sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

LUTA PELO PETRÓLEO: CRESCE A TENSÃO EUA x VENEZUELA


ESTADOS UNIDOS DETERMINAM SAÍDA DO EMBAIXADOR DA VENEZUELA DO PAÍS

“O Departamento de Estado norte-americano anunciou ter revogado o visto do embaixador venezuelano nos Estados Unidos, Bernardo Álvarez Herrera. A decisão foi tomada depois de o presidente venezuelano, Hugo Chávez, recusar-se a aceitar o nome indicado pelo governo dos Estados Unidos para o cargo de embaixador em Caracas, Larry Palmer.

Chávez demonstrou irritação por causa de comentários feitos por Palmer a respeito da política interna venezuelana. O diplomata americano disse que o moral das Forças Armadas da Venezuela estava baixo e disse temer que rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) estivessem se abrigando em território venezuelano.

"Avisamos que haveria consequências quando o governo venezuelano rescindiu o acordo em relação a nosso indicado, Larry Palmer", disse o porta-voz do Departamento de Estado americano, Mark Toner.

Chávez confirmou em 29/12 ter negado permissão ao candidato a embaixador Larry Palmer. Segundo ele, os Estados Unidos ameaçaram retaliar o governo venezuelano. "Eles [os norte-americanos] podem fazer o que eles quiserem, mas aquele homem não virá aqui como embaixador. Qualquer um que venha para cá como embaixador tem que demonstrar respeito. Este é um país que precisa ser respeitado", disse o presidente venezuelano à televisão estatal.

"Se os Estados Unidos querem expulsar nosso embaixador de lá, que o façam. Se quiserem cortar relações diplomáticas, que o façam", acrescentou o presidente da Venezuela. Para analistas, ainda não está claro como o episódio vai afetar o já difícil relacionamento entre os dois países.

A situação chegou a dar sinais de melhora depois da eleição do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, mas algum tempo depois Chávez declarou que o presidente americano era "uma grande decepção" e que ele tinha "o mesmo fedor de George W. Bush". Apesar das diferenças políticas com os Estados Unidos, a Venezuela continua sendo o quinto maior fornecedor de petróleo bruto para aquele país.”

[A meta dos EUA de controlar a produção e a exportação do petróleo venezuelano é a principal causa de toda a interferência norte-americana na política da Venezuela e da campanha internacional contra Hugo Chávez desenvolvida persistentemente pela mídia direitista, inclusive a brasileira.

Chávez passou a ser um estorvo para os EUA quando ficou evidente que ele não tinha perfil para ser marionete de interesses norte-americanos. Em 2002, foi vítima de golpe, com sua retirada do cargo presidencial para o qual havia sido eleito. Comprovadamente, os golpistas de direita, aliados à ‘grande’ mídia, receberam apoio norte-americano. O golpe foi frustrado por reação popular apoiada pelos militares de menor posto. Chávez foi libertado da prisão e retomou a presidência. Os conspiradores pretendiam, entre outras “modernizações”, privatizar a estatal venezuelana de petróleo, a PDVSA, para beneficiar e favorecer o grupo petroleiro associado ao presidente Bush dos EUA e à petroleira espanhola Repsol.

A situação é preocupante para o Brasil, que tem longa fronteira com a Venezuela. Saddam Hussein também passou a ser demonizado pelos EUA e pela mídia internacional até que, por pretextos mentirosos (falsas acusações de arsenal de bombas atômicas), o Iraque foi invadido e a sua produção e exportação de petróleo agora estão controladas pelos EUA, ao custo de mais de 100 mil civis iraquianos mortos
].

FONTE: reportagem de Mariana Jungmann e Roberta Lopes, da Agência Brasil, com informações da agência britânica de notícias BBC (http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica-externa?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_56_groupId=19523&_56_articleId=3151971) [imagem do Google e trecho entre colchetes adicionados por este blog] [título, trecho entre colchetes e imagem do Google adicionados por este blog]

CEARÁ DISPARA


“Presidente Lula visita o local onde foi lançada pedra fundamental da refinaria Premium II da Petrobras no Porto de Pecém (CE). Foto: Ricardo Stuckert/PR

CEARÁ SE DESENVOLVE COM ÁGUA, SIDERÚRGICA, FERROVIA E REFINARIA

O que vem acontecendo no Ceará é emblemático do momento de desenvolvimento que vive o Nordeste atualmente. O estado tem, pelo menos, quatro grandes projetos em andamento que estão transformando a região: as obras da ferrovia Transnordestina, do canal do rio São Francisco, de uma siderúrgica e da refinaria Premium II no porto de Pecém, em Cacauia, que teve sua pedra fundamental lançada quarta-feira (29/12) pelo presidente Lula. Sua visita ao estado naquele momento, afirmou o presidente, é um gesto político que indica o compromisso do governo em investir no Ceará e promover seu desenvolvimento.

Política não é feita apenas de realizações, política também é feita de gestos. E eu precisava fazer esse gesto de voltar ao Ceará para poder assumir, com o governador Cid, o companheiro Gabrielli [presidente da Petrobrás], com o povo do Ceará e com o povo do Brasil, o compromisso final de que o Ceará finalmente terá a tão sonhada refinaria que tanta gente prometeu e que não conseguiram fazer.”

Além da refinaria a ser construída no Ceará, o Brasil ganhará outras quatro, lembrou o presidente: em Pernambuco, Maranhão, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro. Duas delas, disse, são por conta da descoberta do petróleo do pré-sal, mas o conjunto de refinarias servirá para tornar o Brasil exportador não apenas de óleo cru, mas também de produtos com maior valor agregado, o que poderá gerar mais divisas ao País. E pensar que há sete anos a diretoria da Petrobras dizia que o Brasil não precisava de mais refinarias… “Engoliram a língua, porque vou fazer cinco!”.

O presidente disse, durante seu discurso, que pediu ao presidente da empresa que fizesse um detalhado calendário com a etapa de cada momento da obra, para deixar nas mesas da presidente eleita Dilma Rousseff, da minitra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) e também da diretoria do IBAMA para que “todo mundo acompanhasse cada passo”.

Após o evento, Lula conversou com os jornalistas presentes e disse que pretende continuar contribuindo para a política brasileira sem precisar ser candidato a cargo político algum. Segundo ele, a partir do dia 1 de janeiro, trabalhará para que a futura presidente, Dilma Rousseff, “tenha a mesma sorte que ele” e que ela estabeleça a mesma relação de confiança e amizade com o povo.

O presidente afirmou ainda que não há por que pensar nas eleições de 2014, pois o momento agora é de a futura presidente governar e trabalhar para continuar a melhorar a vida do povo brasileiro. Como já afirmou em ocasiões anteriores, o presidente lembrou que vai continuar viajando o País “porque ainda há muito o que se fazer” e que seu compromisso com o Brasil permanece.

O que interessa agora é 2011. A Dilma foi eleita para governar; eu deixo a Presidência para me calar. Vou dar o exemplo de como se comporta um ex-presidente.”

Lula confirmou que pretender usar a internet para acompanhar a política brasileira; [a internet] hoje é muito mais transparente por disponibilizar em diversos sites todas as informações de interesse público e de controle da população. Questionado se fará qualquer tipo de cobrança ou oposição, o presidente negou, pois disse “confiar plenamente que Dilma fará tudo o que prometeu”.(...)

Aos jornalistas, o presidente declarou que o Brasil seguirá no rumo de diminuir as desigualdades sociais, aumentar os investimentos em infraestrutura e permanecer com o ritmo acelerado de crescimento. Antes de se despedir, pediu aos repórteres que tratem a presidente eleita com o mesmo carinho que o trataram e que escrevam bem sobre ela, que é comprometida e que lutará, durante todo o mandato, para fazer um Brasil melhor e menos desigual.”

FONTE: Blog do Planalto (http://blog.planalto.gov.br/ceara-se-desenvolve-com-agua-siderurgica-ferrovia-e-refinaria/#more-20653).

LULA DECIDE NÃO EXTRADITAR O ITALIANO CESARE BATTISTI


O EX-MILITANTE DA ESQUERDA ITALIANA, CESARE BATTISTI, EM BRASÍLIA

LULA DECIDE NÃO EXTRADITAR O ITALIANO CESARE BATTISTI E REAGE À CRÍTICA DA ITÁLIA

“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta sexta-feira (31), em nota, que decidiu não extraditar o ex-militante italiano Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália pelo assassinato de quatro pessoas na década de 1970, quando participava de um grupo armado.

A nota foi lida por Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores de Lula.

A decisão foi baseada em parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), feito com base nos termos da Constituição brasileira, nas convenções internacionais sobre direitos humanos e do tratado de extradição entre o Brasil e a Itália.

Agora, caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF) expedir alvará de soltura do ex-ativista. É um ato formal de execução da decisão do presidente da República.

Em novembro de 2009, o STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou a extradição do italiano, mas definiu que a decisão final caberia ao presidente da República.

No início da semana, o presidente disse que anunciaria sua decisão antes do fim de seu mandato, que termina no dia amanhã, dia 31 de dezembro. Na mesma ocasião, ele afirmou que se basearia em um parecer sobre o assunto da AGU (Advocacia-Geral da União). O órgão defendeu junto que se concedesse o status de refugiado a Battisti.

VEJA A ÍNTEGRA DA NOTA:

"O presidente da República tomou hoje a decisão de não conceder a extradição ao cidadão italiano Cesare Battisti, com base em parecer da Advocacia Geral da União. O parecer considerou atentamente todas as cláusulas do Tratado de Extradição entre o Brasil e Itália, em particular a disposição expressa na letra “f”, do item 1, do artigo 3 do Tratado, que cita, entre as motivações para a não extradição, a condição pessoal do extraditando. Conforme se depreende do próprio Tratado, esse tipo de juízo não constitui afronta de um Estado ao outro, uma vez que situações particulares ao indivíduo podem gerar riscos, a despeito do caráter democrático de ambos os Estados. Ao mesmo tempo, o Governo brasileiro manifesta sua profunda estranheza com os termos da nota da Presidência do Conselho dos Ministros da Itália, de 30 de dezembro de 2010, em particular com a impertinente referência pessoal ao Presidente da República."

A demora e cautela do anúncio da decisão se baseavam, além da implicação diplomática, o risco à vida de Cesare Battitsi caso ele regressasse à Itália.

