quinta-feira, 20 de novembro de 2014

TENTATIVA DE GOLPE NÃO SERÁ MILITAR, SERÁ CIVIL (STF+MÍDIA+OPOSIÇÃO)



[Cadê o Ministro da Defesa Celso Amorim?]


[OBS deste 'democracia&política': 

Fiquei mais preocupada com o recente posicionamento dos chefes militares. Com esse assunto, não se pode descuidar. A história me faz pensar. 

Augusto Pinochet assumiu o comando do Exército do Chile em 23 de agosto de 1973 dizendo-se, e sendo considerado, um general "leal à constituição e apolítico". Os indícios de tentativa de golpe eram visíveis apenas na "elite" civil. Dezenove dias depois, 11/09/1973, o palácio presidencial foi bombardeado e Allende morto. 

Pinochet foi ditador sanguinário por 17 anos. Ditador de direita. Até um precursor do neoliberalismo na economia. Abriu as fronteiras para produtos e serviços estrangeiros, derrubou, sem exigir reciprocidade, as barreiras tarifárias, privatizou extensamente, aumentou a desigualdade social, reduziu o Estado (exceto Forças Armadas).  Foi imitado dez anos mais tarde por FHC/PSDB e por Menem, com o detalhe diferente de que no Brasil e Argentina as Forças Armadas também foram enfraquecidas, reduzidas a poder simbólico. 

Pinochet assumiu o comando do Exército indicado pelo seu antecessor, o general Prats, também legalista e apolítico. A maior credencial de Pinochet era não participar dos planos para derrubar Allende que circulavam no Exército. "Eu acreditava honestamente que esse general compartilhava com sinceridade de minha profunda convicção de que a caótica situação chilena deveria ser resolvida politicamente, sem golpe militar, já que essa seria a pior solução", escreveu o general Prats em suas memórias.

Assim, hoje tenho preconceito contra essas cenas e pronunciamentos que o Brasil assiste. Fico perplexa ao ver brasileiros que se julgam "elite informada" pedirem "intervenção militar já".  E com os chefes militares negando].




                         Pinochet e Allende


MILITARES AVISAM RADICAIS: O BRASIL É UMA DEMOCRACIA

"Os três chefes das Forças Armadas, o almirante Julio Soares de Moura Neto, o general Enzo Peri e o brigadeiro Juniti Saito, falaram à jornalista Monica Bergamo sobre as manifestações radicais que pediram a volta da ditadura e conseguiram atrair até um ex-guerrilheiro que combateu o regime militar como o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP). Moura Neto falou em militares "inseridos na democracia". Saito criticou "extremistas". Peri afirmou que o Brasil vive ambiente de "absoluta normalidade".

Do "Brasil 247"

Depois das manifestações de grupos radicais no último dia 15, que chegaram a pedir a volta da intervenção militar no Brasil, em protestos que atraíram até ex-guerrilheiros, como o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), a jornalista Monica Bergamo decidiu ouvir os chefes das Forças Armadas. Os três, o general Enzo Peri, o brigadeiro Juniti Saito e o almirante Julio Soares de Moura Neto, falaram em "ambiente de absoluta normalidade institucional".

"Os militares estão totalmente inseridos na democracia e não vão voltar. Isso eu garanto", disse o almirante Julio Soares de Moura Neto, comandante da Marinha. "Os militares só voltam em seu papel institucional, que é o que têm hoje", afirmou.

Saito, por sua vez, criticou os radicais. "São opiniões de extremistas", afirma, antes de sentenciar. "É algo impossível de acontecer. Só quem poderia tentar fazer isso é o pessoal da ativa. E, como nós não queremos nada nesse sentido, não há a menor chance de essas ideias evoluírem."

Peri também rechaça a pregação golpista. "Nós vivemos há muitos anos em um ambiente de absoluta normalidade."

Na última manifestação, até mesmo alguns de seus "líderes", como o cantor Lobão, desistiram de participar, quando se deram conta de que um dos objetivos era a volta de uma ditadura no País."


FONTE: do jornal digital "Brasil 247"  (http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/160938/Militares-avisam-radicais-o-Brasil-%C3%A9-uma-democracia.htm). O trecho das memórias do general Prats foi obtido no Terra Magazine [Título, imagens do google e observação inicial entre colchetes e em azul acrescentados por este blog 'democracia&política'].

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