quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

PETROBRAS ESCLARECE SOBRE AQUISIÇÃO ACIONÁRIA NA REFAP


“A Petrobras, em função de notícias divulgadas sobre a aquisição de 30% do capital social da Refinaria Alberto Pasqualini S.A. – REFAP, julga relevante esclarecer aos seus acionistas e investidores alguns detalhes referentes à transação:

O valor da aquisição do capital social de US$ 350 milhões inclui 30% dos estoques da refinaria pertencentes à REPSOL na data da execução do contrato, que equivalem a aproximadamente US$ 130 milhões.

O contrato considera também que os lucros auferidos pela REFAP no exercício de 2010 serão totalmente retidos pela Petrobras. Até o terceiro trimestre de 2010, a parcela da REPSOL no lucro representava US$ 40 milhões.

A parcela da REPSOL, de US$ 500 milhões, na dívida atual da REFAP já estava consolidada no Balanço da Petrobras, não gerando elevação no endividamento total da Companhia, apesar da obrigação financeira ser transferida para a Petrobras.

É necessário considerar ainda que o contexto atual da indústria de petróleo é substancialmente diferente daquele vigente à época da troca de ativos. A venda da participação para a REPSOL foi efetuada pelo valor de US$ 500 milhões (valores de 2001), que incluíam ainda a participação de 10% no bloco de Albacora Leste e postos de serviços. Além disso, o preço do petróleo aumentou aproximadamente de US$ 19 /barril em 2001 para US$ 92 /barril no final de 2010; e a margem de refino, medida pelo ‘Crack spread 321’ no Golfo americano, cresceu de 2,9 para 10,8 no mesmo período.

Após a troca de ativos, foram realizados investimentos no montante de US$ 1,4 bilhão na refinaria. Esses investimentos resultaram no aumento da capacidade de 130 mil bpd para 190 mil bpd (46% de aumento) e na complexidade da refinaria de 2,0 para 6,9 de acordo com o Índice Nelson. Os principais projetos desenvolvidos foram a construção da Unidade de Craqueamento Catalítico de Resíduos (RFCC), Unidade de Coqueamento Retardado (UCR), Unidade de Hidrotratamento (HDT) e Unidade de Geração de Hidrogênio (UGH).

O mercado atendido pela refinaria encontra-se em pleno crescimento, bem como a totalidade do mercado brasileiro, fato que diferencia a perspectiva de retorno desta refinaria se comparada com outras localizadas em mercados em retração ou estagnados.

A Companhia esclarece ainda as questões estratégias que estiveram envolvidas na transação. Essa aquisição traz sinergias para a Petrobras, tanto em relação às demais operações de refino, quanto à alocação dos petróleos produzidos no Brasil. Por exemplo, espera-se elevação no nível de processamento de petróleos nacionais de 43% para até 93% nessa refinaria, com ganhos importantes no custo de logística e em produção de derivados para o atendimento ao mercado, ao integrá-la no parque de refino brasileiro.

Adicionalmente, visando o pleno atendimento à legislação vigente relativa às especificações futuras de qualidade de diesel e gasolina, estão planejados investimentos em unidades de hidrotratamento, que permitirão a Petrobras atender de maneira mais econômica o mercado do sul do Brasil, ao evitar custos adicionais com eventuais importações de derivados de melhor qualidade e a consequente perda de margem com a exportação da produção da refinaria.”

FONTE: blog “Fatos e Dados”, da Petrobras (http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/?p=34542#more-34542).

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