Sobre a reação italiana antes mesmo da divulgação da decisão, Amorim disse que não há motivos para preocupação. “Nós não temos nenhuma razão para estar preocupados com a relação com a Itália. O Brasil tomou uma decisão soberana dentro dos termos previstos no tratado. As razões estarão explicadas neste parecer que será publicado no site da AGU (Advocacia Geral da União). A razão de eu estar aqui é porque, ontem, houve uma nota da presidência do Conselho de Ministros italianos. Então, é natural que o ministro das Relações Exteriores do Brasil faça a comunicação”, afirmou o ministro em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

Amorim não quis comentar a possibilidade de o STF (Supremo Tribunal Federal) voltar a analisar o caso como foi dito ontem pelo presidente da suprema corte, Cezar Peluso.

REAÇÃO ITALIANA

Antes do anúncio da decisão de Lula, o governo da Itália declarou que se reservava "o direito de considerar todas as medidas necessárias para obter o respeito ao tratado bilateral de extradição" com o Brasil. Em entrevista ao jornal italiano "Corriere della Sera", desta quinta-feira, o ministro da defesa italiano, Ignazio La Russa, também disse que caso o Brasil concedesse o status de refugiado político a Battisti, o país não ficaria “isento de consequências”.

Em 1989, o Tratado de Extradição foi assinado pelos governos brasileiro e italiano e sua ratificação só entrou em vigor quatro anos depois. Para a defesa de Battisti, a permanência dele no país estaria garantida pelo próprio tratado, cujo artigo 3 estabelece que a extradição pode ser negada nos casos em que há "razões ponderáveis para supor que a pessoa reclamada será submetida a atos de perseguição e discriminação por motivo de raça, religião, sexo, nacionalidade, língua, opinião política, condição social ou pessoal; ou que sua situação possa ser agravada por um dos elementos mencionados".

HISTÓRICO

Battisti fora julgado por um tribunal italiano que o considerou culpado pelos assassinatos de quatro pessoas entre 1977 e 1979. Na época, estava na França, onde tinha o status de refugiado político. Em 2004, quando o governo francês cogitou revogar seu status e entregá-lo à Itália, Battisti fugiu.

Cesare Battisti foi detido no Rio de Janeiro em março de 2007, durante uma operação conjunta realizada por agentes de Brasil, França e Itália. De lá foi encaminhado o Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, onde permanece desde então.

A defesa de Battisti alega isua nocência e afirma que o italiano seria vítima de uma "perseguição política" por parte do governo italiano.

Em novembro de 2009, o STF anulou o status de refugiado concedido a Battisti e defendeu sua extradição à Itália, mas a decisão final sobre seu futuro dependeria do presidente da República.”

FONTE: reportagem de Camila Campanerut publicada no portal UOL Notícias (http://noticias.uol.com.br/politica/2010/12/31/lula-decide-nao-extraditar-o-italiano-cesare-battisti.jhtm) [imagem do google adicionada por este blog]..

APROVAÇÃO POPULAR DE LULA É A MAIOR DO MUNDO, APONTA PESQUISA SENSUS


“A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que encerra oito anos de governo com 87% de aprovação, é a maior do mundo, afirmou quarta-feira (29) o presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade.

Segundo Andrade, Lula está à frente da ex-presidente chilena Michelle Bachelet, que tinha 84% de aprovação quando deixou o governo, e do ex-mandatário uruguaio Tabaré Vázquez, que teve 80% ao final do mandato.

O presidente da CNT também comparou o desempenho de Lula com líderes mundiais históricos, entre os quais o primeiro presidente negro da África do Sul, Nelson Mandela (82% de aprovação), o ex-presidente dos EUA, Franklin Delano Roosevelt (66%), e o general francês Charles De Gaulle (55%).

Fernando Henrique Cardoso (PSDB), antecessor de Lula, tinha 26% de aprovação após dois mandatos, segundo levantamento da CNT/Sensus de 2001.

A avaliação da popularidade de Lula é resultado da 110ª edição da pesquisa CNT/Sensus, para a qual foram entrevistadas duas mil pessoas, em 136 municípios de 24 estados, entre os dias 23 e 27 de dezembro de 2010. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Segundo o levantamento, a aprovação do desempenho pessoal do presidente está em 87%, contra 80,7% da pesquisa anterior. Cerca de 10,7% dos entrevistados desaprovam o presidente e 2,4% não responderam.

Ainda que a aprovação pessoal e do governo Lula sejam recordes, a saúde é apontada como a única variável que piorou nos últimos seis meses por 37% dos entrevistados.

Em sentido contrário, a geração de emprego é apontada como índice que melhorou por 63,7% dos entrevistados. As políticas voltadas à educação e à segurança pública nos últimos também foram apontadas como positivas por 43,3% e 38,1%, respectivamente.

Do ponto de vista econômico, o Brasil "desenvolveu muito" para 63,9% daqueles que responderam à pesquisa, "desenvolveu um pouco" para 30,4% e "não desenvolveu" para 3,7%. Quando considerados os programas e políticas sociais, o governo "desenvolveu muito" para 57,8%, "desenvolveu um pouco" para outros 35,6% e "não desenvolveu" para 4,1%.

"A popularidade (de Lula e do governo) é impulsionada muito pela situação econômica, geração de empregos", afirmou Andrade.”

FONTE: portal do PT (http://www.pt.org.br/portalpt/noticias/governo-lula-10/aprovacao-popular-de-lula-e-a-maior-do-mundo-aponta-pesquisa-sensus-35981.html). [imagem do Google adicionada por este blog]

Ilan Pappe: OS TAMBORES DE GUERRA SOAM OUTRA VEZ EM ISRAEL


“Se novamente se escutam tambores de guerra em Israel, isso se deve à dúvida em sua capacidade para vencer. Dois anos depois da operação “Chumbo Derretido” e apesar da triunfante retórica das diferentes informações comemorativas aparecidas na mídia, há uma espécie de sensação de que essa campanha foi tão fracassada como a segunda guerra do Líbano, em 2006.

Por Ilan Pappe, no “Mondoweiss”

Lamentavelmente, dirigentes, generais e o grande público no estado judeu só sabem atuar de uma única maneira, mediante debacles e fiascos militares. Acreditam que só podem redimir-se lançando outra guerra ou operação exitosa, embora perpetrando agora tal ação com muito mais força e muito mais crueldade que a anterior, com a esperança de obter melhores resultados na próxima vez.

Segundo explicam alguns dos principais comentaristas da mídia local (repetindo como papagaios o que ouvem dizer os generais), o que se precisa é força e poderio para “dissuadir”, “dar uma lição” e “debilitar” o inimigo. Não há nenhum novo plano para Gaza, porque verdadeiramente não querem voltar a ocupá-la e colocá-la sob governo direto israelense. O que está sendo sugerido é que há que massacrar outra vez a Faixa e a seu povo, com maior brutalidade embora num tempo mais curto.

Alguém poderia se perguntar por que uma ação de tamanho calibre daria melhores resultados do que a Operação “Chumbo Derretido”. Mas esta seria uma pergunta errada. A pergunta que cabe fazer de maneira correta é: que outra coisa é capaz de fazer a atual elite militar e política de Israel (na qual se incluem o governo e os principais partidos da oposição)?

Há anos eles sabem o que fazer na Cisjordânia: colonizar, limpar etnicamente e retalhar a região até acabar com ela, enquanto em público continuem mostrando-se leais ao inútil discurso de paz, ou melhor dizendo, ao inútil “processo de paz”. O resultado final esperado é uma dócil Autoridade Palestina em uma Cisjordânia fortemente judaizada. Mas não têm nem ideia de como manejar a situação na Faixa de Gaza desde que Ariel Sharon pôs em marcha a “liberação”. A falta de vontade do povo de Gaza a liberar-se da Cisjordânia, e do mundo parece ser mais difícil de derrotar inclusive depois do horrível preço em vítimas humanas que os habitantes de Gaza pagaram em 2008 por sua resistência e desafio.

O cenário para a próxima rodada vai se desenrolando diante dos nossos olhos e se assemelha depressivamente à mesma deterioração que precedeu ao massacre de Gaza há dois anos: bombardeios diários contra a Faixa e uma política de provocações ao Hamas para poder justificar ataques mais amplos e intensos. Como explicou um general, agora é preciso ter em conta o efeito daninho causado pelo “informe Goldstone”: a saber, o próximo ataque importante deveria parecer mais plausível que o de 2009 (embora tal preocupação não venha a ser crucial para este governo em particular e nem servirá de obstáculo).

Como sempre ocorre nesta parte do mundo, há a outros cenários possíveis e talvez mais esperançosos. Mas é difícil ver quem poderia construir um futuro diferente a curto prazo: a pérfida administração Obama? Os indefesos regimes árabes? A tímida Europa e a deficiente Nações Unidas? A firmeza do povo de Gaza e do povo palestino em geral faz supor que a grande estratégia israelense para fazer com que desapareçam, como o fundador do movimento sionista Theodore Herzl, confiava em fazer com o povo originário da Palestina já no final do século 19, não funciona nem vai funcionar no futuro. Mas o preço a pagar pode ser mais alto ainda e é chegada a hora para que todos aqueles que se manifestaram com voz poderosa e eficaz contra o massacre de Gaza voltem a fazê-lo agora, para impedir o massacre seguinte.

Em Israel esta voz é descrita como a tentativa de “deslegitimar” o Estado judeu. É a única voz que parece preocupar seriamente o governo e a elite intelectual de Israel (muito mais do que possa preocupá-los qualquer condenação suave por parte de Hillary Clinton ou da união Europeia). A primeira tentativa de opor-se a essa voz foi a afirmação de que tal deslegitimação esconderia um antissemitismo disfarçado. Mas, ao que parece, isso foi contraproducente porque Israel quis saber quem apoiava suas políticas no mundo e dessa forma ficou sabendo que os únicos defensores entusiastas da política israelense no mundo ocidental são atualmente a extrema direita, cujas organizações e políticos são, tradicionalmente, antissemitas. Na segunda tentativa, Israel tratou de dizer que a única coisa que ações em forma de boicotes, desinvestimentos e sanções conseguiam era fazer com que Israel se sinta cada vez mais disposto em continuar sendo um estado canalha. Entretanto, esta é uma ameaça vazia: as políticas de Israel não são criadas por essa voz moral e decente. Bem ao contrário, essa voz é um dos poucos fatores que freiam as políticas agressivas e quem sabe se no futuro os governos ocidentais não se unirão a seus povos, como finalmente fizeram no caso do apartheid sul-africano, tornando possível por fim a todas estas políticas e permitir que judeus e árabes vivam igualmente em paz em Israel e na Palestina.

