quarta-feira, 15 de abril de 2015

OS 45 ANOS FINAIS DO IMPÉRIO ANGLO-SAXÃO




Frederick William Engdahl

Os 45 anos finais do Império Anglo-Saxão

Entrevista com William Engdahl, no "Fort Russ". Entrevista gravada por Sergey Pravosudov, do "Gazprom Magazine". Título original: “The final 45 years of the Anglo-Saxon Empire”. Traduzido para o inglês por Kritina Rus e para português pelo "pessoal da Vila Vudu". Postado no "Redecastorphoto"

O economista e cientista político norte-americano Frederick William Engdahl respondeu as perguntas do "Gazprom Magazine":

Gazprom Magazine (GM) – Mr. Engdahl, em seu livro "Um século de Guerra", o senhor oferece análise interessante dos eventos do século XX. Gostei especialmente do que o senhor escreveu sobre a crise de 1973, quando o petróleo subiu muito.

Frederick William Engdahl (FWE) – Em minha opinião, é óbvio que o aumento dos preços do petróleo não foi culpa exclusiva dos xeiques do petróleo, mas de EUA e Grã-Bretanha. Mais precisamente, dos bancos anglo-saxões, das empresas de petróleo e do complexo industrial militar. À altura de 1971, as reservas de ouro mal chegavam a um quarto das dívidas oficiais dos EUA. Isso, basicamente, significava que, se todos os proprietários de dólares exigissem o correspondente ouro, Washington não teria como pagar.

Quando anunciou (em 1971) aos proprietários estrangeiros de dólares que o papel que tinham nos cofres não mais seria trocado por ouro, o presidente Nixon “desligou os aparelhos” que mantinham viva a economia global. O comércio mundial, depois de 1971, converteu-se em mais uma arena de especulação com diferentes moedas.

Os reais autores da estratégia de Nixon estavam em influentes bancos comerciais na City de Londres. Sir Siegmund Warburg, Edmond de Rothschild, Jocelyn Hambro e outros viram uma oportunidade gigante no movimento de Nixon separar-se do padrão ouro de Bretton Woods, no verão de 1971.

Depois de agosto de 1971, quando Henry Kissinger tornou-se conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, a política norte-americana dominante passou a ser controlar, não desenvolver economias, por todo o mundo. Durante os anos 1970, passou a ser prioridade reduzir a população de países em desenvolvimento, e não, absolutamente, fazer qualquer transferência de tecnologias e estratégicas para o crescimento industrial local.

O Ministério das Finanças dos EUA firmou um acordo secreto com a Agência da Moeda [orig.Currency Agency] da Arábia Saudita, aprovado oficialmente em fevereiro de 1975. Por esse acordo, a massiva quantidade de dinheiro que os sauditas receberiam pela venda de petróleo teria de ser aplicada, toda ou quase toda, para pagar as dívidas do governo dos EUA. Um jovem banqueiro de banco de investimentos de Wall Street, David Mulford, foi mandado viver na Arábia Saudita, e tornou-se o principal “conselheiro de investimentos” no Banco Central da Arábia Saudita, encarregado de direcionar os petrodólares para os bancos “certos”, em Londres e New York, claro.

É preciso considerar com especial atenção o modo como a crise do petróleo afetou a Alemanha Oriental. A economia alemã desenvolveu-se muito bem, os indicadores de crescimento industrial surpreenderam o mundo. Depois de 1971, quando os EUA pararam de devolver ouro em troca de dólar-papel, muitos países começaram a preferir receber pagamento em marcos alemães. Resultado disso, o marco ficou muito fortalecido contra o dólar; nos EUA, esse fator passou a ser visto como ameaça.

