sexta-feira, 15 de março de 2013

PNUD/ONU: “BRASIL É UM DOS PAÍSES QUE MAIS REDUZIRAM DÉFICIT DE IDH”



Por Luciano Nascimento, repórter da Agência Brasil

“Com crescimento de 24% no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) desde 1990, o Brasil está entre os 15 países que mais conseguiram reduzir o déficit no índice que mede o desenvolvimento humano de cada país. Os dados estão no relatório de Desenvolvimento Humano 2013, lançado ontem (14) pelo “Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento” (PNUD) e levam em conta dados do ano de 2012 [Para alguns setores, como educação, os dados do Brasil são de 2005].

O Brasil manteve a mesma colocação em 2011, ficando em 85º lugar, entre os 187 países avaliados. A posição coloca o Brasil entre os países com desenvolvimento humano elevado, com IDH de 0,730. Noruega, Austrália e Estados Unidos são os primeiros colocados. Na outra ponta, aparecem a República Democrática do Congo, destruída por conflitos internos, e o Níger, como os países com menor pontuação no IDH. O ranking avalia o desenvolvimento humano dos países em 3 dimensões: vida longa e saudável, acesso à educação e padrão decente de vida.

O relatório destaca a ascensão dos países do Sul, com destaque para Brasil, Chile, Índia e China. De acordo com o estudo, esses países estão “remodelando a dinâmica mundial no contexto amplo do desenvolvimento humano”.

O relatório mostra que alguns países adotaram modelos de desenvolvimento com maior destaque para a participação do Estado e políticas de transferência de renda que tiveram um resultado histórico”, disse o representando do PNUD no Brasil, Jorge Chediek, que classificou o Brasil como um dos protagonistas dessa mudança.”

FONTE: reportagem de Luciano Nascimento, da Agência Brasil (Edição: Denise Griesinger) (http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-03-14/brasil-esta-entre-os-15-paises-que-mais-reduziram-deficit-de-idh-diz-pnud). [Imagem do google adicionada por este blog 'democracia&política']. 

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COMPLEMENTAÇÃO 1

ONU ATRIBUI A LULA UNIFICAÇÃO E AUMENTO DE PROGRAMAS SOCIAIS



Por Eduardo Guimarães, no “Cidadania”

“O relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgado ao longo da quarta-feira (14 de março) pôs fim à polêmica sobre quem de fato unificou e deu impulso (“alargamento”) aos programas sociais que geraram os enormes elogios ao Brasil que predominam no último relatório sobre o Índice de Desenvolvimento Humano.

Apesar de a mídia estar tentando atribuir ao governo Fernando Henrique Cardoso as ações sociais mais decisivas no sentido de ter gerado a manchete que predominou no site do PNUD, a qual diz que “Brasil tem alto desempenho no desenvolvimento humano e é exemplo para o mundo”, a leitura do relatório conta uma história diferente.

Abaixo, o texto.


A ascensão do Sul

Progresso humano num mundo diversificado

Capítulo 3, Página 87:

“(…) Em 2003, o Bolsa Escola foi alargado ao programa Bolsa Família por via da fusão de vários outros programas de transferências pecuniárias e não pecuniárias num único sistema de seleção sob uma administração simplificada. Em 2009, o programa Bolsa Família cobria mais de 12 milhões de famílias em todo o país, ou 97,3% da população visada. Estes programas também abriram perspectivas em termos de administração dos programas e de capacitação das mulheres, graças ao desenvolvimento de canais de distribuição inovadores, tais como cartões ATM para mães com baixos rendimentos que não possuíam contas bancárias. Isto traduziu-se numa queda substancial dos índices de pobreza e de pobreza extrema e numa redução da desigualdade (…)”

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Se os dados se referissem a 2012, os resultados seriam muito mais impressionantes, pois o avanço foi muito grande após 2009. Todavia, o que se depreende do estudo é que o governo Lula, em seis anos, entre 2003 e 2009, atingiu, com os programas sociais de transferência de renda, 12 milhões de famílias, enquanto que durante o governo FHC, que durou oito anos, apenas 2,9 milhões de famílias foram contempladas.

Em seis anos, Lula fez quatro vezes mais do que FHC em oito anos.

Esses programas de transferência de renda, entre outros, motivaram a exposição do Brasil em um relatório que já no título diz a que veio. O Relatório do Desenvolvimento Humano 2013 traz como mote “A ascensão do Sul”, pois revela que, ao contrário do que ocorre no resto do mundo, sobretudo no mundo rico, é no Sul, mais particularmente na América Latina, que o desenvolvimento humano se instalou.”

FONTE DA COMPLEMENTAÇÃO 1: escrito por Eduardo Guimarães, no seu blog “Cidadania” (http://www.blogdacidadania.com.br/2013/03/onu-atribui-a-lula-unificacao-e-aumento-de-programas-sociais/).


COMPLEMENTAÇÃO 2:

MINISTROS COMENTAM RESULTADO DE RELATÓRIO SOBRE ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

Os ministros Tereza Campello e Aloizio Mercadante concedem entrevista coletiva à imprensa, no Palácio do Planalto. Foto: Antonio Cruz/ABr

“Em entrevista coletiva realizada na quinta-feira (14), os ministros Aloizio Mercadante, da Educação, e Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, comentaram o relatório divulgado pelo “Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento” (PNUD), segundo o qual o “Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil continua a subir.

No relatório, o Brasil é constantemente elogiado e citado como modelo de desenvolvimento com inclusão social. O país é considerado referência na inovação de políticas públicas na área de distribuição de renda, sendo um dos países que mais aceleraram a redução da desigualdade do mundo.

Entretanto, os ministros questionam os indicadores utilizados pelo PNUD, com dados do Brasil desatualizados, que não refletem os avanços obtidos, em especial na área da educação.

Dois indicadores apresentam grandes distorções: a “Média de Anos de Escolaridade” e os “Anos de Escolaridade Esperados”. Segundo Mercadante, dados do IBGE 2011 indicam um valor de 7,4 anos para população de mais de 25 anos, enquanto o Pnud utiliza o valor de 7,2.

Em relação aos “Anos de Escolaridade Esperados”, foram desconsiderados 4,6 milhões de crianças de cinco anos matriculadas na pré-escola e na classe de alfabetização, pois o valor adotado pelo PNUD continua o mesmo desde 2000. De acordo com o ministro, o Brasil subiria cerca de 20 posições no ranking do IDH se os indicadores fossem atualizados e a defasagem corrigida.”

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