Essa voz é eficaz porque mostra claramente o vínculo entre o caráter racista do estado e a natureza criminosa de suas políticas contra os palestinos. Esta voz se converteu recentemente em uma campanha organizada e claramente definida com uma mensagem clara: Israel continuara sendo um estado pária enquanto sua constituição, leis e política continuem violando os direitos humanos e civis básicos dos palestinos, onde quer que se encontrem, incluindo o direito de viver e existir.

Neste momento, é preciso que a nobre, embora inútil, energia aplicada no conceito de “coexistência” e nos projetos de “diálogo” pelos defensores da paz em Israel e seus pares no Ocidente seja transformada, antes que seja tarde demais, na luta contra outro capítulo genocida na história da guerra de Israel contra os palestinos.”

FONTE: escrito por Ilan Pappe, autor, com Noam Chomsky, de “Gaza in Crisis: Reflections on Israel's War Against the Palestinians”. Publicado no “Mondoweiss”, website de notícias direcionado para cobrir a política externa norte-americana no Oriente Médio sob a perspectiva judaica progressista. Transcrito no portal “Vermelho” (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=144553&id_secao=9). [imagem do Google adicionada por este blog]

COMÉRCIO INTERNACIONAL TEM RECORDE DE EXPANSÃO NO GOVERNO LULA


“As exportações brasileiras vão fechar 2010 com resultado histórico, ao redor de US$ 200 bilhões, ultrapassando, inclusive, as vendas de 2008, quando foi registrado o recorde até então, de US$ 197,942 bilhões. Estima-se, portanto, uma expansão de 330% em relação aos US$ 60,362 bilhões exportados em 2002, de acordo com números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

No mesmo período, as importações evoluíram ainda mais. Passaram de US$ 47,323 bilhões, no fim de 2002, para US$ 175,892 bilhões até o último dia 17, e as compras externas devem somar mais US$ 8 bilhões, aproximadamente, nos oito dias úteis que faltam contabilizar este ano, de acordo com a média diária do mês. O aumento das importações, nos oito anos de governo Lula, vai beirar, portanto, 390%.

“É inegável” que o Brasil obteve ganhos significativos no comércio internacional, segundo o vice-presidente executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), Fábio Martins Faria. Ele ressaltou, contudo, que o volume de negócios externos poderia ser maior ainda, não fosse o “excesso de burocracia e controles”, além de um “sistema tributário inadequado”, deficiências na infraestrutura e a desvalorização do dólar em relação ao real.

A esse respeito, o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Welber Barral, admite que a questão cambial diminui a competitividade dos preços dos produtos brasileiros lá fora. Mas destaca que, se o país tivesse melhor infraestrutura de estradas e portos, com logística mais adequada, “os efeitos da desvalorização do dólar norte-americano seriam menos sentidos”, e o Ministério da Fazenda não teria tido a necessidade de aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) das aplicações externas.

O dirigente da AEB diz que a forte expansão da economia mundial nesta década, até a crise financeira mundial de setembro de 2008, ampliou a demanda por produtos brasileiros; em especial por commodities (produtos agrícolas e minerais com cotação internacional). O cenário anterior possibilitou, portanto, o aumento das exportações, embora “de forma menos saudável, pois a competitividade dos manufaturados nacionais vem perdendo força”.

Análise dos números do MDIC mostra que o comportamento da corrente de comércio do Brasil com os demais países teve momentos distintos. As exportações cresceram bem mais que as importações até 2006, quando a balança comercial registrou o saldo recorde de US$ 46,456 bilhões. A partir do ano seguinte, as compras externas cresceram mais e os saldos começaram a cair, a ponto de a AEB estimar para este ano um saldo em torno de US$ 17 bilhões.

Essa inversão na gangorra comercial começou a se fazer sentir mais fortemente em 2008, quando o saldo de então caiu para US$ 24,957 bilhões e o país voltou a registrar déficit nas transações correntes com o mundo, no valor de US$ 28,192 bilhões, equivalentes na época a 1,72% do Produto Interno Bruto (PIB) — soma das riquezas e serviços produzidos no país. Resultado negativo que se repetiu no ano passado, no valor de US$ 24,3 bilhões (1,55% do PIB).

O déficit em transações correntes deve dobrar este ano, podendo alcançar cerca de R$ 50 bilhões, conforme expectativa média de uma centena de economistas que o Banco Central consulta uma vez por semana e resulta no boletim Focus. De acordo com a perspectiva desses economistas, o déficit deve crescer para US$ 69 bilhões em 2011, embora o dirigente da AEB arrisque número menor, em torno de US$ 60 bilhões.

Crescimento que acontece, no entender de Fábio Martins Faria, porque nossas exportações de produtos manufaturados (com valor agregado) vêm perdendo competitividade, “devido a entraves e elevados custos internos”, bem como à “irracionalidade do sistema tributário”, além da deficiência de infraestrutura e da valorização do real.

A situação exige, segundo ele, que o país adote uma política permanente e ativa de comércio exterior, que maximize a capacitação competitiva das exportações, uma vez que “o comércio exterior é fator determinante para sustentação do desenvolvimento econômico e social do Brasil”.

FONTE: Agência Brasil. Transcrito no portal “Vermelho” (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=144552&id_secao=2). [imagem do Google adicionada por este blog]

“MINHA CASA, MINHA VIDA” SUPERA META DE 1 MILHÃO DE CASAS CONTRATADAS E CALA CRÍTICOS


“Muitos duvidaram que o governo conseguisse contratar, até o final deste ano, um milhão de casas dentro do programa Minha Casa, Minha Vida. Não só conseguiu como ultrapassou a meta, chegando a 1 milhão e 3 mil casas, conforme anunciou quarta-feira (29/12) a presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Maria Fernanda Ramos Coelho, durante cerimônia realizada em Salvador (BA). O presidente Lula, em sua última viagem antes de entregar a faixa presidencial à presidente eleita Dilma Rousseff sábado (1/1) em Brasília (DF), comemorou os números e pediu humildade aos críticos da imprensa que duvidaram nas últimas semanas que isso não aconteceria:

Possivelmente algumas pessoas estavam acostumadas com um tipo de governo que ficava sentado com a bunda da cadeira e que não se importava de chamar os seus companheiros para cobrar as coisas que tinham que cobrar.

(…) E nós fizemos, para dizer àqueles que duvidavam que nunca mais ousem duvidar da capacidade de construção de casas dos trabalhadores brasileiros, da CEF e do governo brasileiro, que está determinado a resolver um problema de déficit habitacional crônico neste País. Então, aqueles que escreveram esta semana que a gente não iria entregar 1 milhão de casas, por favor, peçam desculpas e reescrevam a matéria de vocês. Falem que nós fizemos mais do que a gente imaginava, não é feio pedir desculpas. Feio é persistir no erro e na ignorância de alguns que ousaram não acreditar que nós seríamos capazes.”


O presidente lembrou quantas vezes se reuniu com a presidente eleita, então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a presidente da Caixa e a coordenadora do PAC, Miriam Belchior (futura ministra do Planejamento), para cobrar resultados, sendo muitas vezes duro com os interlocutores. Mas a pressão deu tão certo que a contratação de novas unidades habitacionais já começou a entrar pelo programa da presidente Dilma, disse Lula, aproveitando também para parabenizar o governador Jaques Wagner (Bahia) porque seu estado foi o que mais contratou no País.

A exemplo do que fez no Ceará, o presidente também conversou com jornalistas após o evento em Salvador, quando comentou a nova pesquisa divulgada em 29/12 sobre sua popularidade, que atingiu 87% de aprovação – um recorde mundial, ultrapassando os números obtidos pela ex-presidente chilena Michelle Bachelet (84%) e o ex-presidente uruguaio Tabaré Vasquez (80%):

A minha alegria é muito grande. Estou mais alegre do que quando eu tomei posse. Quando eu tomei posse, eu estava nervoso e estava apreensivo se eu iria tomar conta do recado. Hoje estou tranquilo, porque demos conta do recado e o povo brasileiro compreendeu tudo o que nós fizemos neste país. Saio feliz, de alma limpa, de cabeça erguida.”

Para o presidente, o recorde apontado pela pesquisa é resultado de vários outros recordes obtidos pelo governo, como a criação de escolas técnicas e universidades, geração de emprego, financiamentos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), aumento de crédito no País e controle da inflação.

(...)

Quanto ao que fará após deixar a Presidência da República, ele afirmou que a única certeza é que irá tirar alguns dias de férias, em lugar ainda não definido, mas que antes disso seu primeiro compromisso é visitar o vice-presidente José Alencar para agradecer pelo tempo em que compartilharam o comando do governo. Aos jornalistas, brincou:

Eu confesso a vocês que eu tenho a sensação gostosa de não ter que responder nada a vocês nos próximos dias, uma sensação gostosa.

FONTE: Blog do Planalto (http://blog.planalto.gov.br/minha-casa-minha-vida-supera-meta-de-1-milhao-de-casas-e-cala-criticos/#more-20661). [imagem do Google adicionada por este blog]

EXPECTATIVA RECORDE DOS BRASILEIROS COM A ECONOMIA


PESQUISA REVELA EXPECTATIVA RECORDE DOS BRASILEIROS NOS PRINCIPAIS SETORES SOCIOECONÔMICOS

“O Índice do Cidadão (IC), que compõe as pesquisas CNT/Sensus a partir da média de cinco variáveis socioeconômicas, atingiu recordes de avaliação e na expectativa dos brasileiros. Segundo pesquisa divulgada em 29/12 pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), a avaliação - relativa aos últimos seis meses - é de 59,55, e a expectativa para os próximos seis meses é de 76,45. São os melhores desempenhos medidos desde abril de 2007, quando o cálculo iniciou com a metodologia usada atualmente.

