O site “Carta Maior” publicou ontem um artigo que nos atualiza sobre o potencial e grave risco de esfacelamento que a Bolívia está passando.
Para o Brasil, é altamente indesejável a desintegração territorial daquele país vizinho. Ela, entre outros males, como a desordem política e militar, lançaria a semente cancerosa da degeneração em toda a América do Sul. Isso somente seria vantajoso para aqueles que têm interesse em melhor subjugar este continente. “Dividir para dominar”.
Vejamos o texto de “Carta Maior”:
“Evo Morales reafirma ilegalidade de referendos autonomistas”
“O governo boliviano considerou ilegal os referendos realizados nos departamentos de Beni e Pando neste domingo (01/06). A proposta de autonomia teve apoio de 86% e 85% dos votantes, respectivamente, mas o índice de abstenção foi elevado. A OEA considera que a crise no país é muito preocupante.”
“Os departamentos (estados) de Beni e Pando, na Bolívia, realizaram neste domingo (1º jun) referendos sobre o estatuto de autonomia em relação ao governo boliviano. O apoio foi de 86% e 85% dos votantes, respectivamente. O índice de abstenção, porém, foi alto, assim como ocorreu no referendo realizado no departamento de Santa Cruz. Somando a abstenção e os votos pelo “Não”, 56,23% dos eleitores de Pando rechaçaram o estatuto autonômico proposto pelo governo do departamento. No departamento de Beni, esse índice chegou a 47,19%.
A consulta foi declarada ilegal pelo presidente Evo Morales. Durante o referendo, ocorreram conflitos em ambos os departamentos, que provocaram uma morte. Além disso, dezenas de urnas foram queimadas e houve denúncias de fraude durante as votações.
A Constituição boliviana – aprovada em dezembro – vem sendo questionada por algumas províncias que não vêem seus interesses representados no texto e propuseram a realização dos referendos de autonomia. As classes mais ricas da Bolívia também se opõem à proposta de reforma agrária apresentada pelo governo de Evo Morales.
Beni e Pando ocupam um quarto do território da Bolívia, mas têm apenas 5% da população do país, apresentando elevados índices de pobreza (entre 70 e 75%). Suas atividades econômicas são baseadas na exploração dos recursos florestais (a maior parte dos dois territórios está localizada na região amazônica) e na criação de gado.
Já o outro departamento que realizou referendo pela autonomia, Santa Cruz, é a região mais rica da Bolívia e seus governantes defendem a autonomia, entre outras razões, por não querer sua riqueza distribuída pelas regiões pobres do oeste do país, onde a maioria da população é de origem indígena.
No dia 22 de junho, será a vez do departamento de Tarija, que tem importantes reservas de gás do país, realizar um referendo autonomista.”
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