nosso povo. Mas não como brasileiros, ela se acha superior, porque se acha (ainda que nem seja) uma minoria branca, europeia, culta no meio de um povão mestiço e inculto. Mas ninguém acha, nem a elite e nem o povo, que o brasileiro é superior aos outros povos, e que por isso tem o direito de explorar outros povos, de fazer a guerra por ter mais direitos, por saber o que é certo o que é errado, por dar lições em outros.

Se o povo que hoje se sente tão humilhado em sua luta diária pela sobrevivência for educado como são educadas as crianças nos países ricos, teremos impulso para levar ao mundo nossa mensagem de paz entre as nações.

Serão as crianças brasileiras que – quando adultas e educadas, com o dinheiro advindo da exploração desses recursos naturais – mostrarão ao mundo o valor da tolerância entre as raças, religiões, o valor do afeto, da hospitalidade, da festa, da comemoração.

Mostraremos que esses valores são muito maiores do que a competição, o dinheiro, o poder militar, a tecnologia de ponta que ainda hoje são cultuados entre as grandes potências.

As riquezas do Brasil devem servir aos brasileiros e esses devem usar essas riquezas que Deus nos brindou para levar ao Mundo um novo exemplo, uma nova mensagem. Aliás, uma velha mensagem que comumente se perde quando o poder, o dinheiro e o senso de superioridade estão em primeiro lugar.

Uma mensagem que já está no coração das nossas crianças, pois a maioria delas não são educadas para pensar que uma raça é melhor do que outra, que uma religião é melhor do que outra, que o estrangeiro é pior do que o nacional. Infelizmente, valores de superioridade e intolerância ainda são ensinados em outros países como podemos nossos conflitos que estão prevalecendo no mundo.

Nada disso será possível, se permitirmos que o cartel petrolífero internacional tome posse de nossas riquezas. Se isso acontecer, não poderemos usá-las para bancar uma educação que dê autoestima para nossas crianças levarem essa alegria contagiante a todos os lugares que ainda sofrem com a intolerância, a guerra e a discriminação."

FONTE: escrito p
or ROBERTO REQUIÃO, senador (PMDB-PR) e ex-governador do Paraná. Publicado no portal "Brasil 247"  (http://www.brasil247.com/pt/colunistas/robertorequiao/218378/A-m%C3%A3e-de-todas-as-batalhas-o-pr%C3%A9-sal.htm). [Título e trechos entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política'].

COMPLEMENTAÇÃO 1

VITÓRIA DISFARÇADA DA CHEVRON !!!

SENADO ABRE PRÉ-SAL, "MAS PETROBRAS TEM PREFERÊNCIA" [sic...]



"Com o "apoio do governo" [vendo-se já derrotado no Senado e iludido com a enganadora esmola de manutenção da palavra final com o Presidente da República, mas sem considerar que esse futuro presidente poderá ser um antinacional entreguista como foi FHC/PSDB], o Senado aprovou substitutivo do projeto de lei que abre mão de manter a Petrobras como operadora única do pré-sal. Para aprovar o projeto que retira a obrigatoriedade da estatal de participar de todos os consórcios com 30%, o Planalto acordou com o senador Romero Jucá (PMDB-RR) um texto que agrade a todos. A lei estabelece que a Petrobras deverá se manifestar sobre sua preferência como operadora dos campos que serão licitados e essa manifestação será avaliada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). A palavra final do CNPE é sempre da Presidência da República. Com a votação nominal, o resultado final da aprovação do substitutivo do senador Romero Jucá ao PLS 131/2015, do senador José Serra (PSDB), foi de 40 votos sim, 26 não e uma abstenção. O texto segue para análise da Câmara dos Deputados.

Do "Brasil 247"

A proposta retira da Petrobras a exclusividade das atividades no pré-sal e acaba com a obrigação de a estatal a participar com pelo menos 30% dos investimentos em todos os consórcios de exploração da camada. O projeto é de autoria do senador José Serra (PSDB-SP) e foi relatado pelo senador Ricardo Ferraço (sem partido-ES).

Antes da votação, os senadores discutiram a matéria por mais de quatro horas. Parlamentares governistas criticavam o projeto, alegando que a aprovação da proposta significaria entregar o pré-sal ao capital estrangeiro em um momento de desvalorização dos barris do petróleo.

Já os senadores favoráveis ao projeto argumentavam que a Petrobras, "por conta do alto nível de endividamento e também por causa dos escândalos de corrupção, não tem mais condições de cumprir as obrigações previstas em lei"...

