terça-feira, 20 de janeiro de 2015

"VEJA" É O TRAPO DA IMPRENSA DA CASA GRANDE




"VEJA" É O LÚMPEN DA IMPRENSA DA CASA GRANDE

Por Davis Sena Filho, editor do blog "Palavra Livre" 

"A última capa dessa revista de maus presságios, que odeia o Brasil e seu povo, é o exemplo pronto e acabado do quanto uma publicação pode, cada vez mais, ficar decadente.

A sociedade brasileira tem a exata compreensão de que a imprensa de negócios privados e de direita pertencente aos magnatas bilionários de todas as mídias privadas tem lado partidário, cor ideológica e propósitos políticos e econômicos inconfessáveis, que deixariam um verdugo com as faces coradas de tanta vergonha.

Contudo, e apesar de essa imprensa em geral ter rasgado todos códigos do jornalismo para se transformar em um partido direitista a serviço do establishment, a revista Veja — a Última Flor do Fáscio dos irmãos Civita — se destaca nesse mar de lama transformado em uma gigantesca pocilga.

Mesmo com dificuldades financeiras para se manter, Veja — o lúmpen das publicações — continua a caminhar por veredas tortuosas, sempre em busca de achincalhar e desqualificar seus adversários, bem como manipular, dissimular e, se necessário, mentir para o público, porque o objetivo é desestabilizar o Governo Trabalhista e, se possível, as instituições republicanas.

Panfleto político de péssima qualidade editorial, o brucutu dos Civitas não desiste de sua leviandade vã e de sua vocação para o submundo, como ficou comprovado somente em dois episódios, porque os são às centenas no decorrer dos anos, como nos casos da aliança de "Veja" com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, além da tentativa de influenciar nas eleições presidenciais de 2014 quando tal libelo, a fim de favorecer o candidato do PSDB, Aécio Neves, antecipou sua distribuição nas bancas, residências e repartições públicas, pois evidentemente considerou que cooperaria para que o tucano vencesse as eleições.

A capa de "Veja", com o Lula e a Dilma, e a sombreá-los o título "Eles sabiam" foi uma demonstração de o quanto essa imprensa comercial e privada, originária do século XIX e início do século XX é ousada e vocacionada para a disputa política, sem, no entanto, assumir de forma transparente e objetiva seus interesses, a exemplo da manipulação sistemática que faz com os leitores, ouvintes e telespectadores, ainda mais quando tais cidadãos têm vocação conservadora, são politicamente reacionários e se mostram contrários à ascensão social da parcela mais pobre da população. Muitos denominam tais indivíduos de "coxinhas de classe média".

Uma manipulação dos fatos e dos acontecimentos praticada pela mídia hegemônica e de mercado tão constante e incansável, que se tornou um processo de cooptação e até mesmo de lavagem cerebral de grande parte da classe média colonizada, que despreza o Brasil e que sonha em ser rica, a ter como exemplos inquestionáveis dessa "lavagem" a questão do marco regulatório para os meios de comunicação, o caso do "Mensalão" e a operação "Lava Jato".

Operação que no momento tem como cerne desse grave caso a corrupção na Petrobras cometida por servidores de carreira em cargos de poder e mando, aprovados em concurso público nos anos 1970 e 1980, que passaram por vários governos, cujos crimes foram descobertos pela Polícia Federal sob o comando de mandatários trabalhistas do PT, governantes que determinaram demissões, e, com efeito, a prender criminosos de colarinho branco como nunca antes aconteceu na história deste País.

Servidores, executivos e empresários poderosos e influentes estão na cadeia. Só resta agora ao Estado brasileiro prender juízes e promotores que favorecem aliados políticos e ideológicos, pois escamoteiam os crimes daqueles que eles consideram parceiros da luta pelo poder, além dos interesses de classe social e da permanência, de preferência para sempre, da manutenção do status quo.