Entre as cinco variáveis que compões o IC Avaliação, três obtiveram melhor desempenho em comparação com maio deste ano: emprego (cuja avaliação melhorou, passando de 57,8% para 63,7%), renda mensal (de 38,3% para 39,6%), e segurança pública (26,3% para 38,1%). Nas áreas de educação e saúde, o percentual de entrevistados que acreditam que a situação melhorou nos últimos seis meses caiu de 48% para 43,3% e de 31,8% para 30,3%, respectivamente.

Em relação à expectativa para os próximos seis meses, subiu a estatística de brasileiros que afirmam que a situação vai melhorar nas áreas de emprego (59,7% para 61,9%), saúde (54,7% para 59%), educação (58,9% para 61,6%) e segurança pública (50,9% e 60,4%).

Ainda na área de segurança pública, a pesquisa revela que a maioria dos entrevistados aprovou a ação conjunta das polícias na pacificação do Complexo do Alemão: 90,6% se declararam favoráveis, 7,1%, contra e 2,4% não opinaram.

Foram ouvidas 2 mil pessoas em 136 municípios de 24 estados entre os dias 23 e 27 de dezembro. A margem de erro é de 2,2% para mais ou para menos.”

FONTE: reportagem de Débora Zampier publicada pela Agência Brasil (edição: Nádia Franco) (http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_56_groupId=19523&_56_articleId=3151858). [imagem do Google adicionada por este blog]

EMPREGOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL CRESCERAM 14,4% EM 2010


“A construção civil foi o setor da economia que mais se destacou na geração de empregos em 2010. Proporcionalmente, foi a área que mais cresceu, com 14,4% de aumento no número de postos de trabalho entre janeiro e novembro deste ano. Em 2009, a construção civil também tinha sido destaque, com crescimento de 10,9% no mesmo período.

Em números absolutos, contudo, os setores de serviços, comércio e indústria de transformação seguem a tradição de criarem o maior número de postos de trabalho no ano. De janeiro a novembro de 2010, os três setores foram responsáveis por pouco mais de 2 milhões dos 2,5 milhões de empregos [formais] gerados no ano.

O setor de serviços empregou, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho, 939,4 mil trabalhadores até novembro. A indústria de transformação vem em segundo lugar, com 638 mil empregos gerados no período seguido do comércio com 505 mil postos de trabalho. A construção civil ficou em quarto lugar com 333 mil vagas criadas em 2010, sem contar ainda os números de dezembro que não foram fechados pelo ministério.

Para o diretor técnico do Departamento Intersindical de Estudos e Estatística Socioeconômico (DIEESE), Clemente Ganz Lúcio, a geração de emprego com carteira assinada representa maior proteção social ao trabalhador. “Isso significa redução do desemprego por um lado e uma formalização da proteção social e da participação no sistema previdenciário por parte dos trabalhadores”, disse.

Nos últimos oito anos foram criados cerca de 15 milhões de postos de trabalho, sendo que o número total de trabalhadores celetistas no Brasil é de mais de 35 milhões.”

FONTE: reportagem de Mariana Jungmann e Roberta Lopes publicada pela Agência Brasil (edição: Aécio Amado) (http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia1;jsessionid=B8F056E0DF1C1F32866E9A47AB9809DB?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_56_groupId=19523&_56_articleId=3151889) [imagem do Google adicionada por este blog]

BRASIL JÁ É O 4º DO MUNDO EM VENDAS DE VEÍCULOS


BRASIL VAI FECHAR 2010 COM 3,340 MILHÕES DE CARROS VENDIDOS

SOMENTE QUARTA-FEIRA (29) FORAM VENDIDOS 20,5 MIL CARROS E COMERCIAIS LEVES. O CRESCIMENTO NO ANO SERÁ DE 11%


“Faltando dois dias para finalizar o ano, as vendas de carros e comerciais leves atingiram 3,311 milhões de unidades (vendas até quarta-feira, 29, conforme dados do Renavam).(...)

Se as vendas de ontem repetiram o movimento registrado na véspera (20,5 mil carros) o ano deve fechar acima de 3,340 milhões de carros e comerciais leves [vendidos], o que significa crescimento de aproximadamente 11%.

O aumento é superior ao traçado do início do ano pelos fabricantes, o que indica vigor do mercado interno que, além do recorde no volume de venda, deverá registrar outro marco histórico: a quarta posição no ranking mundial, atrás apenas da China, Estados Unidos e Japão.

Fiat, Volks, GM, Honda e Toyota perderam mercado este ano. Ford e Peugeot estão empatando. Todas as demais montadoras vão encerrar o ano com crescimento acima de 11%, a média do mercado.”

FONTE: reportagem de Joel Leite publicada no portal UOL (http://omundoemmovimento.blog.uol.com.br/arch2010-12-26_2011-01-01.html) [imagem do Google adicionada por este blog].

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

MINISTÉRIO PÚBLICO: NOVAS PROVAS DE CORRUPÇÃO EM GOVERNOS TUCANOS DE SP E OUTROS ESTADOS


CRESCEM EM SP AS EVIDÊNCIAS DE CORRUPÇÃO NOS GOVERNOS TUCANOS

[MINISTÉRIO PÚBLICO APONTA: CRIMES DE LAVAGEM DE DINHEIRO, SUPERFATURAMENTO E DIRECIONAMENTO DE LICITAÇÃO VIRIAM DOS GOVERNOS SERRA E GOLDMAN E ESPRAIARAM-SE NOS GOVERNOS PSDB/PDT E PPS DE MG, PR, RS e MA]

INVESTIGAÇÃO DE CUNHADO DE ALCKMIN APURA PROPINA

Paulo Ribeiro é acusado de negociar pagamentos a políticos e servidores

Promotoria apura há dois anos a existência de uma suposta máfia da merenda, que age para subir os preços


Paulo Ribeiro, cunhado do governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), está sob investigação do Ministério Público do Estado sob acusação de intermediar o pagamento de propinas a políticos e funcionários públicos que contratavam empresas de merenda.

A ‘Folha’ revelou ontem que a Polícia Civil fez uma operação de busca e apreensão na casa de Ribeiro, irmão de Lu Alckmin. Ele é alvo de investigação que apura crimes de lavagem de dinheiro, superfaturamento e direcionamento de licitação.

A investigação é conduzida pelo promotor Arthur Lemos Jr., do GEDEC (Grupo de Atuação Especial de Repressão à Formação de Cartel e à Lavagem de Dinheiro).

A suspeita se baseia em escutas telefônicas e documentos apreendidos, aos quais a ‘Folha’ não teve acesso.

A operação foi feita à procura de documentos que mostrariam detalhes sobre o caminho das comissões pagas por empresas para obter contratos públicos.

Há dois anos, a Promotoria apura a existência de uma suposta máfia da merenda, que agiria como um cartel para subir os preços.

No esquema, o preço da merenda é sempre superfaturado, funcionários públicos e políticos recebem propina pelo valor mais alto, e o partido do prefeito recebe contribuição não declarada.

A apuração começou em São Paulo, mas hoje se estende a Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Maranhão. Há prefeituras ligadas a PSDB, PDT e PPS.

O nome de Ribeiro aparece na lista como suspeito de ter atuado como lobista em dois contratos com indícios de superfaturamento, com as prefeituras de Pindamonhangaba e de Taubaté.

Em Pindamonhangaba, cidade natal de Alckmin e de Lu, a prefeitura contratou a empresa Verdurama em 2005 para fornecer merendas para cerca de 30 mil alunos. O pagamento anual é de cerca de R$ 5 milhões.

Em Taubaté, há a suspeita de que Ribeiro teria ajudado a Sistal a elevar o valor do contrato de R$ 10,8 milhões para R$ 25 milhões num período de três anos, sem um grande aumento de alunos.”

FONTE: reportagem de Mario Cesar Carvalho publicada na Folha de São Paulo (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po2912201016.htm) [título, imagem e trecho entre colchetes adicionados por este blog]. [imagem do Google adicionada por este blog]

BRASIL DIZ ADEUS AO “PAÍS DE BANGUELAS”


“Levantamento do Ministério da Saúde mostra que saúde bucal do brasileiro teve grande melhora como reflexo do “Programa Brasil Sorridente”. Desde 2003, cresceu 30% o número de crianças sem cárie. O anuncio foi feito pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, terça-feira (28), na apresentação dos resultados da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SB Brasil 2010).

O levantamento, feito com base em entrevistas e exames bucais em 38 mil pessoas, revela que o Brasil passou a integrar o grupo de países com baixa prevalência de cáries, um reflexo direto da implantação do programa “Brasil Sorridente”, em 2003, que passou a oferecer prevenção, tratamento especializado e reabilitação em todo o país.

Para estar nesse grupo, o indicador CPO (sigla para dentes cariados, perdidos e obturados) deve estar entre 1,2 e 2,6, segundo a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2003, o país tinha índice de 2,8, passando, atualmente, para 2,1 — melhor que a média dos países das Américas.

“É um resultado significativo que expressa a prioridade dada à política. Esse é o grande diferencial do trabalho que foi feito: uma decisão política coloca uma prioridade. Essa prioridade é perseguida e isso se reverte em benefícios para a população”, disse o ministro.

SEM CÁRIES E DENTES PERDIDOS

A pesquisa aponta uma queda de 26% no número de cáries dentárias nas crianças de 12 anos desde 2003 — idade usada como referência pela Organização OMS, pois é nela que a dentição permanente está praticamente completa.

Outro dado relevante da SB Brasil 2010 é o número de crianças que nunca tiveram cárie na vida. A proporção de crianças livres de cárie aos 12 anos cresceu de 31% para 44%. Isso significa que 1,4 milhão de crianças não têm nenhum dente cariado atualmente — 30% a mais que em 2003.

Na faixa etária dos 15 aos 19 anos, a queda do CPO foi ainda maior, passando de 6,1 em 2003, para 4,2 este ano - uma redução de 30%. São 18 milhões de dentes que deixaram de ser atacados pela cárie. Entre os adolescentes, 87% não tiveram perda dentária. A necessidade de prótese parcial (substituição de um ou alguns dentes) entre os adolescentes caiu 50%.

