quarta-feira, 29 de abril de 2015

A TRAIÇÃO DO PSB, SUBJUGADO PELA DIREITA


Aécio, Aloysio Nunes, Rollemberg e Marina, todos do agrado da burguesia apátrida, antinacional, entreguista e golpista


ROLLEMBERG TRAI E O PSB ABRAÇA A DIREITA

Por DAVIS SENA FILHO

"Após duas décadas de alianças, políticos e partidos historicamente ligados às lutas populares e que se consideravam de esquerda resolvem se afastar do Governo Trabalhista.

O Partido dos Trabalhadores tem de se posicionar, de forma clara e objetiva, quanto a discernir, ponderar, avaliar e, consequentemente, perceber com lucidez e decisão de propósitos de quem são seus inimigos e aliados, para poder separá-los, além de reconhecer quais são os traidores de sua base, que se juntaram aos interesses políticos e econômicos dos partidos de oposição, ideologicamente conservadores e reacionários, bem como aos ditames de uma burguesia apátrida, antinacional, portanto, entreguista e golpista.

A burguesia que tem como principal ponta de lança de seus interesses escusos e nada confessáveis a poderosa máquina midiática privada, controlada pelos magnatas bilionários de imprensa, que ora se esforçam para criminalizar o PT e, por seu turno, desconstruir a imagem da presidenta Dilma Rousseff, porque a intenção é fomentar um clima de crise política e institucional, artificial e sem fim, que favoreça a efetivação de um impeachment, a ter como fundo de pano a corrupção na Petrobras e as "pedaladas" fiscais, principalmente no que tange ao uso de recursos da Caixa Econômica para pagar os benefícios sociais, fato esse rotineiro desde a época do presidente tucano Fernando Henrique Cardoso.

Os dois pesos para uma medida da oposição, no que se trata a combater o governo trabalhista de Dilma, se tornou uma música de uma nota só. A verdade é que se exauriu a tentativa e a má-fé por parte da imprensa familiar e da oposição demotucana no que diz respeito ao impeachment, que vai fracassar, a corrigir, já fracassou, porque até mesmo homens com poder e de oposição consideraram inviável o impedimento da mandatária, a exemplo do presidente conservador da Câmara, deputado Eduardo Cunha, do ex-presidente FHC, líder nacional do PSDB, do eterno candidato tucano, José Serra, além de juristas de renome e opositores do PT, nas pessoas de Miguel Reale Jr., Ives Gandra Martins e José Eduardo Alckmin.

Eles não acreditam no impedimento de uma presidenta que não incorreu em quaisquer crimes de responsabilidade, bem como jamais tergiversou quanto ao combate à corrupção, realidade essa que recrudesceu nos governos trabalhistas de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff, mandatários que juntos realizaram mais de três mil operações de combate aos crimes de corrupção, como não deixam margem à dúvida as prisões de empresários e executivos poderosos da iniciativa privada, além de servidores públicos de alto escalão, que há décadas roubavam a Petrobras, muito anos antes de o PT ter conquistado o poder presidencial.

Eis que após duas décadas de alianças e lutas políticas e eleitorais pelo poder, principalmente no âmbito federal, a partir de 2013 e 2014, políticos e partidos historicamente ligados às lutas populares e que se consideravam de esquerda resolvem se afastar do Governo Trabalhista e romper as alianças históricas em prol dos trabalhadores e dos interesses do Brasil. Muitos tiveram essa conduta no decorrer do tempo, a exemplo de Luiza Erundina, Luciana Genro, Heloisa Helena, Cristovam Buarque, Marina Silva, Eduardo Campos, dentre outros, que não tiveram a compreensão, apesar dos muitos erros do PT, que o Brasil avançou em direção ao seu desenvolvimento e independência.

Não entenderam realmente os avanços que, de uma forma ou de outra, ou às duras penas, estão a ser efetivados por intermédio de inúmeros programas, que se transformaram em gigantesca rede de proteção e inclusão social, concomitantemente à implementação de um projeto de País, fiscalizado pela CGU e demais órgãos de fiscalização e investigação do Governo Federal, cujos atos e ações são inquestionavelmente republicanos e públicos, porque os governos do PT deram publicidade à sua maneira de governar, por intermédio da criação do Portal da Transparência.