De acordo com o substitutivo aprovado, o "Conselho Nacional de Política Energética" (CNPE), [teoricamente] "de acordo com o interesse nacional" [dos EUA? Quem garante que esse tal de Conselho, assim como deve ter ocorrido com muitos senadores, não poderão também ser comprados?], será o responsável por decidir quem vai explorar as áreas do pré-sal. Então, o órgão oferecerá à Petrobras a preferência para ser a operadora dessas áreas contratadas sob o regime de partilha de produção. Depois disso, a Petrobras terá até 30 dias para se manifestar sobre o direito de preferência em cada uma das áreas ofertadas. Caso a Petrobras deseje fazer parte da exploração de determinada área, a estatal deverá participar com o percentual mínimo de 30% dos investimentos. Se a Petrobras optar por não participar do consórcio de exploração dá área leiloada, será aberta uma licitação para a escolha da empresa que vai explorar o consórcio.

Parte do PT não gostou do projeto e a bancada se posicionou de forma contrária a qualquer proposta que mexa na legislação de exploração do pré-sal. No entanto, o governo avaliou que não conseguiria votos suficientes para barrar o projeto de autoria do senador José Serra (PSDB-SP).

Durante o dia, os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria Geral) tentaram mobilizar petistas da casa para barrarem o projeto. Receberam ao longo do dia os senadores Lindberg Farias (PT-RJ) e Vanessa Grazziotin (PT-AM). No entanto, ao contabilizar que estava perdida a batalha [para o número impressionante de senadores "amigos da Chevron"], trocaram a estratégia e agora tentam garantir o poder decisório a Dilma.

Abaixo matéria da Agência Senado [NOTA FÚNEBRE]:

"A revogação da participação obrigatória da Petrobras na exploração do petróleo da camada pré-sal foi aprovada nesta quarta-feira (24) no Plenário do Senado. A proposta do senador José Serra (PSDB –SP) tramitava em regime de urgência e segue agora para a Câmara dos Deputados. Por 40 votos a 26 e duas abstenções, foi acatado substitutivo apresentado pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), fruto de acordo do PSDB com parte da bancada do PMDB e [com o incompreensível apoio de alguns integrantes do governo. Não se sabe se, assim como os senadores tucanos, esses tais governistas apresentam o DNA de Calabar, empresário senhor de engenho na capitania de Pernambuco, que traiu os nacionais e aliou-se em 1632 aos invasores holandeses que invadiram o Nordeste do Brasil].

Pela lei atual, aprovada em 2010, a Petrobras deve atuar como operadora única dos campos do pré-sal com uma participação de pelo menos 30%. Além de ser a empresa responsável pela condução e execução, direta ou indireta, de todas as atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento e produção.

O texto de Serra propõe o fim da exclusividade "sem retirar a preferência da estatal" [simples bonito papel de presente que embrulha a armadilha]. O senador argumenta que seu projeto "alivia a Petrobras de uma obrigação que ela não pode mais arcar, sem condições de investimento" [e a adorada Chevron pode arcar]. Ele destacou as dificuldades financeiras da empresa, com uma dívida de R$ 500 bilhões, e afirmou [debochou] que "o objetivo é fortalecer a Petrobras".

— "A única coisa que o projeto faz é tirar a obrigatoriedade de essa empresa ter que investir em cada poço do pré-sal e, mais ainda, com 30%. Ninguém está entregando nada. Ninguém está levando nada embora. Tudo continua nas mãos do poder público [norte-americano?], apenas ""a Petrobras não é obrigada a investir"". Apenas isso. Se ela quiser [e se o tal Conselho CNPE deixar a Petrobras escolher] , em um mês, ela manifesta sua intenção e controlará o poço" — observou.

Para o [não confiável] presidente do Senado, Renan Calheiros, a mudança "atende ao interesse nacional com o propósito de atrair investimento". Ele cumprimentou [provavelmente atrás, na fila de cumprimentos, dos lobistas da Chevron] o autor da proposta por aceitar todas as sugestões apresentadas, inclusive "do [pré-derrotado] governo.

Expertise

As divergências dos senadores sobre a matéria foram discutidas por seis horas. Entre os defensores do projeto [antinacional], o senador José Agripino (DEM-RN) destacou "a necessidade de estímulos à competitividade da Petrobras" que domina a tecnologia da exploração de petróleo e gás natural em águas profundas.

