A desculpa falsa de o Iraque ter ou pretender fabricar “armas de destruição em massa” foi o embasamento para os EUA e a Inglaterra, principalmente, sem o amparo legal da ONU, invadirem militarmente o Iraque, lá causarem mais de um milhão de mortes e se apropriarem da exploração de petróleo daquele país.
Hoje, o jornal Folha de São Paulo publicou, em matéria enviada de Roma por Clóvis Rossi, contundentes manifestações do Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, como a que chamou os subsídios agrícolas -que são concedidos principalmente por EUA e União Européia- de "armas de destruição em massa, que causam fome no mundo".
Transcrevo trechos do texto da Folha:
“Subsídio é arma de destruição, diz Amorim”
“Chanceler brasileiro afirma em Roma que o resultado da política [de subsídios] de países ricos é a fome no mundo.
Menos de uma hora depois de o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, ter dito ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que pretendia evitar uma excessiva politização da chamada "Cúpula da Fome", que começa hoje, o chanceler brasileiro Celso Amorim disparou um torpedo na direção dos países ricos.
Amorim chamou os subsídios agrícolas -que são concedidos principalmente por EUA e União Européia- de "armas de destruição em massa, que causam fome no mundo".
A declaração do chanceler é parte da ofensiva brasileira para evitar o que ele próprio chamou de "fantasma", qual seja, a suposição de que os biocombustíveis sejam responsáveis, ainda que parcialmente, pela disparada dos preços de alimentos, hoje o problema principal do planeta.
"O Brasil é parte da solução, não parte do problema", disse Amorim, em alusão ao fato de que o álcool obtido da cana-de-açúcar não toma áreas de produção de comida, não causa desmatamento na Amazônia e não polui como os combustíveis derivados do petróleo."
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