Operação Zelotes: Valor sonegado ultrapassa Lava Jato
[OBS deste blog 'democracia&política':
Forçados pela publicação da "The Economist", os noticiários de TV "Jornal da Band" e "Jornal Nacional", ontem, sábado à noite, saíram do silêncio e finalmente abordaram a "Operação Zelotes". Contudo, de forma altamente criativa que deve ter consumido grande esforço de edição. Os corruptos apontados foram somente os do órgão público CARF. As empresas que corromperam funcionários com propinas para assim roubarem bilhões se apropriando de recursos públicos (impostos devidos) foram tratadas anonimamente, muito "en passant", como vítimas de propostas irrecusáveis de funcionários corruptos.
Forçados pela publicação da "The Economist", os noticiários de TV "Jornal da Band" e "Jornal Nacional", ontem, sábado à noite, saíram do silêncio e finalmente abordaram a "Operação Zelotes". Contudo, de forma altamente criativa que deve ter consumido grande esforço de edição. Os corruptos apontados foram somente os do órgão público CARF. As empresas que corromperam funcionários com propinas para assim roubarem bilhões se apropriando de recursos públicos (impostos devidos) foram tratadas anonimamente, muito "en passant", como vítimas de propostas irrecusáveis de funcionários corruptos.
Aliás, corrijo. As TV não foram tão criativas como expressei. Já são craques nessa fórmula. Por exemplo, no caso da compra de dezenas de votos (por equivalente a R$ 530 mil cada) para conseguir a reeleição do FHC/PSDB, a mídia foi igualmente unipolar. Somente quis saber, escandalizar e condenar dois deputados que confessadamente venderam seus votos. A imprensa não quis saber dos demais vendedores e nunca ousou pensar em investigar quem comprou os votos e se foi com recursos públicos desviados ou de ilegal caixa 2.
Sobre a "Zelotes", vejamos o artigo seguinte do portal "Vermelho"]:
"O prejuízo aos cofres públicos com o esquema deflagrado na 'Operação Zelotes' pode “apequenar” o total desviado no caso de corrupção na Petrobras. A informação é da revista inglesa "The Economist", em reportagem publicada esta semana, que aponta que os valores em impostos sonegados da Receita Federal ultrapassa R$ 19 bilhões.
Essa quantia [mais de] oito vezes maior do que a corrupção na estatal. A força-tarefa da Operação Lava-Jato calcula que R$ 2,1 bilhões foram desviados da empresa. [19 bi/2,1 bi = 9,05 vezes maior].
Em apenas cinco processos investigados até agora, foram contabilizados R$ 5,7 bilhões em impostos atrasados e multas de empresas, quase o dobro dos pagamentos feitos no esquema de corrupção descoberto pela Operação Lava Jato, da Política Federal. “Esse valor [inicial já] é aproximadamente o dobro dos supostos desvios do esquema de corrupção envolvendo a Petrobras”, disse a revista [inglesa]. Segundo a publicação, só esse montante pagaria 74% dos gastos com a Copa do Mundo no Brasil.
A "Operação Zelotes", deflagrada pela PF na quinta-feira (26), apresenta uma lista com mais de 70 empresas envolvidas no esquema de sonegação de impostos.
Entretanto, a mídia brasileira não tem abordado o caso com a mesma exaustão que a Operação Lava Jato. Até o momento, não há indícios de que políticos estejam envolvidos no esquema. Os protagonistas dessa vez são empresários e o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), órgão do Ministério da Fazenda responsável por julgar recursos de contribuintes autuados pela Receita Federal.
A "Folha de S. Paulo" divulgou, na quarta-feira (1º/4), com exclusividade, o nome de 12 empresas envolvidas no esquema de sonegação de impostos. São elas: os bancos Santander, Safra e Bradesco; as companhias Cimento Penha, Boston Negócios, J.G. Rodrigues, Café Irmãos Julio e Mundial-Eberle; as montadoras Ford e Mitsubishi; o grupo Gerdau; e a maior afiliada da rede Globo, a RBS.
Para o líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), a arrecadação de imposto no Brasil poderia aumentar 23,6% caso fosse eliminada a sonegação. “Calcula-se que, no ano passado, a sonegação alcançou no Brasil um montante de R$ 518,2 bilhões, levando-se em conta a estimativa de PIB do ano de 2014”, ressaltou, em entrevista ao PT na Câmara."
FONTE: da Agência PT de Notícias. Transcrito no portal "Vermelho" (http://www.vermelho.org.br/noticia/261666-1). [Título, imagem do google, observação inicial e demais trechos entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política'].
"O prejuízo aos cofres públicos com o esquema deflagrado na 'Operação Zelotes' pode “apequenar” o total desviado no caso de corrupção na Petrobras. A informação é da revista inglesa "The Economist", em reportagem publicada esta semana, que aponta que os valores em impostos sonegados da Receita Federal ultrapassa R$ 19 bilhões.
Essa quantia [mais de] oito vezes maior do que a corrupção na estatal. A força-tarefa da Operação Lava-Jato calcula que R$ 2,1 bilhões foram desviados da empresa. [19 bi/2,1 bi = 9,05 vezes maior].
Em apenas cinco processos investigados até agora, foram contabilizados R$ 5,7 bilhões em impostos atrasados e multas de empresas, quase o dobro dos pagamentos feitos no esquema de corrupção descoberto pela Operação Lava Jato, da Política Federal. “Esse valor [inicial já] é aproximadamente o dobro dos supostos desvios do esquema de corrupção envolvendo a Petrobras”, disse a revista [inglesa]. Segundo a publicação, só esse montante pagaria 74% dos gastos com a Copa do Mundo no Brasil.
A "Operação Zelotes", deflagrada pela PF na quinta-feira (26), apresenta uma lista com mais de 70 empresas envolvidas no esquema de sonegação de impostos.
Entretanto, a mídia brasileira não tem abordado o caso com a mesma exaustão que a Operação Lava Jato. Até o momento, não há indícios de que políticos estejam envolvidos no esquema. Os protagonistas dessa vez são empresários e o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), órgão do Ministério da Fazenda responsável por julgar recursos de contribuintes autuados pela Receita Federal.
A "Folha de S. Paulo" divulgou, na quarta-feira (1º/4), com exclusividade, o nome de 12 empresas envolvidas no esquema de sonegação de impostos. São elas: os bancos Santander, Safra e Bradesco; as companhias Cimento Penha, Boston Negócios, J.G. Rodrigues, Café Irmãos Julio e Mundial-Eberle; as montadoras Ford e Mitsubishi; o grupo Gerdau; e a maior afiliada da rede Globo, a RBS.
Para o líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), a arrecadação de imposto no Brasil poderia aumentar 23,6% caso fosse eliminada a sonegação. “Calcula-se que, no ano passado, a sonegação alcançou no Brasil um montante de R$ 518,2 bilhões, levando-se em conta a estimativa de PIB do ano de 2014”, ressaltou, em entrevista ao PT na Câmara."
FONTE: da Agência PT de Notícias. Transcrito no portal "Vermelho" (http://www.vermelho.org.br/noticia/261666-1). [Título, imagem do google, observação inicial e demais trechos entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política'].
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