Destruição do “National Health Service” para não prejudicar o setor financeiro
Luiz Gonzaga Belluzzo; entrevista ao “Centro Celso Furtado” (na "Carta Maior"):
"... se você pegar a experiência do pós-guerra nos países desenvolvidos, vai ver que a carga tributária subiu, o gasto público subiu, de modo a aumentar a participação da população desempregada, de modo a absorvê-la.
Juntando seus efeitos diretos e indiretos, foi o Estado que criou emprego no pós-guerra, tanto na Europa como nos Estados Unidos. Isso é inequívoco, os estudos da OCDE e qualquer estudo bem-feito mostram. O setor privado não vai criar emprego (...) Se o Estado não cuidar dessa questão, não é o setor privado que vai cuidar, esqueça.
Então devemos ter uma política de emprego, e é por isso que eu falo do desenvolvimento cultural. O governo brasileiro terá que criar emprego não só cultural, mas nas áreas ditas sociais, educação e saúde. Essa é a cara que vai assumir, no futuro, o emprego no mundo. É na contramão do que os ingleses estão querendo fazer ao desestruturarem o “National Health Service”, ao reduzirem empregos.
Esse David Cameron é um engomadinho louco, ele vai levar um contravapor na Inglaterra, já que está destruindo todas as relações sociais que foram construídas na base do Estado do bem-estar social inglês. O mesmo com o Sarkozy. Em Portugal, então, é inacreditável, na Grécia idem. Mas o povão está indo para a rua "
FONTE: cabeçalho do site “Carta Maior” em 28/12/2011 (http://www.cartamaior.com.br/templates/index.cfm) [imagem do Google adicionada por este blog ‘democracia&política’].
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