— "Aí você obriga a Petrobras a participar de tudo, do bom, do médio e do ruim. Quando ela pode, com seu capital, participar só do bom. O projeto libera a Petrobras. Ela precisa, mais do que nunca, nesta hora, é dar oportunidade de ver a sua expertise valorizada" — argumentou [ironizou].

A senadora Lúcia Vânia (PSB-GO) considera que o projeto reverte um marco regulatório “equivocado e obsoleto” [como muito se dizia no governo PSDB/FHC, o não-obsoleto, o "moderno" é dar, dar sem exigir compensações ou reciprocidades], além de produzir um impacto positivo sobre "a confiança dos agentes" [os agora presenteados] em relação à economia brasileira.

Pelo PSDB, Cássio Cunha Lima (PB) previu "o aumento da arrecadação, da geração de empregos e de receita" [nos EUA], com [a esmola para os brasileiros do] pagamento de royalties. Aécio Neves (PSDB-MG) também entende que a mudança na participação da Petrobras vai permitir "o reaquecimento do setor" [não sei qual parte do Brasil ficará aquecida], sem alteração no modelo de partilha e nas prerrogativas da União.

— "A Petrobras continua podendo participar [se o tal CNPE deixar] de qualquer leilão no modelo de partilha, bem como continua operadora. O projeto só retira da empresa o ônus e dá o bônus da escolha.

Inoportuno

Para os opositores da proposta, a iniciativa de acelerar os leilões é um risco à soberania nacional, inoportuna e prejudicial à Petrobras. No entendimento de Lindbergh Farias (PT-RJ), não é o momento ideal para uma mudança no marco regulatório.

Roberto Requião (PMDB-PR) diz acreditar na capacidade técnica de recuperação da empresa e voltou a apontar causas geopolíticas internacionais para a baixa no preço do barril de petróleo. Segundo ele, o projeto “não tem sentido” e não haverá investimento estrangeiro, apenas a entrega das reservas brasileiras para as multinacionais.

— "É um projeto que quebra a Petrobras, porque, sem o pré-sal, ela não sobrevive à crise, que pode ser ultrapassada rapidamente. Sobe o preço do petróleo, vai para o patamar dos US$80, e está tudo isso resolvido".

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) defende a ampliação da exploração dos campos já concedidos. Ela discorda da alegação [o esperto pretexto] de que a Petrobras está falida. Segundo ela, a empresa teve lucro operacional graças à exploração do pré-sal, que representar 40% da sua produção total.

— "Só há um objetivo [do projeto]: pressionar um governo que está fraco, para fazer um leilão onde a Petrobras não vai poder entrar e eles vão entrar e pagar um preço de banana. Nós abriremos uma pressão como nunca vimos das multinacionais para que haja leilão" — afirmou.

O líder do PT, Humberto costa (PE), lembrou que a velocidade dos leilões vai depender do [tal de] Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), o que tornaria a lei inócua."

FONTE da complementação 1: do portal "Brasil 247"  (http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/218449/Senado-abre-pr%C3%A9-sal-mas-Petrobras-tem-prefer%C3%AAncia.htm). [Título e trechos entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política'].

COMPLEMENTAÇÃO 2

EXPLICAÇÃO, CONSOLO E RESQUÍCIO DE ESPERANÇA



"DILMA NÃO TRAIU ELEITOR NO CASO DO PRÉ-SAL"

"Em meio a uma saraiva de críticas de parlamentares governistas contra a aprovação do projeto do senador José Serra (PSDB), que abre o pré-sal para empresas estrangeiras, e o governo Dilma, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) sai em defesa da presidente. "Não temos de criticar Dilma, apontar o dedo, chamá-la de traidora. Não, não é. É presidenta num contexto político duro, de disputa intensa, frágil politicamente, que governa com uma composição de forças políticas que tem grandes contradições entre si", afirma. 


Nas redes sociais, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que Dilma traiu os senadores petistas com "a mudança de orientação do governo". Para Gleisi, porém, "se posicionar contra o governo é tudo o que a direita quer". A senadora também lembra que "essa luta não está perdida, ainda tem a votação na Câmara e temos condições de nos organizarmos e nos mobilizarmos"
Do "Brasil 247"

Apesar de crítica ao projeto do senador José Serra (PSDB-SP) que prevê a abertura do pré-sal a empresas estrangeiras, aprovado na noite de quarta-feira no Senado, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) saiu em defesa da presidente Dilma Rousseff.