Além disso, em 1969, o chanceler era o social-democrata Willy Brandt, que começava a seguir uma política de reaproximação com a URSS, na esfera econômica e na esfera política. Foi Brandt quem, em 1970, assinou o famoso acordo “gás-em-troca-de-gasodutos” [orig. Gas-Pipes]. E também, durante a guerra Israel-Árabes de 1973, Willy Brandt anunciou que a Alemanha Ocidental assumiria posição de neutralidade e proibiu os norte-americanos de usarem suas bases em território alemão para fornecer armas a Israel. Os EUA ignoraram a proibição. Resultado dela, contudo, a Alemanha, como outros países ocidentais sentiram o peso da “arma-petróleo”.

Claro que os EUA nunca perdoariam tal insubordinação, principalmente do país europeu que, desde a IIª Guerra Mundial, estava sob virtual ocupação por soldados norte-americanos. Em 1974, os efeitos da crise do petróleo levaram à falência vários bancos alemães; e ao enfraquecimento do marco alemão. O custo do petróleo importado pela Alemanha aumentou, em 1974, em cerca de inacreditáveis $17 bilhões de marcos alemães. Meio milhão de alemães ficaram desempregados. O choque desse repentino aumento de 400% no preço desse recurso básico de energia teve efeito devastador sobre a indústria, o transporte e a agricultura alemães.

Em 1974, Willy Brandt foi forçado a renunciar. Foi acusado de não ter sabido prever e enfrentar a crise do petróleo. E como se não bastasse, descobriu-se, “repentinamente”, que Günter Guilliom, conselheiro do Brandt, era agente da inteligência da Alemanha Oriental.

A vasta maioria das economias menos desenvolvidas do mundo, que não têm recursos significativos de petróleo, foram repentinamente forçadas a encarar um aumento inesperado e impossível para elas, de 400%, no custo das importações de energia, para nem falar no custo de produtos químicos e fertilizantes derivados do petróleo. A Índia, em 1973, tinha saldo positivo na balança comercial e vivia como saudável economia em desenvolvimento. Em1974, a Índia tinha, como reservas totais em moeda estrangeira, US$ 629 milhões, com as quais teria de pagar a conta anual de petróleo importado, de US$ 1,2 bilhões (mais que o dobro da moeda estrangeira disponível). Sudão, Paquistão, Filipinas, Tailândia e muitos outros países na África e na América Latina enfrentaram, em 1974, déficits sempre crescentes na balança de pagamentos. [1] No total, segundo o FMI, em 1974 os países em desenvolvimento tinham um déficit total na balança de pagamentos de US$ 35 bilhões, quantia gigantesca naqueles dias. Não surpreendentemente, esse déficit era quatro vezes maior que em 1973, i.e., era proporcional ao aumento nos preços do petróleo.

Ao mesmo tempo em que o choque do petróleo teve impacto devastador no crescimento industrial mundial, resultava em lucros gigantes para alguns círculos bem conhecidos: os maiores bancos em New York e Londres e para as “Sete Irmãs” – empresas de petróleo dos EUA e Grã-Bretanha. A maior parte dos lucros em dólar dos países da OPEP foi depositada em grandes bancos em Londres e New York, que operavam com dólares, como em todo o comércio internacional de petróleo.

Diferente da Alemanha, a Grã-Bretanha lucrou com a crise do petróleo. O aumento dos preços do petróleo tornou viável o desenvolvimento do campo de petróleo no Mar do Norte, e as empresas anglo-saxônicas conseguiram fazer bom dinheiro.

GM – Por que, em meados dos anos 1980, os preços do petróleo caíram vertiginosamente?

FWE – Durante o governo Reagan, a prosperidade econômica dos EUA alicerçada em investimentos nas mais avançadas tecnologias industriais, acabou. O aço foi declarado o “cinturão de ferrugem” da indústria, usinas fabricantes de aço foram abandonadas. Onde “havia dinheiro”, construíram-se shopping centers, novos cassinos e hotéis de luxo.