Na população adulta, com idade entre 35 e 44 anos, o CPO caiu 19%, passando de 20,1 para 16,3 em sete anos. Comparando os números de 2003 e 2010, houve redução de 30% no número de dentes cariados, queda de 45% no número de dentes perdidos por cárie, além do aumento de 70% no número de dentes tratados. Isso significa que a população adulta está tendo maior acesso ao tratamento da cárie e menos dentes estão sendo extraídos por conseqüência da doença.

BRASIL SORRIDENTE

O “Brasil Sorridente”, criado em 2003, funciona de maneira integrada à “Estratégia Saúde da Família”, levando atendimento odontológico às residências e escolas. As 20,3 mil equipes de “Saúde Bucal” - compostas por cirurgião-dentista, auxiliar e técnico em saúde bucal – já atendem em 85% dos municípios do país. Elas são as responsáveis pelo atendimento primário (educação e prevenção, distribuição de kits de higiene, tratamento de cáries, aplicação de flúor, extração e restaurações).

“Essa é uma das áreas em que podemos perceber a dinâmica diferenciada da saúde pública, o fato da saúde ser, ao mesmo tempo, política social, fundamental para a melhoria das condições de vida, mas também uma área dinâmica do ponto de vista da criação de emprego, desenvolvimento, inovação e riqueza. Com uma política criamos mais de 20 mil empregos diretos”, afirmou o ministro.

ATENDIMENTO ESPECIALIZADO

São as equipes de “Saúde Bucal” que encaminham os pacientes que necessitam de procedimentos de média e alta complexidade para os Centros de Especialidades Odontológicas (CEO). Nesses locais, as pessoas contam com tratamentos de canal, gengiva, cirurgias orais menores, exames para detectar câncer bucal e intervenções estéticas.

O país tem 853 centros, sendo que mais de 60% deles estão nas cidades com até 100 mil habitantes. O procedimento especializado cresceu mais de 300% desde 2002, chegando a 25 milhões no ano passado.

As medidas de reabilitação são feitas através dos Laboratórios Regionais de Prótese Dentária (LRPD), que fornecem os produtos para os CEO’s. Atualmente, 664 laboratórios recebem até R$12 mil por mês para a produção de próteses dentárias totais e parciais removíveis, com estrutura metálica.”

FONTE: divulgado pela Agência Brasil e transcrito no portal “Vermelho” (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=144510&id_secao=1) [imagem do Google adicionada por este blog].

EMPRESÁRIOS EM MAIS CRIMES DE SONEGAÇÃO


EMPRESAS SONEGAM R$20 BI/ANO EM HORAS EXTRAS, DIZ LUPI

“Com sua permanência no governo já acertada na gestão Dilma Rousseff, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, revelou, em entrevista à Agência Estado, que não pretende abandonar a defesa do polêmico ponto eletrônico. Segundo ele, as empresas sonegam cerca de R$ 20 bilhões por ano em horas extras aos trabalhadores brasileiros. "Quem sonega está com ódio porque terá que deixar de sonegar", disse. E completou: "Cutuquei um monstro sem querer".

Durante a campanha eleitoral, pressionado pelo empresariado, o governo suspendeu até 1º de março a validade da portaria que obriga as empresas a trocarem seus relógios de ponto por equipamentos eletrônicos que emitam comprovantes de papel na entrada e na saída do trabalho.

Presidente licenciado do PDT, Lupi afirmou que o partido tem ambições maiores que apenas o Ministério do Trabalho e Emprego no governo Dilma Rousseff. "Nós temos várias reivindicações no segundo escalão", contou. As estatais são o alvo do partido, que se declara o primeiro a apoiar oficialmente a presidente eleita.

O PDT quer espaço na Eletrosul e pleiteia a presidência de Itaipu para Osmar Dias, que concorreu pelo partido ao governo do Paraná na eleição ganha por Beto Richa, do PSDB. "O que queremos é uma reciprocidade nessa dedicação", disse, referindo-se ao apoio do partido à campanha de Dilma.

Confira, a seguir, a íntegra da entrevista:

Agência Estado: A taxa de desemprego atingiu o nível mais baixo da história em novembro, 5,7%. Como manter o ambiente de quase pleno emprego no governo Dilma?

Carlos Lupi:
Acho que esse ritmo tende a continuar. O Produto Interno Bruto deve ficar em 2010 entre 8% e 8,5%. Em 2011, devemos voltar à média, que é de 5%, 5,5%, 6%. Quando a economia cresceu menos, geramos 1,7 milhão empregos. Esse emprego continuará crescendo, porque é da realidade da economia brasileira. Qualquer crescimento gera emprego. Cresce a população, cresce o consumo, cresce o emprego. Na minha opinião, deve gerar mais de 2,5 milhões (de vagas em 2011). Vai ficar entre 2,8 milhões e 3 milhões.

AE: Como aumentar o número de carteiras assinadas na mesma proporção?

Lupi:
Primeiro, tem que se discutir com transparência com a sociedade o que é informalidade. A informalidade tem sido muito discutida sob ótica errada. Não pode se considerar informal o autônomo. Um médico que não tem vínculo empregatício, que trabalha por conta própria, no cadastro da medição é considerado informal. O taxista é informal, o jornaleiro é informal, o eletricista que presta serviços onde quer é informal. Some-se o informal que está exercendo alguma atividade formal para ver como cai esse índice. Estudo isso há muito tempo. Pego dados desde 2007. Vou cruzar essas informações para apresentar uma proposta para a sociedade. Antes, eu só tinha palpite. Agora tenho segurança para afirmar que 1/3 dos ditos informais não é. São pessoas que na verdade estão trabalhando com a opção de não ter contrato formal. A melhor forma de combater quem está jogado na informalidade é o crescimento da economia.

AE: Uma reforma trabalhista para desonerar as folhas de pagamento ajudaria a manter a boa fase do emprego?

Lupi:
A reforma só não tira direito. Ninguém abre mão de conquista. Qualquer discussão que respeite o direito do trabalhador eu topo. Agora, não ter discussão dizendo que vai se pagar metade do FGTS!... Isso é direito adquirido! Não conheço nenhuma sociedade que abra mão de direitos adquiridos.

Outra coisa é quem está iniciando no mercado de trabalho e faz opção de ter seu serviço autônomo. O que se pode fazer é criar incentivos fiscais, como foi na época da crise, de linhas que ajudem a vender para gerar emprego. Aconteceu com a linha branca, com a linha automobilística e pode acontecer com vários [setores], inclusive aqueles muito dependentes do mercado internacional. (...) O que pode ajudar realmente a economia é reduzir imposto final do produto: baixar ICMS, IPI, onde for necessário. Quem abre mão de conquistas é povo fadado ao fracasso.

AE: Incorporação de novos trabalhadores não demanda reformas na Previdência?

Lupi:
Não. Como não sou ministro da Previdência, estou aqui dando apenas uma opinião política. Mas, não tenho direito de interferir no assunto de outro ministro. No Ministério da Previdência tem um erro fatal, que veio de um acerto. Foi concedido pela Constituição de 88 direito a 8 milhões de aposentadorias rurais. São trabalhadores que precisam e devem receber a aposentadoria porque trabalharam, mas nunca contribuíram para a Previdência. Na verdade, são despesas do Tesouro e se contabiliza como da Previdência. Isso está errado. Se separar esses 8 milhões de aposentarias, tira [prejuízo] da Previdência. Por que não? Só pode contabilizar na Previdência quem contribuiu. Separa esses 8 milhões rurais e a Previdência já fica superavitária.

AE: No que o governo Dilma será parecido e diferente do governo Lula?

Lupi:
Muito parecido vai ser na visão da macroeconomia e da política social, porque isso está dando certo. Como sou ligado ao futebol, mas não se mexe em time que está ganhando. Posso até escalar novo jogador, mas o esquema tático vai ser o mesmo. O discurso da eleição foi o da continuidade. A diferença é o estilo de cada um. O presidente Lula é um homem de profunda sensibilidade social, de muito carisma. O homem que vem de muitas lutas, muitas vitórias, muitas derrotas. Um homem mais calejado pelo sofrimento das lutas políticas. A Dilma é mulher. A mulher se diferencia por ser mais sensível do que nós homens. A diferença principal é que ela tem outro tipo de experiência, de resistência à ditadura, à tortura. Nunca teve uma experiência eleitoral, mas teve uma experiência de sofrimento muito grande. É outro tipo de personalidade. Dizer que a Dilma tem o carisma do Lula é mentir. É minha chefe, mas a gente não pode mentir para ela. Tem a sensibilidade que pode compensar com muita facilidade a falta de carisma. Ela tem a experiência de ter sido durante quatro anos ministra da Casa Civil, tocava o dia-a-dia do governo.

AE: Dentro do Ministério, qual o principal desafio?

Lupi:
A principal frustração continua sendo a qualificação profissional. Acho que, por mais que eu tenha feito, fiquei aquém do que eu desejaria e do que a sociedade necessita.

AE: O senhor insistirá no polêmico projeto do ponto eletrônico, adiado para 2011, que tem a oposição do empresariado e de alguns sindicatos?

Lupi:
Estou insistindo. Já tive toda a tranquilidade e paciência do mundo. Já prorroguei algumas vezes, passei para março. Infelizmente as pessoas não querem fazer uma discussão verdadeira. O ponto eletrônico é a impressão do trabalhador, do horário dele (...) [Hoje] o patrão tem o direito de cobrar horário, mas o trabalhador não tem direito de saber se o que estão pagando é correto. O que eu quero é muito simples: que se imprima no papelzinho. Ninguém precisa guardar. Mas, se o trabalhador olhar que estão comendo 20 minutos, reclama e tem a prova material. Eu vou facilitar a vida, inclusive dos tribunais. (...) A maioria, 90% (das empresas), vai estar direito. Mas, tem 10% que sonega mesmo. Esses que sonegam estão com ódio porque vão ter que deixar de sonegar.

AE: Essa sonegação pode chegar a quanto?

Lupi:
O cálculo é que R$ 20 bilhões anuais são sonegados. Isso é uma coisa monstruosa. Quando a gente começou a mexer, vimos que tinha muita sonegação. Eu cutuquei um mostro sem querer. Ele agora está que nem um dragão, jogando aquela labareda, queimando em mim. O dragão veio, mas eu tenho couro de jacaré. Vai ser difícil.

AE: O PDT ficou satisfeito com a manutenção do Ministério do Trabalho ou quer mais espaço no governo Dilma?