Quando o Brasil em nome de seus cidadãos começar a pôr na cadeia juiz e promotor que protegem aliados políticos e empresários ricos que cometem crimes, em uma blindagem que envergonha o Ministério Público e o Judiciário, aí, sim, teremos um País melhor, justo, democrático, com seu povo definitivamente emancipado e pronto para conquistar o desenvolvimento que os brasileiros do passado e do presente tanto sonharam e lutam para concretizar esse legado. Ponto.

Enquanto isso a sociedade desta Nação honrada tem que ainda conviver com um pasquim praticante de um jornalismo barato, de quinta categoria, de perfil fascistoide, como o é o da "Veja", panfleto também conhecido pela alcunha de "Detrito Sólido de Maré Baixa", que rompeu definitivamente com a civilização e se transformou em uma ponta de lança sórdida de interesses bárbaros e inconfessáveis, que se o diabo porventura os conhecesse certamente lamentaria tanta vilania e falta de qualquer ética quando se trata de publicar e repercutir seu jornalismo de esgoto, que, por sinal, é o mais autêntico praticado por essas bandas tupiniquins.

A última capa dessa revista de maus presságios, que odeia o Brasil e seu povo é o exemplo pronto e acabado do quanto uma publicação pode cada vez mais ficar decandente ou mergulhar profundamente no lodo de onde busca e capta sua essência. As cores de sua capa, similares às do PSDB, retratam o quanto tal pasquim atingiu os píncaros da iniquidade, da transgressão e do despotismo.

Realmente, a ausência de um marco regulatório leva essa gente a confundir liberdade de expressão com leniência, leviandade, virulência e irresponsabilidade. A revista "Veja" é o maior exemplo para a sociedade e para os jovens e futuros jornalistas de como não se deve fazer jornalismo.

A verdade é que a "Última Flor do Fáscio" se supera, pois somente se iguala à "doutrina" praticada no Instituto Millenium, uma "escola" controlada pelos magnatas bilionários de imprensa, que "ensina" como se deve conspirar e manipular a verdade para lá na frente, se tiver oportunidade, derrubar governos e governantes quando estes são de esquerda e principalmente trabalhistas.

Nada mais parecido com o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES) e o Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD), que cooperaram para derrubar o presidente trabalhista João Goulart, herdeiro político de Getúlio Vargas. Seria hilário se a repetição dessas realidades não fosse perigosa e trágica para os interesses do Brasil.

A direita brasileira e da América do Sul odeia os trabalhistas, porque foram eles, quando estiveram no poder, que desenvolveram suas nações, ordenaram o trabalho e efetivaram os direitos dos trabalhadores. Isso é imperdoável para a burguesia. É histórico. Não há o que contestar. Só se mentir, como o fazem os "historiadores", ou seja, os contadores de estórias e editorialistas empregados da imprensa familiar e empresarial amalocados no "Instituto Millenium", de vocação golpista e americanófila.

Então é assim: "Veja" resolve publicar mais um panfleto politico com as cores dos tucanos, pássaros de bicos longos e voos curtos, bem como derrotados quatro vezes pelo PT. Tal "reportagem" sem discernimento e seriedade contesta as promessas de Dilma Rousseff, aquela que derrotou o playboy Aécio Neves e toda a parafernália midiática que o apoiou antes, durante e depois do processo eleitoral.


"Veja", o pasquim que não tem nenhuma condição moral e jornalística para cobrar nada de quaisquer pessoas ou instituições ou entidades, considera que Dilma vai efetivar o programa econômico liberal de Aécio Neves e Armínio Fraga, quando a verdade é que a mandatária petista vai, sim, fazer ajustes necessários, mas sem perder o norte de suas administrações, que é garantir os direitos dos trabalhadores, promover o desenvolvimento e trabalhar pela inclusão social.

