quarta-feira, 5 de março de 2014

TRANSPETRO: 10º NAVIO SEU CONSTRUÍDO NO BRASIL




Transpetro alcança marca de 10 navios lançados ao mar

"A Transpetro lançou ao mar na sexta-feira (28/02) o navio 'Irmã Dulce', a décima embarcação do Programa de Modernização e Expansão da Frota (PROMEF) a atingir essa fase em um prazo de quatro anos. O navio foi transferido ao cais do estaleiro, onde passará por acabamentos antes da entrega para o início das operações. Logo depois do lançamento do petroleiro, foi realizado o batimento de quilha do terceiro navio da série de quatro "panamax" encomendados pelo PROMEF.

O "Irmã Dulce" é o segundo de uma série de quatro petroleiros do tipo panamax que serão batizados em homenagem a mulheres que ajudaram a construir a História do Brasil. O primeiro foi o "Anita Garibaldi", que está na fase de acabamentos no mesmo estaleiro. 

Utilizados para o transporte de petróleo e derivados escuros, os navios desse tipo têm 228 metros de comprimento e capacidade de transportar 90,2 milhões de litros.

Das dez embarcações do 
PROMEF lançadas ao mar, sete já foram entregues à Transpetro: os navios de produtos "Celso Furtado", "Sérgio Buarque de Holanda", "Rômulo Almeida" e "José Alencar", construídos pelo Mauá; e os suezmax "João Cândido", "Zumbi dos Palmares" e "Dragão do Mar", feitos pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Ipojuca (PE). Desse total, seis estão em operação. O "Dragão do Mar" fará a sua primeira viagem ainda neste primeiro trimestre.

Com a décima embarcação do 
PROMEF lançada ao mar, conseguimos mostrar que a indústria naval brasileira alcança, cada vez mais, o patamar da produtividade e da produção em série. O PROMEF garante a encomenda de navios no Brasil e o conteúdo nacional mínimo de 65%. Agora, estamos perseguindo a competitividade internacional para colocar de novo o nosso país na posição de player mundial na produção de navios”, afirma o presidente da Transpetro, Sergio Machado.

PROMEF

PROMEF impulsionou a reconstrução da indústria naval brasileira após uma crise de décadas, com investimento de R$ 11,2 bilhões na encomenda de 49 navios e 20 comboios hidroviários. O Brasil tem, atualmente, a terceira maior carteira mundial de encomendas de petroleiros e a quarta maior de navios em geral. A indústria naval, que chegou a ter menos de dois mil operários na virada do século [anos FHC/PSDB], hoje emprega 78 mil pessoas, segundo dados do SINAVAL.

Com os sete navios entregues, o índice de conteúdo nacional é superior a 65%, quantitativo estipulado para a primeira fase do programa, garantindo geração de emprego e renda no país. Apenas no Estaleiro Mauá, onde o "Irmã Dulce" está sendo construído, foram gerados 3.400 postos de trabalho.

PROMEF tem três pilares:

- construir navios no Brasil;
- alcançar índice de conteúdo nacional mínimo de 65% na primeira fase, e de 70% na segunda fase;
- atingir competitividade internacional, após a curva de aprendizado.

Os dois primeiros pilares já foram alcançados. E, com eles, o 
PROMEF ajudou a retirar a indústria naval brasileira do abandono em que se encontrava há décadas.

O terceiro pilar, a busca por competitividade internacional, é o atual foco. Para atingir este objetivo, a Transpetro criou o Sistema de Acompanhamento da Produção (SAP), que tem como função avaliar os processos produtivos dos estaleiros e sugerir alternativas para melhoria da produtividade.

Os principais players da indústria naval internacional, como Japão, Coréia do Sul e China, levaram, respectivamente, 63, 53 e 23 anos para atingir a maturidade do setor. Em apenas 13 anos, o Brasil já obteve resultados comparáveis aos do mercado chinês.

Perfil de Irmã Dulce (26/05/1914 – 12/03/1992)

Irmã Dulce (Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes) foi uma das mais importantes ativistas humanitárias brasileiras do Século XX. Também conhecida como Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, a baiana de Salvador morreu em 1992, em sua cidade natal. Ela realizou obras de caridade para presidiários, mães lactantes, doentes, crianças, operários e pobres em geral, atividades que ganharam notoriedade no Brasil e no mundo.

Irmã Dulce pertencia à Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus e pode se tornar a primeira santa católica nascida no Brasil. A cerimônia de beatificação (última etapa antes da canonização), realizada em 2011, foi presidida pelo arcebispo emérito de Salvador, Dom Geraldo Majella Agnelo, designado para o evento pelo então papa Bento XVI.

Ficha técnica/navio "Irmã Dulce":

· Tipo: petroleiro panamax
· Porte bruto: 72.900 Toneladas de Porte Bruto (TPB)
· Comprimento total: 228 m
· Boca: 40 m
· Calado:12 m
· Altura: 48,3 m
· Velocidade: 15 nós
· Transporta: petróleo e derivados escuros
· Capacidade para transportar 90,2 milhões de litros
· Característica: navio "shallow draft" (calado reduzido)

Etapas da construção de um navio

Segundo tradição da indústria naval mundial, a construção de um navio tem cerimônias que marcam etapas fundamentais das obras: o corte da primeira chapa de aço, o batimento de quilha, o lançamento ao mar e a entrega ao armador.

É importante ressaltar, sobretudo, a diferença entre o lançamento ao mar e a entrega ao armador:

Lançamento ao mar - Depois de concluída a edificação do casco, o navio é batizado e lançado ao mar, para os acabamentos finais. O lançamento libera o dique para o início das obras de uma nova embarcação. O navio em construção é transferido para o cais do estaleiro.

No cais, são feitas as obras de acabamento, as interligações dos vários sistemas e os últimos testes em equipamentos. Antes da entrega, o navio é geralmente levado de novo ao dique, para a limpeza do casco. Por fim, são feitas as provas de mar – viagens de curta duração que testam o desempenho geral da embarcação.

Entrega - Após a conclusão de todas as obras e testes, o navio é certificado por uma sociedade classificadora independente e entregue ao armador, para o início das operações.

FONTE: blog "Fatos e Dados", da Petrobras (http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/transpetro-alcanca-marca-de-10-navios-lancados-ao-mar.htm).

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