Lupi:
Não temos ainda as reivindicações. Fomos o primeiro partido a apoiar a Dilma oficialmente. Nem o PT apoiava a Dilma quando a gente declarou (apoio). Não tivemos uma dissidência; todo o partido, de norte a sul, apoiou a Dilma. Ora, no mínimo, o que queremos é uma reciprocidade nessa dedicação. Temos várias reivindicações no segundo escalão. Estamos reivindicando Osmar Dias em Itaipu. Porque o Osmar Dias é do Paraná, teve um caminhão de votos, aceitou ser governador quando não tinha outra opção de palanque para a Dilma no Paraná. Tem legitimidade, competência e voto. Queremos alguns espaços na Eletrosul, queremos estatais onde possamos desenvolver trabalho de uma política pública de fortalecimento dessas empresas. Mas, isso só vai começar a andar depois de fevereiro. Está caminhando bem. Isso vai se acertar depois. É que nem caminhão de mudança, dá uma freada e arruma tudinho.”

FONTE: reportagem (entrevista) da Agência Estado transcrita no portal “Vermelho” (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=144530&id_secao=2). [imagem do Google adicionada por este blog]

PETROBRAS DECLARA COMERCIALIDADE DE TUPI E IRACEMA

                                         Mapa dos campos

“A Petrobras, na condição de operadora do Bloco BMS-11, localizado na Bacia de Santos, comunica que efetuou quarta (29/12) junto à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Declaração de Comercialidade das acumulações de petróleo de boa qualidade e gás nas áreas de Tupi e Iracema. Na proposta, encaminhada ao órgão regulador, as denominações sugeridas para estas acumulações foram Campo de Lula e Campo de Cernambi, respectivamente para Tupi e Iracema.

O Campo de Lula será o primeiro campo supergigante de petróleo do País (volume recuperável acima de 5 bilhões de boe), e o Campo de Cernambi está entre os cinco maiores campos gigantes do Brasil.

Juntamente com a Declaração de Comercialidade, estão sendo submetidos à ANP o Relatório Final do Plano de Avaliação e o Plano de Desenvolvimento (PD) dos dois campos.

A Declaração de Comercialidade ocorre após a execução do Programa de Avaliação Exploratória na área, a partir do primeiro poço, perfurado em outubro de 2006. Os 11 poços concluídos nas duas áreas e o Teste de Longa Duração (TLD) na área de Tupi, iniciado em abril de 2009, geraram as principais informações para embasar o volume recuperável total divulgado em 29/12 pela Companhia, assim como os Planos de Desenvolvimento da Produção para os campos de Lula e Cernambi.

O sucesso exploratório obtido na área representa o elevado potencial do Pré-Sal que já começa a contribuir para o crescimento da curva de produção e das reservas de petróleo e gás da Companhia.

O Bloco BMS-11 é operado pela Petrobras, que detém 65% da concessão, tendo como outros concessionários as empresas BG Group com 25% e Galp Energia com 10%.”

FONTE: blog “Fatos e Dados”, da Petrobras (http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/?p=34735).

PETROBRAS BATIZA “TUPI” DE “LULA” E ANUNCIA RESERVAS DE 8,3 BI NO BLOCO BM-S-11


“A área de Tupi teve sua comercialidade declarada quarta-feira (29) pela Petrobras e os sócios GALP e BG. O novo campo será denominado “Lula”, e tem reservas estimadas em 6,5 bilhões de barris de petróleo e gás recuperáveis. “Tupi” era o nome provisório da área descoberta. Após a declaração de comercialidade, os campos recebem nomes de formas marinhas.

A área vizinha de Iracema também foi certificada. Batizada de “Cernambi”, tem 1,8 bilhão de barris de óleo e gás. Os campos de “Lula” e “Cernambi” fazem parte do bloco BM-S-11, e juntos, somam reservas de 8,3 bilhões de barris de óleo equivalente (petróleo e gás).

Quando um consórcio declara comercialidade, ele anuncia que a produção naquele campo é viável em escala comercial. Depois da declaração de comercialidade, as reservas do campo são integradas ao portfólio da companhia.

O BM-S-11 começou a ser perfurado em outubro de 2006. A área de “Tupi” foi a primeira grande descoberta do pré-sal. Anunciada no final de 2007, foi a partir dela que o governo identificou o grande potencial da nova fronteira exploratória brasileira. Desde então, os leilões na camada pré-sal foram suspensos e um novo marco regulatório para o setor foi desenvolvido, e sancionado na semana passada pelo presidente Lula.

A Petrobras tem 65% do consórcio, sendo a operadora do bloco. A britânica BG tem 25%, com os 10% restante a cargo da portuguesa GALP.

PRODUÇÃO

A Petrobras anunciou na última segunda-feira (27) que a sua produção de petróleo subiu 4,7% em novembro, para 2.030.924 barris/dia, na comparação com outubro. O número corresponde ainda a um aumento de 2% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Esse resultado sinaliza uma produção sustentável acima de 2 milhões de barris diários, marca atingida por poucas empresas de petróleo no mundo.

O crescimento do volume extraído, segundo a estatal, se deve à normalização dos níveis de produção de dez plataformas da Bacia de Campos que estavam em manutenção periódica no mês anterior.

Além disso, o início de produção do Piloto de “Tupi”, no pré-sal da Bacia de Santos, no final do mês de outubro e a entrada de mais um poço produtor na plataforma P-40, no campo de “Marlim Sul”, na Bacia de Campos, também contribuíram.

Considerados também os campos no exterior, a produção total de petróleo e gás natural da Petrobras atingiu a média diária de 2.620.347 barris de óleo equivalente diários em outubro. O volume indica um aumento de 2,5% sobre o mesmo mês de 2009 e de 3,4% em relação à produção global da Petrobras no mês anterior, quando foram produzidos 2.534.274 barris diários.”

FONTE: reportagem de Cirilo Junior e Pedro Soares publicada na Folha de São Paulo (http://www1.folha.uol.com.br/mercado/852274-petrobras-batiza-tupi-de-lula-e-anuncia-reservas-de-83-bi-no-bloco-bm-s-11.shtml). [imagem do Google adicionada por este blog]

O BRASIL NO CENTRO DA GEOPOLÍTICA MUNDIAL



CALEIDOSCÓPIO MUNDIAL

Por José Luís Fiori

“Durante a primeira década do Século XXI, o Brasil conquistou um razoável grau de liberdade para poder definir autonomamente sua estratégia de desenvolvimento e de inserção internacional num mundo em plena transformação. O sistema mundial saiu da crise econômica de 2008 dividido em três blocos cada vez mais distantes, do ponto de vista de suas políticas e da sua velocidade de recuperação: os EUA, a União Europeia e algumas grandes economias nacionais emergentes, entre as quais se inclui o Brasil.

Mas do ponto de vista geopolítico, o sistema mundial ainda segue vivendo uma difícil transição - depois do fim da Guerra Fria - de volta ao seu padrão de funcionamento original. Desde o início do século XIX, o sistema interestatal capitalista se expandiu liderado pela Grã Bretanha, e por mais algumas potências europeias, cuja competição e expansão coletiva foram abrindo portas para o surgimento de novos "poderes imperiais", como foi o caso da Prússia e da Rússia, num primeiro momento, e da Alemanha, EUA e Japão, meio século mais tarde. Da mesma forma como aconteceu depois da "crise americana" da década de 1970.

Depois da derrota do Vietnã, e da reaproximação com a China, entre 1971 e 1973, o poder americano cresceu de forma contínua, construindo uma extensa rede de alianças e uma infraestrutura militar global que lhe permite até o hoje o controle quase monopólico, naval, aéreo e espacial de todo o mundo. Mas ao mesmo tempo, essa expansão do poder americano contribuiu para a "ressurreição" militar da Alemanha e do Japão e para a autonomização e fortalecimento da China, Índia, Irã e Turquia, além do retorno da Rússia ao "grande jogo" da Ásia Central e do Oriente Médio. Os reveses militares dos Estados Unidos na primeira década do século desaceleraram o seu projeto imperial. Mas uma coisa é certa, os EUA não abdicarão voluntariamente do poder global que já conquistaram e não renunciarão à sua expansão contínua, no futuro. Qualquer possibilidade de limitação desse poder só poderá vir do aumento da capacidade conjunta de resistência das novas potências.

Por outro lado, depois do fim do Sistema de Bretton Woods, entre 1971 e 1973, a economia americana cresceu de forma quase contínua, até o início do século XXI. Ao associar-se com a economia chinesa, a estratégia americana diminuiu a importância relativa da Alemanha e do Japão para sua "máquina de acumulação", na escala global. E ao mesmo tempo, contribuiu para transformar a Ásia no principal centro de acumulação capitalista do mundo, transformando a China numa economia nacional com enorme poder de gravitação sobre toda a economia mundial.

Essa nova geometria política e econômica do sistema mundial se consolidou na primeira década do século XXI, e deve se manter nos próximos anos. Os Estados Unidos manterão sua centralidade dentro do sistema como única potência capaz de intervir em todos os tabuleiros geopolíticos do mundo e que emite a moeda de referência internacional. Desunida, a União Europeia terá um papel secundário, como coadjuvante dos Estados Unidos, sobretudo se a Rússia e a Turquia aceitarem participar do "escudo europeu antimísseis", a convite dos EUA e da OTAN. Nesse novo contexto internacional, a Índia, o Brasil, a Turquia, o Irã, a África do Sul, e talvez a Indonésia, deverão aumentar o seu poder regional e global, em escalas diferentes, mas ainda não terão por muito tempo capacidade de projetar seu poder militar além das suas fronteiras regionais.

De qualquer forma, três coisas se pode dizer com bastante certeza, neste início da segunda década do século XXI:

1. Não existe nenhuma "lei" que defina a sucessão obrigatória e a data do fim da supremacia americana. Mas é absolutamente certo que a simples ultrapassagem econômica dos EUA não transformará automaticamente a China numa potência global, nem muito menos no líder do sistema mundial.