"Não temos de criticar Dilma, apontar o dedo, chamá-la de traidora. Não, não é. É presidenta num contexto político duro, de disputa intensa, frágil politicamente, que governa com uma composição de forças políticas que tem grandes contradições entre si", afirma Gleisi em artigo.

Nas redes sociais, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que Dilma traiu os senadores petistas com "a mudança de orientação do governo" no meio da votação. Gleisi também admitiu que "foi realmente duro receber no final do processo de votação uma proposta do governo para flexibilizar a participação da Petrobras na exploração do pré-sal".

"Se posicionar contra o governo é tudo o que a direita quer", constata a senadora petista. "Vamos defender nosso governo, vamos defender Dilma!", ressalta. A parlamentar também lembra que "essa luta não está perdida, ainda tem a votação na câmara e temos condições de nos organizarmos e nos mobilizarmos"

Leia abaixo a íntegra: 

Vivemos momentos difíceis!

"A votação de quarta-feira no Senado foi, pra mim, o símbolo mais forte da luta política que estamos enfrentando no país hoje. Uma luta que disputa a concepção de Estado que queremos. Foi realmente duro receber no final do processo de votação uma proposta do governo para flexibilizar a participação da Petrobras na exploração do pré-sal, maior reserva de petróleo do mundo recentemente descoberta. Difícil também votar contra o governo, contra o meu governo, nosso governo.

Desde que se iniciou a discussão sobre as mudanças de regras no pré-sal, temos nos articulado e resistido. Nem o governo nem a presidenta Dilma orientaram a bancada a ter outra posição. Entendemos, também, desde o início, que o governo não iria se envolver diretamente na disputa (sua posição sempre foi clara a respeito do pré-sal), dado que parte expressiva de sua base, e particularmente o presidente do Senado, senador Renan Calheiros, grande apoiador do governo, tinha interesse na matéria. Um governo de coalizão cobra seu preço.

Essa não era uma disputa entre governo e oposição, mas uma disputa sobre a estratégia que um país, detentor de um grande tesouro, tem de adotar para utilizá-lo. Fizemos as primeiras resistências e conseguimos a vitória de segurar o projeto no ano passado.

Quarta-feira, tínhamos a sensação de disputa apertada, até em razão da votação do dia anterior, do requerimento de retirada de urgência do projeto, que perdemos por apenas dois votos. Diante disso, avaliamos que poderíamos ganhar a votação. Fomos à luta. Isso com certeza também teve impacto no PSDB e setores do PMDB que antes avaliavam que ganhariam a votação independentemente de posicionamento do governo.

O Senador Renan Calheiros estava pessoalmente empenhado em aprovar a matéria. Desceu ao plenário para conversar com os colegas. Respeito o senador Renan, que tem sido um presidente do Congresso equilibrado e é, sem dúvidas, um grande apoiador e articulador da governabilidade da presidenta Dilma.

Por convicção, ou por ter de cumprir um acordo com a oposição, Renan, temendo perder a votação, cobrou de Dilma um posicionamento mais firme em relação ao tema. Saiu dai o substitutivo que foi aprovado. Sem ele, acredito que ganharíamos a votação.

Não temos de criticar Dilma, apontar o dedo, chamá-la de traidora. Não, não é. É presidenta num contexto político duro, de disputa intensa, frágil politicamente, que governa com uma composição de forças políticas que tem grandes contradições entre si. Nosso papel é disputar as posições do governo e dentro do governo, que também é nosso, ajudando-o a progredir.

Se posicionar contra o governo é tudo o que a direita quer. Vamos defender nosso governo, vamos defender Dilma! E vamos continuar disputando e cobrando o compromisso com o nosso projeto. Essa luta não está perdida, ainda tem a votação na Câmara e temos condições de nos organizarmos e nos mobilizarmos. A votação de ontem não teve folga expressiva, mostrando o quanto essa matéria mexe com o país e seus dirigentes. Cabe a nós mantermos a disputa sobre o que acreditamos, sobre os rumos do governo.

Uma das principais qualidades do lutador é resistir aos golpes, continuando na luta!

O Pré-sal é nosso!"

FONTE da complementação 2: escrito pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e transcrito e comentado no portal "Brasil 247"  (http://www.brasil247.com/pt/247/parana247/218514/Gleisi-Dilma-n%C3%A3o-traiu-eleitor-no-caso-do-pr%C3%A9-sal.htm).

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