E é o que interessa, porque as condições da economia mundial não são das melhores, bem como o Brasil vai ter de enfrentar dias mais duros, porque a situação econômica de hoje não é igual, por exemplo, ao segundo mandato do governo Lula e aos dois anos iniciais do primeiro Governo Dilma Rousseff.
O resto é conversa fiada de jornalistas comprometidos com os interesses de seus patrões, de rentistas de grandes empresas, de jogadores das bolsas de valores e do mercado financeiro, além de afirmativas de "especialistas" de prateleiras da Globo News, da Globo, da CBN, da Jovem Pan e de suas congêneres.

As mídias alienígenas são afeitas a criar crises artificiais e, consequentemente, gerar confusão na economia com o propósito de desestabilizar governos, bem como conquistar apoio de uma classe média coxinha, alienada, que faz questão de ficar do lado dos ricos que a explora e nunca a convida para participar de seus saraus e regabofes na Casa Grande. Rico não se mistura, e somente casa com rico, com raríssimas exceções.

A verdade é que a "Veja" deveria se desestatizar, já que o pasquim elogia e defende tanto a iniciativa privada, bem como deveria parar de viver do dinheiro público, como o faz a "Editora Abril", que sobrevive graças às cinco mil assinaturas distribuídas em escolas e repartições públicas de São Paulo, além de receber dinheiro do Governo Federal, como ainda fazem os Correios.

Por sua vez, o Governo Trabalhista decidiu cortar as verbas publicitárias de "Veja" pagas pelo Banco do Brasil, Caixa Econômica e Petrobras. São R$ 6,1 milhões anuais, o que, sobremaneira, deve prejudicar os cofres de uma das piores revistas publicadas neste País e que não tem qualquer compromisso com seu desenvolvimento e o bem-estar da Nação.

Ainda é pouco, porque os crimes que "Veja" cometeu deveriam ser julgados tais quais aos do magnata bilionário australiano, Rupert Murdoch, cujos editores e chefes de redação cometeram crimes de espionagem com a finalidade de escandalizar as notícias e, por seu turno, favorecer a vendagem dos jornais de seu conglomerado midiático, bem como enfraquecer politicamente e socialmente autoridades e celebridades que, porventura, foram espionadas ilegalmente.

O Governo Dilma e sua Secretaria de Comunicação há muito tempo deveriam suspender a publicidade desses veículos privados e que se comportam como inimigos do País, porque não concordam com os programas de governo e o projeto de País apresentados ao povo brasileiro e por ele aprovado nas urnas.

"Veja" é o lúmpen da imprensa da Casa Grande. É isso aí."

FONTE: escrito por Davis Sena Filho, editor do blog "Palavra Livre". Transcrito no jornal digital "Brasil 247"  (http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/166919/Veja-%C3%A9-o-l%C3%BAmpen-da-imprensa-da-Casa-Grande.htm).

4 comentários:

iurikorolev disse...

Realmente, MT, a VEja é um lixo jornalistico, mas se o Aecio fizesse o que a Dilma fez após eleita, haveria um escarcéu de todo tamanho.

Unknown disse...

Ao Iurikorolev,
Concordo com o seu parecer sobre a "Veja". Pergunto: você realmente analisou as palavras de Dilma expressas antes e depois da eleição, conceitualmente e considerando a evolução da conjuntura nacional e internacional? Ou apenas está repetindo o (dissociado da realidade) discurso do limitado e frustrado Aécio?
Maria Tereza

iurikorolev disse...

Não repito nada.
Apenas observo a realidade (sem bitolas ideológicas de nenhuma espécie como sói acontecer com a esquerda medíocre do Brasil).
Quanto a ser limitado, olha, o páreo é duro entre Dilma e Aécio.

Unknown disse...

Ao Iurikorolev,
Achei interessante você observar isentamente "bitolas ideológicas" somente na esquerda, que você julga medíocre.
Muitos da direita acham Aécio brilhante. Sugiro ler neste blog postagem de 20 nov intitulada AÉCIO, "O GÊNIO ESTADISTA" (http://democraciapolitica.blogspot.com.br/2014/11/aecio-o-genio-estadista-sic.html).
Maria Tereza