quarta-feira, 11 de junho de 2008

LE MONDE: OS EUA DEVEM SE INSPIRAR NO BRASIL

Li no blog do Favre uma notícia do jornal francês Le Monde de ontem (10/06), publicada pela agência inglesa BBC Brasil, elogiosa quanto à política monetária brasileira. O Le Monde sugere que o Banco Central dos EUA (Federal Reserve-FED) se inspire no bom modelo brasileiro.

“Le taux de croissance brésilien devrait dépasser 4 % cette année. Ben Bernanke, le directeur de la Fed, devrait s’inspirer de la politique monétaire brésilienne.” (Le Monde; AFP/Joshua Roberts).

“Para jornal francês, política de juros altos adotada pelo Banco Central brasileiro saneou a economia do país”.

“Paris - O presidente do Federal Reserve (Banco Central norte-americano), Ben Bernanke, deveria inspirar-se na política monetária brasileira, afirma um artigo publicado nesta terça-feira, 10, no jornal francês Le Monde.

O jornal destaca o recente aumento da taxa de juros de 11,75% para 12,25% imposto pelo Banco Central brasileiro e opina que a “política de juros altos saneou a economia brasileira”.

“A taxa de poupança no Brasil é o dobro da dos Estados Unidos, o déficit da balança de pagamentos é moderado, os brasileiros consomem menos do que os americanos e economizam mais. A taxa de crescimento do país deverá ultrapassar os 4% este ano”, afirma o diário. “Ben Bernanke, presidente do Fed, deveria se inspirar na política monetária brasileira.”

REMÉDIO BRASILEIRO

Segundo o Le Monde, a alta taxa de juros no Brasil serviu durante muito tempo para bancar investimentos em uma economia de riscos. “Hoje já não é mais o caso”, diz. “A dívida externa do Brasil é inferior a 50% de seu Produto Interno Bruto, as contas correntes estão perto do equilíbrio e o déficit público é baixo, mesmo que os juros altos aumentem a dívida do governo”.

O jornal diz que o Brasil não está mais na lista dos países de risco desde que a agência de avaliação de risco Standard & Poor’s concedeu o grau de investimento. “Os Estados Unidos estampam um grande déficit em sua balança de pagamentos e está com a moeda fraca. A taxa de poupança é baixa, às vezes negativa; o governo está mergulhado em déficits mesmo mantendo o crescimento do país”, diz.

“Uma política monetária à brasileira poderia remediar esses problemas”, conclui o Le Monde. “

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