Para financiar essa orgia durante essa bolha de especulação, praticamente durante todo o mandato de Reagan o dinheiro veio de fora. Ninguém jamais pensa sobre o fato de que, ao longo desses cinco curtos anos, pela primeira vez desde 1914, os EUA passaram da posição de maior credor do planeta, para a posição de estado devedor. O crédito era “barato” e crescia exponencialmente. Famílias alcançaram níveis recorde de endividamento, para comprar casas, carros, carros de luxo. O governo endividou-se para financiar a diminuição da arrecadação e o aumento nos gastos militares do governo Reagan. Em 1983, o déficit anual em orçamento alcançou o nível sem precedentes de US$ 200 bilhões. Com um déficit recorde, cresceu a dívida nacional, enquanto os corretores de ações de Wall Street e seus clientes recebiam dividendos recordes. Os juros a pagar sobre o total da dívida do governo dos EUA, em seis anos, subiram de US$ 52 bilhões em 1980, quando Reagan chegou à presidência, para mais de US$ 142 bilhões em 1986 (1/5 de tudo que o estado arrecadava). Mas, apesar desses sinais tão preocupantes, o dinheiro continuava a sair da Alemanha, Grã-Bretanha, Holanda, Japão, todos ansiosos para pôr a mão nos lucros de especulação no mercado imobiliário e no mercado financeiro. Em 1980, a soma da dívida pública e privada dos EUA chegou a US$ 3,9 trilhões. Ao final da década, chegou a US$ 10 trilhões.

Para qualquer pessoa com senso de história ou boa memória, tudo isso é bem familiar. Já acontecera nos “loucos anos 1920” até 1929, quando o crash do mercado fez a roleta parar de repente. Quando, em 1985, nuvens de tempestade começaram a acumular-se no horizonte da economia dos EUA, ameaçando as ambições presidenciais do então vice-presidente George H. W. Bush, o petróleo, mais uma vez, lá estava, para fazer o papel de “salvador da pátria”. Apenas que, dessa vez, de modo muito diferente do que se vira nos choques do petróleo anglo-norte-americanos dos anos 1970.

Obviamente, Washington raciocinou assim: “Se podemos fazer subir o preço, porque não poderíamos fazê-lo despencar, se é o que mais interessa aos nossos objetivos?”

A Arábia Saudita foi persuadida a entrar em modo de “choque de petróleo reverso” e a afogar, com seu petróleo, o deprimido mercado mundial. Na primavera de 1986, o preço OPEP do petróleo caiu como pedra, até abaixo de US$ 10 por barril, a partir de um preço médio de quase US$ 26 por barril apenas uns poucos meses antes. Em março de 1986, quando queda ainda maior nos preços do petróleo ameaçava já desestabilizar os interesses vitais, não só dos concorrentes independentes pequenos, mas das maiores empresas britânicas e norte-americanas de petróleo, George Bush Pai fez uma viagem secreta a Riad onde, como o comprovam inúmeras testemunhas, e disse ao rei Fahd que fizesse parar a queda do preço do petróleo. O Ministro do Petróleo de Arábia Saudita, Zaki Yamani, serviu com o bode expiatório conveniente para políticas inventadas em Washington, e os preços do petróleo estabilizaram-se num nível relativamente baixo, de US$ 14-US$ 16 por barril.

O Texas e outros estados produtores nos EUA entraram em depressão, mas a especulação imobiliária em outros estados subiu à estratosfera, e o mercado de ações entrou novamente em ascensão subindo a alturas estonteantes.

A queda nos preços do petróleo em 1986 deu origem a uma bolha especulativa, comparável à situação em 1927-1929 nos EUA. As taxas de juros caíram ainda mais, com o dinheiro sempre voando rumo à Bolsa de Valores em busca de grandes lucros. Nasceu então, e logo virou moda em Wall Street, uma nova perversão financeira – a compra de dívidas.

Em 1979, quando em plena segunda crise do petróleo Paul Volcker começou seu choque monetário, o governo contou 24 milhões de norte-americanos vivendo abaixo da linha de pobreza, definida essa linha em 6 mil dólares anuais. Em 1988, o número já crescera mais de 30% , para 32 milhões de pessoas.