2. Terminou definitivamente o tempo dos "pequenos países" conquistadores. O futuro do sistema mundial envolverá - daqui para a frente - uma espécie de "guerra de posições" permanente entre grandes "países continentais", como é o caso pioneiro dos EUA, e agora é também o caso da China, Rússia, Índia e Brasil. Nessa disputa, os EUA já ocupam o epicentro do sistema mundial, mas mesmo antes que os outros quatro países adquiram a capacidade militar e financeira indispensável à condição de potência global, eles já controlam em conjunto cerca de 1/3 do território, e quase 1/2 da população mundial.

3. Por fim, a definição da estratégia internacional do Brasil não depende da "taxa de declínio" dos EUA, mas não pode desconhecer a existência do poder americano. Assim mesmo, gostem ou não os conservadores, o Brasil já entrou no grupo dos Estados e das economias nacionais que fazem parte do "calidoscópio central" do sistema, onde todos competem com todos, e todas as alianças são possíveis, em função dos objetivos estratégicos do país.”

FONTE: escrito por José Luís Fiori, professor titular e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Economia Política Internacional da UFRJ, e autor do livro "O Poder Global", da Editora Boitempo, 2007. Publicado no jornal “Valor Econômico” e transcrito no blog do jornalista Luis Nassif (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-brasil-no-centro-da-geopolitica-mundial#more). [imagem do Google adicionada por este blog]

BRASIL: DA AUSTERIDADE AO CRESCIMENTO COM REDISTRIBUIÇÃO DE RENDA


“De uma economia em crise, com pouco crescimento e inflação em ascensão, para o maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em mais de duas décadas, com desemprego em queda e reconhecimento internacional.

A política econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em oito anos de governo, foi marcada pela busca do crescimento com distribuição de renda.

A atuação do governo Lula na área econômica pode ser dividida em duas fases: a austeridade fiscal durante a gestão de Antonio Palocci no Ministério da Fazenda, de 2003 a 2006, e o crescimento com reconhecimento internacional da administração Guido Mantega na pasta, que começou há quatro anos e continuará no governo da presidenta eleita Dilma Rousseff.

Com a necessidade de reorganizar a economia após o processo eleitoral de 2002 [a economia estava em grave crise], Lula iniciou o mandato por meio de um forte aumento de juros, que combinado com um ajuste fiscal mais rigoroso, resultou num crescimento do PIB de 0,5% já em 2003. Inicialmente, tinha sido divulgada queda de 0,2%, mas os números foram revisados posteriormente.

Em 2010, o presidente Lula termina o governo com um crescimento estimado da economia de, pelo menos, 7,5%. A média de crescimento até 2008, ano mais forte da crise econômica, chegou a 4,2% e entre 2010 e 2014 a expectativa para o crescimento médio está em torno de 6%, de acordo com estimativas do Ministério da Fazenda. Somente em 2009, por causa da crise econômica mundial, o PIB caiu.

A demanda interna que era de 0.2% no início do governo deve alcançar, em 2010, 10,3%. Quanto à demanda externa, que em 2002 era de 0,2%, tudo indica que deverá ficar negativa em 2,8%, com o Brasil exportando menos em consequência, ainda, da crise financeira internacional.

ALTOS INVESTIMENTOS

Contidos no primeiro mandato de Lula, os investimentos deslancharam na segunda metade do governo. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que em 2002 representava -7,8% do Produto Interno Bruto (PIB), deve fechar 2010 em 19,1% na mesma comparação, de acordo com o Ministério da Fazenda. Os destaques são os investimentos da Petrobras, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A alta dos investimentos e do consumo impulsionou a indústria. Exceto em 2009, quando o Brasil ainda sentia os efeitos da crise, e 2003 [ainda lutando contra os negativos efeitos da política econômica de FHC], o setor teve forte expansão. De 2,75% em 2002, a indústria deve encerrar 2010 com 8,5% de crescimento. O reconhecimento internacional dessa política veio em 2008, quando o Brasil recebeu o grau de investimento, certificação das agências de risco de que o país não dará calote na dívida pública.

O maior crescimento econômico também se refletiu em maior riqueza por brasileiro. O PIB per capita, que um ano após o início do governo era de R$ 13.931, fechou 2009 em R$ 16.414 e a estimativa do Ministério da Fazenda é que chegue a R$ 17.500 em 2011, em torno de US$ 10 mil. Os efeitos do aquecimento da economia, no entanto, não se concentraram na parcela mais rica da população e beneficiaram as camadas mais pobres da sociedade, motivada pela política de valorização real do salário mínimo e pelos benefícios sociais com o Programa Bolsa Família.

REDUÇÃO DA POBREZA

Entre 2002 até 2010, mais de 75 milhões de brasileiros foram incluídos na classe C e a desigualdade de renda pelo índice GINI caiu de 0,58% para 0,54% em 2009, com dados na última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Em consequência, houve redução da pobreza em 45%. Enquanto, o percentual de pobres em 2002 chegava a 26,7%, em 2009 caiu para 15,3% da população.

A criação de empregos também foi considerada recorde pelo governo. Em 2002, foram gerados 961 mil postos de trabalho. Para este ano, a estimativa do Ministério da Fazenda é de 2,2 milhões. Em novembro, a taxa de desemprego, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atingiu 5,7%, o menor nível da história.

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 12,5% para 5,85% (estimativa do boletim Focus do Banco Central, em 14 de dezembro). A meta a partir de 2006 foi definida em 4,5%, podendo variar dois pontos percentuais para cima ou para baixo.”

FONTE: divulgado pela Agência Brasil e transcrito no portal “Vermelho” (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=144506&id_secao=2). [imagem do Google adicionada por este blog]

NORDESTE É A NOVA FRONTEIRA DO DESENVOLVIMENTO BRASILEIRO





“A Fiat não instalou sua nova fábrica brasileira em Pernambuco porque o presidente Lula é de lá ou porque o governador Eduardo Campos tem olhos azuis. A empresa sabe que o Nordeste está se desenvolvendo a passos largos e é a nova fronteira do País a ser desbravada, por isso não perdeu tempo, afirmou o presidente Lula durante cerimônia de lançamento da pedra fundamental da fábrica no Complexo Industrial de SUAPE, em Pernambuco.

O Nordeste que antes só aparecia nas estatísticas por seus problemas de analfabetismo, desnutrição e mortalidade infantil, agora forma cada vez mais doutores, qualifica profissionalmente sua juventude por meio das escolas técnicas e vê a geração de emprego e renda crescer com a instalação da indústria naval e petroquímica nos estados da região. E, assim, o País fica mais justo e equilibrado, afirmou o presidente:

Não era possível o Brasil continuar dividido entre o País miserável exportador de desempregado para o restante do País e o Brasil que recebia quase tudo. Este País tem que ser mais igual, dando oportunidade a todas regiões. (…) O Nordeste precisa de mais indústrias e mais empregos, porque nós temos que recuperar as décadas perdidas. Eu não esqueço a razão pela qual eu saí da minha Caetés no dia 13 de dezembro de 1952. A causa chamava-se fome. E nós não queremos que isso aconteça mais com o Nordeste. Nós queremos que nordestino vá a SP a turismo, como o paulista vem para cá a turismo.”

O presidente reafirmou a sua disposição de trabalhar até o último dia de sua gestão, e assim continuar viajando pelo Brasil, inaugurando obras e dando início a grandes projetos. Muita gente tem estranhado e até criticado esse ritmo, observou Lula, mas talvez porque estejam acostumados a antigos hábitos de presidentes que diminuíam o ritmo no último ano de governo, ou que deixavam de trabalhar na parte da manhã ou na parte da tarde nos últimos meses. Mas Lula afirmou que tem motivos de sobra para trabalhar até o dia 31 de dezembro:

“(…) nem todos os presidentes da República tiveram o gostoso prazer de inaugurar a quantidade de obras que eu tenho para inaugurar. Nem todos. E nós estamos neste momento colhendo um pouco daquilo que plantamos em momentos difíceis.”

O presidente aproveitou o evento para defender a democratização na distribuição de verbas publicitárias a veículos de comunicação promovida pelo seu governo nos últimos oito anos.

Lula lembrou sua trajetória até chegar à Presidência e disse que se sentiu obrigado a mudar o patamar de governança no País, porque tinha que provar que um trabalhador de origem humilde tinha todas as condições de governar, tão bem ou melhor do que os presidentes anteriores. “Porque eu não queria provar a mim mesmo, eu queria provar aos trabalhadores e às pessoas mais humildes deste País”, afirmou o presidente.

Foi essa necessidade de provar que me fez trabalhar mais do que de hábito se trabalhava neste País. Acreditar mais do que se acreditava, depositar confiança no povo mais do que se depositava. Acreditar na parceria, no trabalho entre os entes federados.”

FONTE: Blog do Planalto (http://blog.planalto.gov.br/nordeste-e-a-nova-fronteira-do-desenvolvimento-brasileiro/#more-20617). [imagem do Google adicionada por este blog]

REFINARIA PREMIUM II: RESPOSTAS AO "O GLOBO"


Referente à matéria “Lula vai ‘inaugurar’ obra de refinaria que terá início em 2017“, publicada terça (28/12) pelo jornal O Globo e às respostas da Petrobras enviadas ao veículo.

Pergunta: A FUNAI não concluiu o levantamento sobre a área da refinaria. Mas um estudo encomendado pela própria Petrobrás já atestou que a área é inadequada e reconhece que são terras indígenas. Mesmo assim, a Petrobras vai insistir com o projeto naquele local?

Resposta:
Esclarecemos que a Petrobras não encomendou nenhum estudo que tenha atestado que as terras onde estudamos a instalação da refinaria sejam indígenas.

É entendimento da Petrobras que apenas a FUNAI tem a autoridade legal para atestar sobre questões indígenas e não é possível chegar a nenhuma conclusão definitiva sem a referência de documento emitido pela FUNAI, isto é, o Relatório do Grupo de Trabalho coordenado pela FUNAI e ora em curso.

A Petrobras somente está realizando campanhas de sondagem, que em nada impactam os terrenos.

Pergunta: A refinaria ainda não tem licença ambiental nem do IBAMA nem da Superintendência Estadual do Meio AMbiente (SEMACE) que aguarda o EIA-RIMA. Quando esse estudo estará pronto?

Resposta:
Esclarecemos que o licenciamento ambiental da refinaria é emitido pela SEMACE e está em curso. Estamos elaborando o EIA / RIMA. que deverá ser entregue à SEMACE no 1º trimestre de 2011.