Trata-se da ferramenta de onde a imprensa meramente de mercado e de caráter alienígena retira suas informações, ao tempo que aproveita para elaborar suas reportagens oposicionistas e mequetrefes, cujo propósito é atacar o Governo Dilma, através de um portal que foi concebido no governo trabalhista de Lula. Durma-se com um barulho desses. A verdade é que a doutrina dos governos trabalhistas é a busca incessante pelo desenvolvimento, a luta pela igualdade de oportunidades, a fundamentar a efetivação de justiça social, bem como acabar com a pobreza extrema e fazer com que o Brasil deixe de ser uma Nação onde milhões de indivíduos são vítimas da fome, e, com efeito, não têm a mínima condição de ascender socialmente, porque quem sente fome não pensa, quanto mais vai ter força para estudar, trabalhar, e, por sua vez, melhorar de vida.

É dantesca, ao tempo que quixotesca, a falta de discernimento, a vaidade temperada pela burrice de certos indivíduos como Marta Suplicy, Paulinho da Força, Rodrigo Rollemberg e Carlos Lupi. Sempre foram políticos medíocres, alavancados pelas circunstâncias e conhecimento político junto às lideranças de seus partidos, no que é relativo ao apadrinhamento no começo de suas carreiras, bem como à "sorte", no caso de Rollemberg, que viu, no decorrer dos anos, praticamente todas as lideranças político-partidárias do Distrito Federal se envolverem em crimes de responsabilidade e denúncias sobre corrupção.

Imputações que terminaram em prisões, a exemplo de pessoas como Luiz Estevão e José Roberto Arruda, além de acusações gravíssimas a Gim Argelo, sendo que Joaquim Roriz e Paulo Octávio foram cassados ou destituídos de seus cargos eletivos, dentre muitos outros políticos que colocaram Brasília como um lugar de governantes criminosos e corruptos, posseiros violentos e ilegais de terras pertencentes ao Estado, além de patrimonialistas, sempre no olho do furacão, a pôr em risco a democracia, porque o Distrito Federal quase perdeu sua autonomia política e seus cidadãos o direito de eleger o governador e os deputados distritais.

O governador Rodrigo Rollemberg, apesar de sua mediocridade política, pois foi um péssimo deputado e senador, além de ficar em cima do muro, sempre soube ocupar os espaços, não conquistados por competência do atual mandatário do DF, mas, sobretudo, ocupados graças à incompetência e à vocação para o crime de certas lideranças de Brasília, que ficaram a cair, uma após a outra, em uma sucessão de miserabilidade política, que restou apenas a Rollemberg concorrer às eleições para governador com a faca e o queijo na mão.

Os fatos conspiraram a favor de Rollemberg, porque o petista, Agnelo Queiroz, apesar de seus reconhecidos equívocos políticos e a dificuldade para se defender de muitas acusações infundadas e perpetradas pela direita brasiliense, uma das mais reacionárias e violentas do País, foi alvo constante de uma das campanhas mais infames e sórdidas que se tem notícia no Distrito Federal durante todo seu mandato como governador. Desde o início, aconteceu movimentação da direita, em termos nacionais, para que o Governo do PT no DF não conseguisse a reeleição, com a cumplicidade do PSB, ou seja, de Rodrigo Rollemberg, que se beneficiou de aliança com o PT e depois o traiu em âmbito nacional e regional. A resumir: Rollemberg tem compromisso com a burguesia e com seus projetos pessoais, como, por exemplo, ser candidato a presidente da República. Ponto.