Como nunca antes na história dos EUA a política tributária dos Reagan-Bush concentrara a riqueza do país em mãos de uma pequena elite. A partir de 1980, conforme estudo feito pela Comissão de Orçamento da Câmara de Deputados do Congresso dos EUA, a renda real dos 20% mais ricos dos EUA crescera 32%.

Apelo direto de Washington ao governo japonês do Primeiro-Ministro Nakasone, dizia que presidente do Partido Democrata, fosse quem fosse, agrediria o comércio nipo-norte-americano. Funcionou. Nakasone pressionou o Banco do Japão e o Ministério da Finança, para “amaciá-los”, torná-los mais flexíveis. As taxas de juro japonesas, desde outubro de 1987, continuaram caindo, o que fazia com que ações e títulos dos EUA, bem como a propriedade imobiliária, aparecessem como investimentos relativamente “baratos”. Bilhões de dólares viajaram de Tóquio para os EUA. Durante o ano de 1988, o dólar permaneceu forte e Bush deu jeito de vencer as eleições contra o candidato do Partido Democrata, Dukakis. Para assegurar o apoio do Japão, Bush deu aos mais altos funcionários japoneses garantias privadas de que sua presidência faria melhorar as relações Japão-EUA.

GM – Qual o objetivo dos dois ataques dos EUA contra o Iraque?

FWE – Em 1990, o Iraque tinha enorme dívida externa e o governo dos EUA fizeram saber a Saddam Hussein que os EUA não se incomodariam se ele assaltasse o Kuwait. Mas, quando o Iraque invadiu o Kuwait, os EUA declararam guerra contra o Iraque. Importante a considerar, porque é traço característico: essa guerra foi financiada pelos aliados: Alemanha, Japão, Arábia Saudita e Kuwait, que pagaram US$ 54,5 bilhões aos norte-americanos. Como resultado, os EUA completaram a operação “Tempestade no Deserto” com lucro líquido de US$ 19 bilhões de dólares. Foi guerra necessária para que os EUA fortalecessem sua posição no Oriente Médio, e para ameaçar os aliados dos EUA na Europa e na Ásia. As causas da guerra de 2003 foram semelhantes.

GM – Por que os EUA permitiram declínio tão acentuado nos preços do petróleo no final do ano passado, se levou a uma drástica redução do investimento na produção do petróleo de xisto? Não poderiam, em vez disso, usar as conexões que têm com os terroristas, para organizar ataques aos campos de petróleo no Iraque, Nigéria, Angola, Argélia e outros países?

FWE – Sobre a questão do petróleo: a estratégia do Departamento de Estado dos EUA e da CIA é que a Arábia Saudita derrube os preços do petróleo, em primeiro lugar para pressionar Rússia, Irã e Venezuela. Não acho que tenham considerado qualquer efeito sobre o petróleo de xisto nos EUA, pelo menos inicialmente. Nunca subestime a estupidez das figuras chaves em Washington, tampouco a superestime. Acho que, nesse caso, o mais provável é que tenha avaliado que ExxonMobil, Chevron e British Petroleum conseguiriam sobreviver a seis meses de preços reduzidos. A indústria do petróleo de xisto, nos EUA são empresas médias e pequenas. O Big Oil nos EUA foi empurrado para o fundo do palco. Ano passado, a Shell definiu o investimento em petróleo de xisto como o maior erro da empresa, e saiu, antes de os preços caírem.

É possível que logo recomecem os ataques terroristas à infraestrutura e à capacidade de produção do petróleo. A estratégia de Washington é quebrar a Rússia. Essa é a missão da facção do complexo militar–industrial, Lockheed-Martin, Boeing, Raytheon, General Dynamics etc. e bancos de Wall Street que querem destruir a Rússia por motivos geopolíticos.

Em termos geopolíticos, com a volta de Vladimir Putin à presidência, a Rússia passou a recusar-se a ajoelhar e rezar como vassalo do “ocidente”. A Rússia recusa-se a envolver-se em qualquer questão que afete a segurança do país, como mísseis de defesa e ataque nuclear preventivo aos EUA.