Pergunta: Gostaria de saber o valor atual desse empreendimento, a capacidade e se está mantida a proposta original de ser uma unidade de refino mais voltada à exportação.

Resposta:
O valor atual está conforme previsto no Plano de Negócios 2010 – 2014 da Petrobras.

A destinação dos derivados gerados pela refinaria será função do mercado. Caso o crescimento do PIB permaneça acima de 5% a.a., é possível que toda a produção seja destinada ao mercado nacional.

Pergunta: Qual a previsão de funcionamento da refinaria?

Resposta:
Conforme previsto no Plano de Negócios 2010 – 2014 da Petrobras, o início de operação da refinaria está previsto para 2017.”

FONTE: blog “Fatos e Dados”, da Petrobras (http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/?p=34690#more-34690).

INÍCIO DA CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO DE REFINARIA DA PETROBRAS NO CEARÁ


PETROBRAS LANÇA PEDRA FUNDAMENTAL PARA CONSTRUÇÃO DE REFINARIA NO CEARÁ

“A Petrobras lançou na manhã de 29 dezembro a pedra fundamental para a implantação da Refinaria Premium II, que integra os projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Ceará.

A solenidade contou com a presença do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado do governador do Ceará, Cid Gomes, e do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo.

Segundo nota divulgada pela Petrobras, a Universidade Federal do Ceará foi contratada para realizar o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto ao Meio Ambiente, já em andamento.

A Refinaria Premium II deverá produzir diesel com baixo teor de enxofre, querosene de aviação, nafta, gás de cozinha e bunker (combustível de navio). A refinaria deverá operar a partir de 2017, com produção de 300 mil barris/dia.

Para a implantação do projeto, há previsão da geração de 90 mil postos de trabalho. O empreendimento deverá ser instalado no Complexo Industrial do Porto de Pecém, no município de Caucaia.

A Petrobras já assinou com a empresa americana UOP, fornecedora de tecnologia na área de refino de petróleo, contrato para elaboração dos projetos básicos e de pré-detalhamento das refinarias Premium I - a ser construída no Maranhão - e da Premium II.

As duas unidades produzirão derivados para os mercados nacional e internacional. Na nota, a empresa informa, ainda, que estão em estudo processos de refino iguais, ‘proporcionando uma redução de custos de projeto e de instalação, além de diminuir os prazos de execução dos projetos’.”

FONTE: reportagem de Nielmar de Oliveira publicada pela Agência Brasil (edição: Juliana Andrade) (http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia1?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_56_groupId=19523&_56_articleId=3151324). [imagem do Google adicionada por este blog]

NOVA REFINARIA DA PETROBRAS NO CEARÁ


PETROBRAS LANÇA PEDRA FUNDAMENTAL DA REFINARIA PREMIUM II

“A Petrobras lançou, quarta-feira (29/12), a pedra fundamental para a implantação da Refinaria Premium II, empreendimento integrante do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no estado do Ceará. A cerimônia de lançamento contou com as presenças do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado do governador do Ceará, Cid Gomes, e do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo.

A Universidade Federal do Ceará foi contratada para realizar o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente, que está em andamento. A área que está sendo estudada para a implantação da Refinaria Premium II fica no Complexo Industrial do Porto de Pecém (CIPP), no município de Caucaia (CE), onde está sendo iniciada campanha de sondagem do terreno. A unidade deverá produzir diesel com baixo teor de enxofre, querosene de aviação, nafta, gás de cozinha e bunker (combustível de navio).

A refinaria deverá operar a partir de 2017, com produção de 300 mil barris/dia. Para implantação do projeto, há previsão da geração de 90 mil postos de trabalho diretos, indiretos e por efeito renda.

A Petrobras assinou com a empresa americana UOP, tradicional fornecedora de tecnologia na área de refino de petróleo, contrato para elaboração dos projetos básicos e de pré-detalhamento das Refinarias Premium I, a ser construída no estado do Maranhão, e da Refinaria Premium II, no estado do Ceará, para a produção de derivados para os mercados nacional e internacional. Estão em estudo processos de refino iguais, proporcionando uma redução de custos de projeto e de instalação, além de diminuir os prazos de execução dos projetos.

A Petrobras estabeleceu que os projetos deverão seguir padrões e normas internacionais, também respeitando as normas legais brasileiras. Os projetos de pré-detalhamento (FEED – Front End Engineering Design), apesar de serem responsabilidade da UOP, serão executados por empresas de engenharia brasileiras, garantindo a utilização de mão de obra nacional.”

FONTE: blog “Fatos e Dados”, da Petrobras (http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/?p=34704#more-34704).

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Marcos Coimbra: AS CRÍTICAS AO MINISTÉRIO DILMA


Por Marcos Coimbra, no Correio Braziliense

“Por mais que a esperemos, é sempre surpreendente a má vontade de nossa “grande imprensa” para com o governo Dilma. No modo como os principais jornais de São Paulo e do Rio têm discutido o ministério, vê-se, com clareza, seu tamanho.

A explicação para isso pode ser o ainda mal digerido desapontamento com o resultado da eleição, quando, mais uma vez, o eleitor mostrou que a cobertura da mídia tradicional tem pouco impacto nas suas decisões de voto. Ou, talvez, a frustração de constatar quão elevadas são as expectativas populares em relação ao próximo governo, contrariando os prognósticos das redações.

As críticas ao ministério que foi anunciado na última semana estavam prontas, qualquer que fosse sua composição política, regional ou administrativa. Se Dilma chamasse vários colaboradores do atual governo, revelaria sua “submissão” a Lula, se fossem poucos, sua “traição”. Se houvesse muita gente de São Paulo, a “paulistização”, se não, que “dava o troco” ao estado, por ter perdido a eleição por lá. Se convidasse integrantes das diversas tendências que existem dentro do PT, que se curvava às lutas internas, se não, que alimentava os conflitos entre elas. E por aí vai.

Para qualquer lado que andasse, Dilma “decepcionaria” quem não gosta dela, não achou bom que ela vencesse e não queria a continuidade do governo Lula. Ou seja, desagradaria aqueles que não compartilham os sentimentos da grande maioria do país, que torce por ela, está satisfeita com o resultado da eleição e quer a continuidade.

Na contabilidade matematicamente perfeita da “taxa de continuísmo” do ministério, um jornal carioca foi rigoroso: exatos 43,2% dos novos integrantes do primeiro escalão ocuparam cargos no governo Lula (o que será que quer dizer 0,2% de um ministro?). E daí? Isso é pouco? Muito? O que haveria de indesejável, em si, em uma taxa de 43,2%?

Note-se que, desses 16 ministros, apenas oito tinham esse status, sendo os restantes pessoas que ascenderam do segundo para o primeiro escalão. A rigor, marcariam um continuísmo menos extremado (se é isso que se cobra da presidente). Refazendo as contas: somente 21,6% dos ministros teriam a “cara de Lula”. O que, ao contrário, quer dizer que quase 80% não a têm tão nítida.

Para uma candidata cuja proposta básica era continuar as políticas e os programas do atual governo, que surpresa (ou desilusão) poderia existir nos tais 43,2%? Se, por exemplo, ela chamasse o dobro de ministros de Lula, seria errado?

Isso sem levar em consideração que Dilma não era, apenas, a representante abstrata da tese da continuidade, mas uma profissional que passou os últimos oito anos trabalhando com um grupo de pessoas. Imagina-se que tenha desenvolvido, para com muitas, laços de colaboração e amizade. Mantê-las em seus cargos ou promovê-las tem muito a ver com isso.

No plano regional, a acusação é quanto ao excesso de ministros de São Paulo, nove entre 37, o que justificaria dizer que teremos um “paulistério”, conforme essa mesma imprensa. Se, no entanto, fizéssemos aquela aritmética, veríamos que são 24,3% os ministros paulistas, para um estado que tem 22% da população, se for esse o critério para aferir excessos e faltas de ministros por estados e regiões.

Em sendo, teríamos, talvez, um peso desproporcionalmente positivo do Rio (com seis ministros nascidos no estado) e negativo de Minas (com apenas um). Há que lembrar, no entanto, que a coligação que elegeu a presidente fez o governador, os dois senadores e a maioria da bancada federal fluminense, o oposto do que aconteceu em Minas. O PMDB saiu alquebrado e o PT ainda mais dividido no estado, com uma única liderança com perspectiva sólida de futuro, o ex-prefeito Fernando Pimentel, que estará no ministério.

Para os mineiros, um consolo, não pequeno: a presidente Dilma nasceu em Belo Horizonte. Os ministros são poucos, mas a chefe é de Minas Gerais.”

FONTE: escrito por Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi. Publicado no "Correio Braziliense" e transcrito no portal “Viomundo” (http://www.viomundo.com.br/politica/marcos-coimbra-o-ministerio-dilma.html) [título e imagem do Google adicionados por este blog].

REFUNDAÇÃO DO PSDB


“Não acredito em refundação do PSDB, principalmente depois de campanha eleitoral em que seu candidato perfilhou as teses mais reacionárias em matéria de política externa, religião e saúde pública. Será que os tucanos vão instituir, por exemplo, governo paralelo na Venezuela, Bolívia e Equador para defender os interesses dos Estados Unidos contra a vontade dos atuais governantes daqueles países? Era praticamente de que falava José Serra, durante a campanha eleitoral.

MALOGRO

Creio que a refundação do PSDB pode vir a ser malogro semelhante ao do PFL, que, de fracasso em fracasso eleitoral, mudou de nome, tentou disfarçar-se, embora não pudesse encobrir seus integrantes, com sua história, seus pecados, seus compromissos. Deu em nada. Aliás, seu primeiro fruto foi a prisão do governador de Brasília de suas fileiras, por roubo de dinheiros públicos.

COERÊNCIA

O PSDB foi criado, em São Paulo, pelos "bons" [sic!] do PMDB, Mário Covas, Franco Montoro, Fernando Henrique Cardoso, que não aceitavam a liderança inconteste de Orestes Quércia, por eles considerado corrupto e, agora, recentemente, paparicado por eles para apoiar José Serra na malograda corrida à Presidência da República.”

FONTE: escrito por Lustosa da Costa e publicado em sua coluna no Diário do Nordeste (http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=908539)[imagem do Google e "sic" adicionados por este blog].