Agnelo Queiroz errou muito. Não reagiu à altura contra os diários conservadores "Correio Braziliense" e "Jornal de Brasília", que sempre foram beneficiados pela publicidade e empréstimos estatais, bem como cresceram sob a proteção da ditadura militar. O petista se calou perante a "TV Globo" local, que tem como principal voz oposicionista o jornalista direitista Alexandre Garcia, ex-porta-voz do governo do general João Figueiredo. Hoje, Garcia se comporta como o "baluarte" da moral e dos bons costumes, o que me leva a rir, quase gargalhar, quando ele demonstra "preocupação" com a educação, a saúde e a corrupção.

A verdade, pura e simples, é que tal jornalista de confiança dos Marinho apoiou todos os governos de direita desde a ditadura militar, exatamente os governos mais corruptos e violentos, que entregaram as nossas riquezas para os estrangeiros e ao empresariado nacional golpista e apátrida. Soa ridículo, mas tal desfaçatez e hipocrisia acontecem todos os dias de sua aparição na telinha global. Somente um ser alienado ou que compartilha com as "ideias" de Alexandre Garcia poderia acreditar na suposta "preocupação" de um executivo de confiança da "Globo" com os rumos do Brasil. Um homem que, indubitavelmente, nunca primou pela defesa dos interesses desta Nação. Duvida? Basta, então, pesquisar sua história e verificar o lado que o jornalista sempre esteve. Ponto.

Rollemberg, astuto e sorrateiro, calou-se. Não defendeu, em hipótese alguma, no plenário do Senado, o governador Agnelo Queiroz e o PT dos ataques virulentos da direita. Jamais o oportunista parlamentar do PSB moveu uma palha para proteger o governador e o partido que o ajudou, e muito, a se eleger senador. Praticamente, sumiu da CPI do Carlinhos Cachoeira, "Época" (Globo) e "Veja", quando Agnelo foi se defender e se saiu muito bem das armadilhas montadas pela direita golpista, pois queria derrubá-lo do poder. Anteriormente, Rodrigo Rollemberg traiu o PT nacional, o Governo Lula, a quem ele serviu como secretário da poderosa Secretaria de Inclusão Social do Ministério da Ciência e Tecnologia.

O político "socialista" sempre se beneficiou da força política e eleitoral do PT, pois também ocupou o cargo de Secretário de Turismo do Governo Cristovam Buarque, ex-político do PT e que hoje está no PDT a fazer uma oposição rancorosa ao Governo Dilma, porque demitido por Lula quando era ministro da Educação ao ter desempenho medíocre, retórico, pois sem objetividade, realidade essa que não ocorreu no período do atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, à frente da Pasta, que abriu as portas das universidades públicas e das escolas técnicas a milhões de brasileiros oriundos das classes populares, que jamais sonhariam um dia terem acesso a tantas oportunidades para se instruir e, por sua vez, melhorar de vida.

Rodrigo Rollemberg não é um socialista de fato. Nunca expôs suas ideias e muito menos combateu a direita enquanto titular dos mandatos de deputado federal e senador. Ingrato com seus aliados de esquerda, o governador do DF pagou com traição política ao PT e ao governador Agnelo Queiroz, no Congresso Nacional, e compôs com a direita na corrida presidencial de 2014. O socialista histórico e ex-presidente do PSB nacional, Roberto Amaral, lamentou a adesão do partido e de suas principais lideranças aos interesses da oposição de direita, e afirmou:

"O PSB renasceu em 1985 como uma opção socialista e democrática no campo da esquerda. Este era o projeto original comandado por Jamil Haddad e consolidado a partir dos anos 1990 por Miguel Arraes. Da esquerda transitou para a centro-esquerda, e, com a última decisão de apoiar o candidato da direita (Aécio Neves/PSDB), optou claramente pelo campo do centro-direita. Esse novo partido não pode mais dizer-se herdeiro de João Mangabeira, nosso fundador em 1947, ou de Miguel Arraes, de cujo pensamento comum transformou-se numa contrafação. O PSB de hoje repudia tudo o que seus fundadores representam".

Roberto Amaral foi defenestrado e desconsiderado por Eduardo Campos, Beto Albuquerque e, evidentemente, Rodrigo Rollemberg, que levaram o partido de Jamil Haddad, Miguel Arraes e João Mangabeira para o campo da direita. Atualmente, o PSB é um partido conservador, cooptado pelo sistema de capitais e deslumbrado com o crescimento no Congresso e com a conquista de alguns estados e municípios. A sua bancada se alinha aos interesses do conservadorismo na Câmara e no Senado.

