TUCANA "FOLHA" PUBLICA: "NÃO DÁ PRA COLOCAR A MÃO NO FOGO POR TUCANOS"
[Título e trechos entre colchetes em azul acrescentados por este blog 'democracia&política']:
"O jornal de Otávio Frias comenta a declaração do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró de que o governo PSDB/FHC teria se beneficiado de US$ 100 milhões [equivalentes hoje a cerca de R$ 1 bilhão] em propinas decorrentes da compra de uma empresa argentina pela petrolífera, e recentes acusações contra Aécio Neves (PSDB-MG).
Publica a "Folha": “Nada, a esta altura do escândalo, é implausível. Ainda que o PT, tudo indica, tenha amplificado a exploração dos recursos públicos com a típica voracidade dos neófitos [diferentemente dos tucanos, que já eram veteranos em corrupção. A "Folha" aparenta orgulho pela comprovada experiência do PSDB], poucos estariam dispostos –haja vista o caso do mensalão "mineiro"– a pôr a mão no fogo por seus antecessores no poder”.
["Mensalão Mineiro" é criativo disfarce adotado por toda a mídia para o "mensalão tucano", assim dispersando para todos os mineiros a culpa pelos crimes do mensalão do PSDB]
Do "Brasil 247" – [O jornal tucano] ‘Folha de S. Paulo’ comenta as recentes delações contra o PSDB na Lava Jato e afirma que “poucos estariam dispostos –haja vista o caso do mensalão "mineiro" [sic]– a pôr a mão no fogo pelos antecessores do PT no poder”.
Leia abaixo o texto da "Folha":
Acerto geral
"Vai-se comprovando não ter limites –como também tem sido sem limites a prática da corrupção no Brasil– o potencial de escândalos aberto pela Operação Lava Jato.
Em poucos dias, sucederam-se acusações contra Jaques Wagner, chefe da Casa Civil do governo Dilma Rousseff (PT), contra Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, contra os ex-presidentes Lula (PT) e Fernando Collor (PTB-AL), contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e contra "figuras não identificadas" do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB)
[Tais figuras nunca foram, nem serão "identificadas", pois tradicionalmente os tucanos são blindados pela Justiça e pela mídia, e as denúncias e investigações são engavetadas].
Nunca é demasiado lembrar, não valem como prova as alegações feitas por quem já está comprometido na investigação em curso.
[Melhor explicando: não valem com provas somente se as alegações forem contra tucanos].
Na medida em que o recurso das delações premiadas ganha a adesão de mais e mais interessados, os personagens retardatários entregam-se a uma corrida para se valorizarem como portadores de informação nova e impactante.
De Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, partem indicações do envolvimento de Lula nas negociatas e a afirmação de que o governo PSDB/FHC teria se beneficiado de US$ 100 milhões em propinas decorrentes da compra de uma empresa argentina pela petrolífera.
Nada, a esta altura do escândalo, é implausível. Ainda que o PT, tudo indica, tenha amplificado [modéstia tucana...] a exploração dos recursos públicos com a típica voracidade dos neófitos [diferentemente dos tucanos, que já eram veteranos em corrupção], poucos estariam dispostos –haja vista o caso do mensalão "mineiro" [tucano]– a pôr a mão no fogo por seus antecessores no poder.
Resta que, por enquanto [pelo que foi seletivamente vazado], Cerveró "não especificou" que funcionários e políticos durante a presidência do tucano terão recebido o montante estipulado.
Quanto ao ex-presidente Lula, há também muito a esclarecer. Cerveró sustenta que sua própria indicação a um cargo na BR Distribuidora representaria uma recompensa [segundo pensa, pois alguém lhe teria dito] pelo papel que desempenhou na contratação da Schahin Engenharia, num negócio de US$ 1,6 bilhão.
O grupo teria concedido empréstimo, nunca quitado, para que o pecuarista José Carlos Bumlai, "amigo de Lula", repassasse verbas ao "caixa dois do PT" [fato imaginado pela "Folha", pois até agora não há provas] –em uma movimentação que "se ligaria" ao obscuro assassinato do prefeito Celso Daniel, ocorrido em 2002 [!?!]
[É muita imaginação e criatividade da "Folha". Cerveró não teria expressado essas delações, mas a "Folha" julgou mais conveniente para seus objetivos assim editar].
Sem dúvida faltam a essa narrativa dados palpáveis de uma direta participação de Lula, para além da sua responsabilidade presumida [presunção da tucana "Folha"].
Mais circunstanciado [na opinião isenta da "Folha"] é o relato das reuniões periódicas [que a "Folha" imagina terem sido] de "acerto geral" e de disputas entre representantes de Collor e do PT, além de Renan Calheiros em pessoa, em torno das "cotas de corrupção".
Enquanto isso, o ex-deputado Pedro Corrêa, do PP, negocia há meses seu acordo de delação premiada; os primeiros nomes de políticos, dentre os cerca de cem que promete, vêm à tona.
[A "Folha" esqueceu de citar que Pedro Corrêa também delatou o multimilionário esquema de compra de votos para a reeleição de FHC/PSDB. Ver em: http://democraciapolitica.blogspot.com.br/2016/01/delatada-e-abafada-na-lava-jato-compra_13.html ]
Acerto geral, com efeito. Talvez não sejam necessários tantos nomes assim [poderia dispensar os nomes dos tucanos...] para colocar todo o sistema político brasileiro em estado de falência ética generalizado; só a persistência nas investigações e na punição justa dos envolvidos [não-tucanos], entretanto, será capaz de recuperá-lo.
[Como não há restrição à liberdade de imprensa, a "Folha" continuará persistentemente exercendo o seu direito "democrático" de soberanamente criar, omitir ou 'redirecionar' as notícias de modo a colaborar para a volta do PSDB e do mercado financeiro ao pleno poder no Brasil].
FONTE: do portal "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/213070/Folha-n%C3%A3o-d%C3%A1-pra-colocar-a-m%C3%A3o-no-fogo-por-tucanos.htm). [Título e trechos entre colchetes em azul acrescentados por este blog 'democracia&política'].
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