Do "Brasil 247"
"A coisa mais difícil de ganhar na vida é confiança. Em tudo, não só na economia. O rebaixamento é um sinal de desconfiança. É negativo para o país", disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ao participar de um evento, em São Paulo. No entanto, em seu governo a classificação brasileira atingiu o nível "altamente especulativo" e somente chegou ao "grau de investimento" com o ex-presidente Lula, onde ainda permanece com Dilma, a despeito do rebaixamento de segunda-feira.
Ao participar de um evento segunda-feira em São Paulo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso aproveitou para comentar o rebaixamento do Brasil pela agência de classificação de risco "Standard & Poor's". "Tem que olhar com jeito isso aí porque as agências não são infalíveis. Mas é óbvio que, no caso do Brasil, existem sinais que levam a prestar atenção. O endividamento público cresceu e existe esse artificialismo no manejo do orçamento. Isso tudo pesa e elas (agências) estão registrando", afirmou. "A coisa mais difícil de ganhar na vida é confiança. Em tudo, não só na economia. Isso (rebaixamento) é um sinal de desconfiança. É negativo para o país", acrescentou [hipocritamente?].
Na segunda-feira, a nota atribuída ao Brasil pela S&P caiu de BBB para BBB-, mas ainda foi mantida no chamado "grau de investimento", ou seja, dos países ainda confiáveis para atrair investimentos. Prova de que a alteração não causou grande impacto foi o comportamento do mercado financeiro, onde o dólar registrou forte queda e a Bovespa registrou o sétimo pregão consecutivo de alta.
Diante da fala de FHC, no entanto, cabe um registro histórico. Foi em janeiro de 1999, mês da maxidesvalorização do real, adiada em função da reeleição obtida um ano antes, que o chamado risco-Brasil atingiu seu nível mais baixo. Com nota B-, o Brasil foi classificado pela S&P como "altamente especulativo".
Na segunda-feira, a nota atribuída ao Brasil pela S&P caiu de BBB para BBB-, mas ainda foi mantida no chamado "grau de investimento", ou seja, dos países ainda confiáveis para atrair investimentos. Prova de que a alteração não causou grande impacto foi o comportamento do mercado financeiro, onde o dólar registrou forte queda e a Bovespa registrou o sétimo pregão consecutivo de alta.
Diante da fala de FHC, no entanto, cabe um registro histórico. Foi em janeiro de 1999, mês da maxidesvalorização do real, adiada em função da reeleição obtida um ano antes, que o chamado risco-Brasil atingiu seu nível mais baixo. Com nota B-, o Brasil foi classificado pela S&P como "altamente especulativo".
Apenas em 30 de abril de 2008, já no governo Lula, o Brasil atingiu o chamado "grau de investimento", com a nota BBB-. A promoção veio em 17 de janeiro de 2011, com a classificação BBB, e agora, na segunda-feira, o Brasil voltou ao nível de 2008. Ou seja: houve um rebaixamento, mas a classificação do risco-Brasil ainda é muito superior à da era FHC.
Confira, abaixo, a evolução da nota do Brasil e entenda aqui o que significam as notas:
FONTE: do "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/economia/134496/Risco-Brasil-inferno-com-FHC-para%C3%ADso-com-Lula.htm).[Trechos entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política'].
Confira, abaixo, a evolução da nota do Brasil e entenda aqui o que significam as notas:
FONTE: do "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/economia/134496/Risco-Brasil-inferno-com-FHC-para%C3%ADso-com-Lula.htm).[Trechos entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política'].
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