A cooperação econômica, política e militar entre a Rússia e os BRICS e entre a Rússia e a China representa ameaça à hegemonia da elite política dos EUA: uma Eurásia única economica e financeiramente, e militarmente independente (principalmente graças às capacidades militares da Rússia).

Há 20 anos, Washington eliminou todas as defesas de qualquer União Europeia independente que houvesse, com a assinatura do Tratado de Maastricht. Agora, a União Europeia está voltando a falar de constituir exército seu, independente da OTAN. Washington deu risada. Além do mais, a Rússia está cada vez mais atraente para a indústria alemã.

Segundo o diretor da empresa privada de inteligência norte-americana “Stratfor”, George Friedman, nos últimos cem anos a estratégia dos EUA foi impedir qualquer aproximação entre Rússia e Alemanha. Essa aproximação agora, em minha opinião, é a razão pela qual Washington convocou a Arábia Saudita para que encenasse o colapso nos preços do petróleo. Nada tem a ver com empresas de petróleo à beira da falência. Só tem a ver com as elites arruinadas do Império norte-americano: a Síria não trabalha para elas, o Egito não funciona a favor delas, a Turquia não funciona a favor delas, os países BRICS estão criando um novo banco de infraestrutura fora de qualquer controle do FMI e do Banco Mundial.

O que há é um bando de oligarcas norte-americanos tentando desesperadamente remendar os buracos no casco do “Titanic” deles. Mas nada poderá ajudá-los. O povo já ficou esperto demais."
Nota dos tradutores

[1] Para ter ideia pálida do que foi o ano de 1974 no Brasil, ver: 16/3/1974 Folha de São Paulo em: “Toma posse o general Geisel: Esse é o ano da esperança”.

FONTE: entrevista com William Engdahl, no "Fort Russ". Entrevista gravada por Sergey Pravosudov, do "Gazprom Magazine". Título original: The final 45 years of the Anglo-Saxon Empire”. Traduzido para o inglês por Kritina Rus e para português pelo "pessoal da Vila Vudu". Postado no "Redecastorphoto"   (http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2015/04/os-45-anos-finais-do-imperio-anglo-saxao.html).
O entrevistado, Frederick William Engdahl, é jornalista, conferencista e consultor para riscos estratégicos. É graduado em política pela Princeton University; autor consagrado e especialista em questões energéticas e geopolítica da revista online New Eastern Outlook.
Nascido em Minneapolis, Minnesota, Estados Unidos, é filho de F. William Engdahl e Ruth Aalund (nascida Rishoff). F.W. Engdahl cresceu no Texas, e depois de se formar em engenharia e jurisprudência na Princeton University em 1966 (bacharelado), e pós-graduação em economia comparativa da University of Stockholm 1969-1970. Trabalhou como economista e jornalista free-lance em Nova York e na Europa. Começou a escrever sobre política do petróleo, com o primeiro choque do petróleo na década de 1970. Tem sido colaborador de longa data do movimento La Rouche.
Seu primeiro livro foi "A Century of War: Anglo-American Oil Politics and the New World Order", onde discute os papéis de Zbigniew Brzezinski, de George Ball e dos EUA na derrubada do xá do Irã em 1979, que se destinava a manipular os preços do petróleo e impedir a expansão soviética. Engdahl afirma que Brzezinski e Ball usaram o modelo de balcanização do mundo islâmico proposto por Bernard Lewis.Em 2007, completou seu livro "Seeds of Destruction: The Hidden Agenda of Genetic Manipulation". Seu último livro foi: "Gods of Money: Wall Street and the Death of the American Century" (2010).
Engdahl é autor frequente do sítio do "Centre for Research on Globalization". É casado desde 1987 e vive há mais de duas décadas perto de Frankfurt am Main, na Alemanha.

Nenhum comentário: