quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
LULA FALA SOBRE FINANCIAMENTO DA CASA PRÓPRIA, HORÁRIO DE VERÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
“Na coluna ‘O Presidente Responde’ desta semana, os temas abordados foram o acesso a financiamento da casa própria para trabalhadores que recebem salário acima da média, crítica ao horário de verão como forma de economizar energia e a necessidade de se investir em educação ambiental nas escolas do País. As perguntas vieram de leitores de Goiás e São Paulo.
O funcionário público federal Otaci Silva, de Goiânia (GO), pergunta por que trabalhadores que recebem acima da média não têm acesso a financiamento da casa própria. “Neste país é 8 ou 80, ou é pobre ou é rico, não se pode subir para a classe média?”, questionou.
O presidente Lula respondeu que o País conta com uma linha de crédito imobiliário para todas as faixas de renda, o que muda são as condições de financiamento, que dependem da renda familiar. Os maiores subsídios são para famílias que têm renda até R$ 1.395,00 – para essa faixa, explicou o presidente, as prestações são de apenas 10% da renda familiar, com um valor mínimo de R$ 50,00, pelo período máximo de 10 anos.
“Um segundo segmento, que tem poder de compra um pouco maior – renda familiar entre R$ 1.395,00 e R$ 2.790,00 – recebe um subsídio para complementar a capacidade de pagamento, que pode chegar a R$ 23 mil, além de taxas de juros subsidiadas (6,0% ao ano). As famílias com renda entre R$ 2.790,00 e R$ 4.900,00, além de taxas de juros subsidiadas (8,16% ao ano), podem obter financiamento para até 100% do valor do imóvel, desde que o prazo de financiamento não ultrapasse 20 anos. Considerando que os recursos públicos são limitados, o governo concede subsídios diretamente até o teto de renda familiar de R$ 4.900,00. A partir desse valor, o atendimento se dá via regras de mercado. Mesmo assim o governo subsidia indiretamente quem compra imóveis de até R$ 500 mil, independentemente da renda. A União isenta de impostos os rendimentos da poupança e ao mesmo tempo obriga que grande parte dos recursos captados pelos bancos, em cadernetas, seja aplicada em financiamentos imobiliários a taxa de juros tabelada.”
O contador Adriano Lima, também de Goiânia (GO), critica o horário de verão, que segundo ele sacrifica trabalhadores e estudantes. Ele afirma que há outras formas de se economizar energia, “mais eficazes e menos desgastantes”.
Lula respondeu lembrando que, com a adoção do horário de verão, a população economiza energia e há um menor carregamento de energia nas linhas de transmissão, nas subestações e nos sistemas de distribuição. Com isso, é reduzido o risco de sobrecarga “numa época do ano em que, em várias regiões do País, o sistema é normalmente submetido às mais severas condições operacionais, por ser este o período de carga máxima”.
“Com o horário de verão, é possível operar o sistema com maior segurança e confiabilidade nas horas mais críticas, diminuindo a necessidade de investimentos em geração de energia elétrica. Se a medida não fosse adotada, o Brasil teria de construir várias usinas térmicas ao custo de R$ 1 bilhão, capazes de suprir a necessidade de energia de uma cidade de 6 milhões de habitantes.”
Já o servidor público Adailton Paulo de Araújo, de São Bernardo do Campo (SP), pede investimento em profissionais qualificados e implantação da educação ambiental nas escolas brasileiras, já que o meio ambiente é tão importante para todos.
O presidente Lula concordou e revelou que o Ministério da Educação já atua no desenvolvimento da educação ambiental nas escolas, sugerindo a introdução do tema nos currículos escolares e desenvolvendo atividades extracurriculares, por meio de encontros, ações, projetos e programas.
“No ano que vem, o Conselho Nacional de Educação vai colocar em consulta pública diretrizes específicas e atualizadas para a educação ambiental em todos os níveis e todas as modalidades de ensino. Desde 2004, o MEC investiu, através de educação a distância, R$ 14,3 milhões na formação de um total de 47 mil professores. Como exemplo de atividades extraclasses, cito as três edições da “Conferência Infanto-juvenil pelo Meio Ambiente – Vamos Cuidar do Brasil”, realizadas em 2003, 2006 e 2009 pelo MEC e Ministério do Meio Ambiente. Cada conferência mobilizou, em média, 3,6 milhões de alunos e 180 mil professores, de 12.800 escolas. Muitos participantes tornam-se uma espécie de agente multiplicador de educação ambiental nas suas escolas, locais de trabalho e de moradia.”
FONTE: Blog do Planalto (http://blog.planalto.gov.br/financiamento-da-casa-propria-horario-de-verao-e-educacao-ambiental/#more-20245).
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