A coerência ideológica de Rollemberg tem a consistência de um sorvete que caiu no chão, a derreter em asfalto quente. Trata-se, sem sombra de dúvida, de um político de centro-direita e a serviço das oligarquias, mas com um discurso dúbio, afeito aos coxinhas de classe média, mas não àquele público que votou no PT e concedeu à Dilma Rousseff mais de 54 milhões de votos, por compreender que acima das disputas políticas e dos escândalos que servem como armas em forma de manchetes para a oposição de direita, aconteceram realisticamente os avanços sociais, na forma de inclusão de segmentos da sociedade brasileira que não tinham nem o direito de consumir quanto mais ascender socialmente.


Rodrigo Rollemberg é filho da oligarquia e, como tal, procede. Deveria assumir sua condição de político e governante que abandonou o socialismo e hoje compõe e defende os interesses dos mais ricos ou dos que sempre puderam mais. A inclinação do PSB para o conservadorismo é visível, porque a renovação de seus dirigentes partidários e que ocupam ou ocuparam cargos em prefeituras, governos estaduais, casas legislativas e ministérios se deu por intermédio de tecnocratas, principalmente em Pernambuco, estado que controla o PSB, mesmo após o acidente trágico que levou à morte o candidato Eduardo Campos.

Esses tecnocratas saíram direto de seus cargos e funções para a política. Esse processo se deu praticamente em todo o País, quando se trata do PSB. Os novos políticos do ex-partido socialista não foram forjados na luta partidária do dia a dia, bem como praticamente não conhecem a fundo a história do PSB, seus princípios ideológicos e políticos, porque não se dedicam a conhecer também as realidades sociais do povo brasileiro, que se apresentam e têm de ser solucionadas, com o objetivo de melhorar sua vida. O PSB é um partido que envelheceu em suas ideias e concepções e hoje é um inquilino da Casa Grande, em forma de engenho do ciclo da cana de açúcar.

A aliança com o conservador PSDB de Aécio Neves, depois de ser aliado de governos trabalhistas durante quase 12 anos, é um dos maiores absurdos e erros cometidos pela classe dirigente do PSB, uma legenda que traiu a si, aos outros e deixou sua militância perplexa. É imperdoável a postura irresponsável de um partido que se dizia socialista e que abandonou o projeto de País de governos que, apesar dos percalços, entraves e dificuldades, não foram cooptados pelo sistema de capitais cujos porta-vozes são as mídias monopolizadas por meia dúzia de famílias que têm a ousadia e o atrevimento de considerar que o Brasil de 210 milhões de habitantes e a sexta economia do mundo é o quintal das casas delas. Seria cômico se não fosse surreal e trágico.

Os dirigentes atuais do PSB, à frente Rodrigo Rollemberg por ser governador e jamais por ser um pensador político e ideológico, porque ele, como o faz e sempre o fez a direita, recusa-se a pensar o Brasil, entregaram-se ao hedonismo coxinha, que é ideológico e tem como combustível o ódio, que fomenta os protestos da classe média brasileira nas redes sociais e nas ruas. Engana-se redondamente aquele que pensa que o sentimento da direita é de indignação, de injustiça e de dor quando protesta. Não, caras pálidas... É de ódio por ter percebido que o Brasil está a ser construído para todos e não apenas para as classes que sempre foram privilegiadas e favorecidas. O PSB escolheu seu caminho, e é exatamente o caminho por onde já trilhava há 500 anos a burguesia brasileira. Rollemberg trai e o PSB abraça a direita. É isso aí."


FONTE: escrito por DAVIS SENA FILHO no portal "Brasil 247"   (http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/178794/Rollemberg-trai-e-o-PSB-abra%C3%A7a-a-direita.htm). [Imagem do google e sua legenda acrescentadas por este blog 'democracia&política'].

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