sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
LUTA PELO PETRÓLEO: CRESCE A TENSÃO EUA x VENEZUELA
ESTADOS UNIDOS DETERMINAM SAÍDA DO EMBAIXADOR DA VENEZUELA DO PAÍS
“O Departamento de Estado norte-americano anunciou ter revogado o visto do embaixador venezuelano nos Estados Unidos, Bernardo Álvarez Herrera. A decisão foi tomada depois de o presidente venezuelano, Hugo Chávez, recusar-se a aceitar o nome indicado pelo governo dos Estados Unidos para o cargo de embaixador em Caracas, Larry Palmer.
Chávez demonstrou irritação por causa de comentários feitos por Palmer a respeito da política interna venezuelana. O diplomata americano disse que o moral das Forças Armadas da Venezuela estava baixo e disse temer que rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) estivessem se abrigando em território venezuelano.
"Avisamos que haveria consequências quando o governo venezuelano rescindiu o acordo em relação a nosso indicado, Larry Palmer", disse o porta-voz do Departamento de Estado americano, Mark Toner.
Chávez confirmou em 29/12 ter negado permissão ao candidato a embaixador Larry Palmer. Segundo ele, os Estados Unidos ameaçaram retaliar o governo venezuelano. "Eles [os norte-americanos] podem fazer o que eles quiserem, mas aquele homem não virá aqui como embaixador. Qualquer um que venha para cá como embaixador tem que demonstrar respeito. Este é um país que precisa ser respeitado", disse o presidente venezuelano à televisão estatal.
"Se os Estados Unidos querem expulsar nosso embaixador de lá, que o façam. Se quiserem cortar relações diplomáticas, que o façam", acrescentou o presidente da Venezuela. Para analistas, ainda não está claro como o episódio vai afetar o já difícil relacionamento entre os dois países.
A situação chegou a dar sinais de melhora depois da eleição do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, mas algum tempo depois Chávez declarou que o presidente americano era "uma grande decepção" e que ele tinha "o mesmo fedor de George W. Bush". Apesar das diferenças políticas com os Estados Unidos, a Venezuela continua sendo o quinto maior fornecedor de petróleo bruto para aquele país.”
[A meta dos EUA de controlar a produção e a exportação do petróleo venezuelano é a principal causa de toda a interferência norte-americana na política da Venezuela e da campanha internacional contra Hugo Chávez desenvolvida persistentemente pela mídia direitista, inclusive a brasileira.
Chávez passou a ser um estorvo para os EUA quando ficou evidente que ele não tinha perfil para ser marionete de interesses norte-americanos. Em 2002, foi vítima de golpe, com sua retirada do cargo presidencial para o qual havia sido eleito. Comprovadamente, os golpistas de direita, aliados à ‘grande’ mídia, receberam apoio norte-americano. O golpe foi frustrado por reação popular apoiada pelos militares de menor posto. Chávez foi libertado da prisão e retomou a presidência. Os conspiradores pretendiam, entre outras “modernizações”, privatizar a estatal venezuelana de petróleo, a PDVSA, para beneficiar e favorecer o grupo petroleiro associado ao presidente Bush dos EUA e à petroleira espanhola Repsol.
A situação é preocupante para o Brasil, que tem longa fronteira com a Venezuela. Saddam Hussein também passou a ser demonizado pelos EUA e pela mídia internacional até que, por pretextos mentirosos (falsas acusações de arsenal de bombas atômicas), o Iraque foi invadido e a sua produção e exportação de petróleo agora estão controladas pelos EUA, ao custo de mais de 100 mil civis iraquianos mortos].
FONTE: reportagem de Mariana Jungmann e Roberta Lopes, da Agência Brasil, com informações da agência britânica de notícias BBC (http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica-externa?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_56_groupId=19523&_56_articleId=3151971) [imagem do Google e trecho entre colchetes adicionados por este blog] [título, trecho entre colchetes e imagem do Google adicionados por este blog]
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